sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

MUSICO JOSEENSE Sérgio Adelchi Bonádio Weiss



Nasceu em 7 de novembro de 1924, na cidade de São José dos Campos. Seus pais criaram a Cerâmica Weiss que durante muitos anos criou e vendeu peças aos viajantes que passavam pela cidade. A tradição em cerâmica pertence à mãe, Inês Bonádio, ligada à família que dirigia a Fábrica de Louças e Pó de Pedra Santo Eugênio, a primeira de São José dos Campos. Antes de se tornar músico, trabalhou como operário na fábrica. É, também, criador do conjunto musical Biriba Boys – que por mais de 50 anos animou cerca de 4 mil bailes. É casado e tem 3 filhos.
Trajetória de vida
Tem uma frase que diz que o homem tem que escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho. Eu fiz tudo isso. Então. Porque eu tenho um espírito comunitário muito forte e amo São José e participei tudo de São José. Quando o time de São José - eu fui vice-presidente do São José Esporte Clube - quando o time de São José subiu pra primeira divisão, eu estava lá no Pacaembu, torcendo pro São José. No basquete, a mesma coisa: nós fomos campeões brasileiros. O Tênis Clube tinha uma equipe espetacular, até, eu estava lá. E eu fiz música pros atletas joseenses. Eu era atleta, eu jogava bola, jogava tênis. Eu escrevo nos jornais, eu escrevi no Agora e no Valeparaibano. Eu tinha uma página todo domingo, contando todas essas histórias que eu estou contando pra vocês, eu contava no jornal. Era um sucesso porque recordar é viver, não é? Fui comerciante, que tive a loja; e eu fui industrial, porque eu, não falei pra você, mas também tive uma fabriquinha, pequeninha, ali em frente à fábrica da cerâmica, coisinha micro, fazia umas peças de arame retorcido; e esportista; músico. Então eu participei muito da vida de São José pelo meu espírito comunitário. Eu amo a minha cidade, eu amo as pessoas. E a minha grande lição de vida é essa: você tem que levar uma vida, para que o dia que você morrer, você deixe alguma coisa. Eu acho muito triste quando uma pessoa que se vai e não deixou nada. "Morreu fulano." "Quem? Ah, o fulano." "Quem é fulano?" Sabe, não marcou. Quando se fala que morreu o Bodesan, morreu doutor Dória, morreu Henrique Mudá, morreu Sebastião Pontes, sabe, esse pessoal fez alguma coisa pela cidade. Essa cidade é o que é hoje, que todo mundo tem orgulho dela, mas deve muito a esse pessoal. Aos meus parentes também. Nós fizemos São José dos Campos. Você chegou aqui já viu essa bruta cidade. Mas e a semente? Quem que plantou, quem é que deu duro? Fomos nós. Então hoje, o dia que eu morrer, vou morrer feliz, porque eu sei que contribuí para que São José dos Campos fosse hoje o que ela é. A grande cidade do interior paulista.

Entrevista
Eu sou engraçado. Eu sou diferente da minha mãe... A minha mãe, não. Eu sou igual à minha mãe. A minha sogra que era assim. A minha sogra, quando ela estava assim, ela via fotografia, ela... A minha mulher também, não gosta. Não sai... E eu, quando estou vendo fotografia [risos] eu adoro aparecer.
Foi um prazer muito grande, desejo felicidades a vocês, que vocês aproveitem bastante isso que eu falei aqui. E que essa iniciativa de vocês seja coroada de triunfo. E que venham sempre a São José, que eu estarei lá pra tocar uma musiquinha pra vocês.
FONTE:www.sescsp.org.br/memoriasvaledoparaiba ---- memorias do comércio do vale do paraiba

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