sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A TELEVISÃO NO BRASIL

EM 18 DE SETEMBRO DE 1950,UMA MULTIDÃO SE REUNIU EM TORNO DO PEQUENO TELEVISOR
CHATÔ,RESPONSÁVEL POR TRAZER A TELEDIFUSÃO AO BRASIL
David Arioch – Jornalismo Cultural
Jornalismo Cultural
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Paranavaiense presenciou inauguração da TV
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Ephraim Machado participou do evento que marcou para sempre a televisão brasileira



O empresário Ephraim Marques Machado assistiu, há quase 60 anos, a inauguração da primeira estação de TV do Brasil. No evento, viu de perto as celebridades da Rádio Tupi que migrariam para a televisão. A experiência foi marcante ao ponto do pioneiro de Paranavaí se apaixonar pela tecnologia.
No dia 18 de setembro de 1950, em meio a milhares de curiosos de diversas partes do Brasil e do mundo, lá estava Ephraim Machado, participando de um dos momentos mais célebres da história da televisão brasileira: o nascimento da Tupi, de Assis Chateaubriand, que consagrou o Brasil como o quarto país do mundo a ter TV.
“Eu não passava de um jacu que tinha um serviço de alto-falante e saiu do mato para ir a São Paulo ver a inauguração da TV”, conta, às gargalhadas, Machado. O pioneiro diz considerar esse dia como um dos mais incríveis de sua vida, e ratifica tais palavras com brilho nos olhos.
O empresário relata que jamais imaginou como seria o primeiro contato com um aparelho televisor, objeto nunca visto, nem mesmo em fotografias. De televisão, o pioneiro só tinha ouvido falar. “O impacto foi muito grande, tanto para mim, quanto para outras pessoas. Ao meu lado, ouvi muita gente espantada dizendo: como é que pode, né? O cara lá e a imagem aqui; não dá pra acreditar”, relembra Machado.
À época, bem jovem, o pioneiro supôs que o televisor fosse simplesmente uma tela parecida com a do cinema. “Pensei também que um cara abria ela. Mas não tinha nada disso. Por isso me surpreendi tanto”, revela. Contudo, o susto de Ephraim Machado não foi apenas com o aparelho, mas também com o número de pessoas presentes na inauguração. “Tive uma dificuldade tão grande pra entrar no auditório que você nem queira saber. Tinha gente demais, muita gente mesmo, afinal São Paulo é São Paulo”, assinala.


A experiência foi tão significativa para Ephraim Machado que ele admite ter se apaixonado instantaneamente pela televisão. Inclusive, pensou em seguir o caminho do comunicador que tanto admirava: Assis Chateaubriand, proprietário dos Diários Associados. “É um sonho que gostaria de ter realizado. Fiquei muito interessado no produto quando vi. Se naquela época, morasse numa cidade com potencial de uma metrópole, tinha dado um jeito de montar uma estação”, assegura.
Quando o governo brasileiro lançou o primeiro edital para pleito de concessões, o pioneiro cogitou a possibilidade de enveredar pela teledifusão. Segundo Machado, havia um bom patrocínio e, também, inúmeros benefícios. Entretanto, depois de se inscrever para disputar o direito de montar uma emissora, o empresário soube que firmas estrangeiras estavam capitalizando o negócio no Brasil. “Não pude transformar meu desejo em realidade porque vi que não tinha recursos o suficiente para competir com o capital externo. Nunca gostei de sociedade,então desisti,completa........ FONTE:davidarioch.wordpress.com

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