segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Exposição sobre a revista O Cruzeiro resgata origens do fotojornalismo no Brasil


Em uma época em que o casamento interétnico com índios era proibido, a união entre a índia Diacuí e o sertanista Ayres da Cunha tornou-se a novela da vida real da década de 50. A população indígena, no período, era considerada dependente do Estado e, por isso, impedida de se casar com pessoas de fora das aldeias. O enredo, que teve final trágico com a morte de Diacuí durante o parto, foi acompanhado vigorosamente durante um ano pela revista O Cruzeiro.
“Os Diários Associados patrocinaram o casamento. E a revista vai acompanhar os preparativos, ela [Diacuí] sendo preparada no salão de beleza, o casamento, a lua de mel, o retorno para a aldeia”, disse a curadora da exposição As Origens do Fotojornalismo no Brasil: Um Olhar sobre O Cruzeiro (1940-1960), Helouise Costa. A mostra, que começa nesta sexta-feira (23) na capital paulista, vai reunir mais de 200 imagens da história de uma de publicação que foi precursora do fotojornalismo no país.
Durante a fase de maior difusão social da publicação, entre 1940 e 1950, o colecionismo era estimulado a partir das série de reportagens, contos e novelas lançados. Um dos assuntos abordados foi a questão do índio, por significar um empecilho para a expansão territorial do interior do Brasil. “A temática indígena estava muito em voga no período e a revista percebe o assunto como atrativo para o público, porque, até então, eram só os antropólogos e etnólogos que tinham acesso às imagens de índios”, explica a curadora.
Assim, nomes de fotógrafos como Henri Ballot e José Medeiros começaram a se destacar. “Eles [fotógrafos] vão para as aldeias e fazem fotos absolutamente espetaculares”, conta Helouise.
Junto com a inauguração do Museu de Arte de São Paulo (Masp), outro fotógrafo de O Cruzeiro, Peter Scheier, que fazia a cobertura das exposições no museu, teve importante papel na composição de um acervo sobre o local. “Através dessa documentação dá para a gente entender um pouco melhor as atividades desses museus modernos no Brasil”, disse.
Além do estudo aprofundado sobre os profissionais da fotografia já muito explorados, a mostra buscou trazer abordagens inéditas, como no caso de Luciano Carneiro. Ele trabalhou na revista como correspondente estrangeiro. Morreu em um acidente de avião aos 33 anos. “Ele teve um papel muito importante, embora ainda hoje desconhecido: ele foi correspondente na Guerra da Coréia”, disse.
A exposição será de 23 de novembro a 31 de março de 2013, no Instituo Moreira Salles, Rua Piauí, número 844, São Paulo. O horário de visitação é das 13h às 19h, de terça a sexta, e das 13h às 18h aos sábados, domingos e feriados. A mostra tem entrada gratuita e classificação etária livre. 
 Agência Brasil

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Nossa Rádio FM estreia programa esportivo na próxima semana

Rogério Voltan e Anderson Cheni comandam novo programa esportivo -Crédito:Divulgação

Segunda-feira (12/11), a Nossa Rádio FM – 106,9 Mhz - estreia o programa esportivo “Arquibancada”. A atração será apresentada por Anderson Cheni e Rogério Voltan, dupla que há três anos comanda o "RIT Esportes", programa da RIT TV. 
“Futebol, humor e opinião” é o slogan do programa que promete falar do esporte com muita descontração. Além disso, a atração contará com a opinião de ouvintes pelo telefone e pelas redes sociais. Personalidades do esporte também participarão do “Arquibancada”.

O programa estreiou  segunda (12/11) e será transmitido de segunda à sexta, das 13h às 13h30.

Fonte: http://portalimprensa.uol.com.br/noticias/brasil/54842/nossa+radio+fm+estreia+programa+esportivo+na+proxima+semana

Rússia inaugura rádio com transmissão em inglês


Na última segunda-feira (12/11), começou a funcionar a primeira rádio russa com programação 24 horas em inglês, informou o Diário da Rússia. A Moscow FM, que faz parte da rede Moscow Media, transmitirá músicas internacionais na maior parte do tempo, tendo o resto de sua programação composta por entrevistas, notícias e conteúdos provenientes do canal de TV estatal "Russia Today".

De acordo com o prefeito da cidade, Sergei Sobyanin, a ideia surgiu com a intenção de abrir as portas da metrópole para o mundo tudo. Ele inclusive sugeriu que moradores e visitantes acompanhem as transmissões da rádio.

De acordo com Maria Mikhailova, diretora da emissora, o desejo de todos é que a rádio Moscow FM se torne popular entre turistas estrangeiros, mas também entre russos que estejam interessados em aprender inglês. 

Fonte: http://portalimprensa.uol.com.br/noticias/internacional/54907/russia+inaugura+radio+com+transmissao+em+ingles

Rádios AM vão migrar para FM para por fim em interferências e ruídos

O consultor e ex-presidente da Associação das Emissoras de Rádio e Televisão de São Paulo (AESP), Oscar Piconez, anunciou que as rádios AM brasileiras vão migrar para uma nova faixa FM, informou a Rádio Fandango, na última terça-feira (13/11). A medida tem como objetivo acabar com ruídos e interferências na recepção do sinal. 

“Quando a pessoa liga uma batedeira de bolo, secador de cabelo ou qualquer eletrodoméstico interfere no som da AM, enquanto no FM isso não ocorre”, disse Piconez ao participar do Seminário Mato-grossense de Rádio, em Cuiabá (MT).

O ex-presidente da AESP afirmou que o governo do Brasil aceitou a proposta, já que o processo de digitalização das AM que seria caro e sem a mesma garantia de qualidade.

Segundo ele, a migração se daria para uma faixa FM de 70 a 87 MHz – atualmente, as FM usam a faixa de 88 a 104 MHz. Ele acredita que a mudança vai equilibrar as disputas por verba publicitária. 

Fonte:http://portalimprensa.uol.com.br/noticias/brasil/54938/radios+am+vao+migrar+para+fm+para+por+fim+em+interferencias+e+ruidos 

Sindicato dos Jornalistas, UNIC Rio e parceiros premiam melhores reportagens sobre população negra

Vencedores do Prêmio Jornalista Abdias Nascimento( Foto:Felipe Siston/UNIC RIO )

A noite da última segunda-feira (12/11), no Teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro, exaltou o jornalismo que destaca as lutas dos negros brasileiros e o combate ao preconceito. A segunda edição do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento consagrou oito trabalhos, de diferentes estados do País, entre 170 inscritos.
Na categoria televisão, a vencedora foi Luciana Barreto. Junto com sua equipe, a jornalista realizou a matéria Caminhos da Reportagem: Negros no Brasil – Brilho e Invisibilidade, veiculada na TV Brasil. ”Quando a gente compilou os números (para a matéria), percebemos que a realidade era muito dura. Tivemos que pensar em como não fazer as pessoas chorarem em casa”, conta Luciana.
Na mesma categoria, Miriam Leitão e Claudio Renato receberam menção honrosa pelo trabalho A arqueologia da escravidão- Cemitério dos Pretos Novos e Cais do Valongo, da GloboNews. “Foi um reportagem emocionante de fazer. Chamei historiadores negros, jovens, que pudessem contar a chegada dos negros pelo Valongo”, lembra Miriam. “Todos os trabalhos que estão na disputa são muito bons”, completa.
Na Mídia Impressa, os vencedores foram Antônio Gois e Alessandra Duarte, com a matéria Desigualdade em trabalhos iguais, de O Globo. O texto revela as diferenças salariais no mercado de trabalho em função da cor da pele a partir de dados do IBGE. “Negros ganham menos do que brancos e mulheres ganham menos do que homens, inclusive no jornalismo”, atesta Gois, expondo o reflexo do preconceito que foi retratado em números na reportagem.
A noite de entrega dos prêmios reservou uma surpresa para o professor e jornalista Muniz Sodré. Ele recebeu uma placa do Prêmio Abdias por sua contribuição no combate ao racismo e em prol da diversidade cultural. “Abdias Nascimento se arriscou para garantir o protagonismo do negro na sociedade brasileira,  foi a palavra da libertação e da afirmação do negro na sociedade brasileira”, afirma Sodré.
O evento foi finalizado com a participação do também jornalista Heraldo Pereira, que falou da longa caminhada contra o preconceito. O show de encerramento foi estrelado por Tia Surica com participação especial da cantora Mariene de Castro.
O Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento é uma iniciativa da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ) e conta com o apoio do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio).
Confira a lista dos vencedores da segunda edição do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento:

Mídia Impressa

Antonio Gois e Alessandra Duarte, Desigualdade em trabalhos iguais, O Globo – RJ

Televisão

Luciana Barreto e equipe, Caminhos da Reportagem: Negros no Brasil – Brilho e Invisibilidade, TV Brasil – RJ

Menção honrosa

Míriam Leitão e Claudio Renato, A arqueologia da escravidão – Cemitérios dos Pretos Novos e Cais do Valongo, Globo News – RJ

Rádio

Nestor Tipa Junior, Quilombos urbanos, Rádio Gaúcha – RS

Especial de Gênero

Ed Wanderley, Negra é minha cor, Diário de Pernambuco – PE

Internet

Priscila Borges, UNB já formou mais de 1 mil universitários pelas cotas, Portal iG – DF

Mídia Alternativa ou Comunitária

Tatiana Félix, Karol Assumção, Natasha Pitts e Rogeria Araujo, Série Negros no Ceará: Redenção?, Agência Adital – CE

Fotografia

Nilton Fukuda, Excluídos pelo Crack, O Estado de São Paulo – SP  
ONU Brasil