A História do Rádio Joseense tem como objetivo reconhecer os grandes Rádialistas ,jornalistas e Comunicadores que participaram e participam dos meios de comunicação em são josé dos campos-sp e dessa gloriosa história do rádio.O rádio joseense tem um celeiro de grandes profissionais que levam o nome de são josé dos campos ao mundo .E uma simples homenagem que podemos fazer a mais bela profissão da comunicação.Porque o Rádio é a escola da comunicação.Contato : rodolfo.moreira3@gmail.com
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
AS RÁDIOS ON - LINE : SURGIMENTO DE UMA NOVA ERA
As Rádios On-line: surgimento de uma nova era
Introdução
Este trabalho realizado no âmbito da disciplina de Análise e crítica dos Novos Media, tem como objectivo principal apreender as reais mudanças que ocorrem com a crescente introdução das rádios no universo on-line e quais os objectivos que estiveram por detrás das mesmas.
Para tal, Vamos basear-se numa ou mais questões orientadoras, que nos permitirão chegar ao nosso objectivo.
Essas questões são:
• Será que o surgimento das Rádios On-line significa uma nova era no meio radiofónico?
• Como será que ela está a enfrentar o desafio digital?
Estas perguntas poderão ser alteradas, ou poderão mesmo surgir outras ao longo do percurso, se assim acharmos favorável e imprescindível.
Para conseguirmos informações que nos permite realizar este trabalho académico, de modo a responder à nossa questão de partida ou na tentativa de as responder, vamos recorrer à aplicação de entrevistas e/ou inquéritos por telefone, entre outros.
A rádio on-line: Breve resumo
A rádio é um meio de comunicação muito rico, um meio que ao longo da sua história soube adaptar de forma rápida às mudanças, aos novos desenvolvimentos tecnológicos.
A origem das transmissões áudio via Internet remonta a Março de 1993, quando Carl Malamud que liderava a Columbus Internet Engineering Talk Force criou um talk show semanal chamado Internet Talk Rádio. O modelo utilizado por Carl aproxima-se do que hoje denominamos de podcasting, um programa que o ouvinte tinha de descarregar todo o ficheiro para o seu computador para o poder reproduzir. Mas só a partir do ano 1996 que este conceito ganhou um desenvolvimento significativo.
O primeiro canal que encarou a Internet como um meio de difusão e emissão radiofónica foi a americana KLIF, Estados Unidos, em 1995.
Segundo Pedro Portela, em Portugal, a Rádio Comercial foi o pioneiro na impulsão deste fenómeno, o que fez da rádio o meio que melhor explorou as potencialidades da Internet, ao conseguir conjugar as condições inatas e as características oferecidas pela Internet. (Portela, Pedro - rádio na Internet em Portugal).
Para a concretização de uma emissão radiofónica via Internet são precisos três passos, o que demonstra a sua rapidez e a crescente presença na rede. Primeiro, a digitalização da fonte sonora (se a sua natureza for analógica), depois uma compressão do sinal digital, recorrendo a software especifico, de forma a transformá-lo no formato de streaming pretendido e por último, a disponibilização deste ficheiro num servidor web.
Segundo Pedro Portela, a expansão da rádio para a rede deve-se à anunciação de muitas pessoas que lhe ditavam um fim.Ao expandir-se na rede, a rádio incorpora novos elementos e refunda-se num espaço onde a multiplicidade de linguagens permite novas possibilidades de comunicação, incita as audiências a ter novas formas de comportamento e surge novas formas de consumo (Rincóm et Al., 2006, citado por Pedro Portela in Rádio na Internet em Portugal).
Com a Internet, o modo de comunicação que se estabelece na rádio passou a ter um suporte complementar para as emissões em FM. Tradicionalmente a rádio é conhecida como um meio imediato e irrepetível, mas com a Internet esta característica altera-se (com a introdução do sistema multimédia): o sistema de comunicação da rádio passa a ser vista como um suporte complementar das emissões FM, onde é disponibilizada só alguns assuntos na web, funcionando assim a Internet como um instrumento de trabalho. Mas gradualmente irrompe as estações que passaram a disponibilizar os seus conteúdos unicamente na Internet, surgindo assim o denominado webradio; um produto totalmente diferente do que se utilizava antes, onde o utilizador pode desfrutar de todas as potencialidades da Internet. A Internet passa a ser encarada como um desafio e uma concorrência: desafio porque se trata de um novo meio, onde o website da rádio deve estimular o utilizador a visitá-lo frequentemente, desfrutando assim dos conteúdos que este website contém. Para que isso aconteça, o website deve apresentar conteúdos que possui interesse e relevância para o público (que estimula o público a utilizá-lo). Concorrência, pois o website passa a disputar o lugar com o modelo clássico da rádio, a FM, ao permitir a transferência de ficheiros ou de músicas (forma de comercializar alguns produtos do site), onde este acaba por ter mais consumidor.
A rádio na Internet afasta-se do seu conceito original, pois o tipo de comunicação que se estabelece está mais vocacionada à comunicação que se faz na Internet, baseando-se na hipertextualidade, interacção e expressão multimédia, mantendo a difusão sonora como fio de ligação ao passado. No website, a rádio expõe uma estrutura nova, mais rica e diversificada que concorre com a forma tradicional da rádio. As emissoras que têm uma presença mínima nas redes, poderão enquadrar-se em websites que indica aos utilizadores informações fundamentais sobre a estação, sem no entanto haver transmissão em directo.
“Na Internet, a rádio reúne musica, informação e publicidade, ao mesmo tempo que transmite outros componentes tais como animação, imagem (em movimento ou estática)”( Cordeiro, Paula: Internet - Novas perspectivas). Os novos suportes permitem a introdução de novos componentes, como tabelas, grafismos, fotografias, textos escritos, imagens de vídeo, etc.) que complementa a informação disponibilizada pelo meio, o que obriga a uma adaptação à esta nova forma de comunicação.
A webradio por ser um meio que funciona somente na Internet e que modifica o próprio conceito clássico que se tinha da rádio, permite ao utilizador ter mais possibilidades de visita-la e utilizá-la a qualquer hora que pretender, possibilidades essas que o utilizador/ouvinte não se encontrava no processo tradicional. O facto de existir unicamente na Internet faz com que as pessoas tenham mais possibilidades, sendo mais vantajosa: o utilizador pode desfrutar de vídeos, imagens, noticias, áudio, etc. em arquivo. São estas características que fazem com que a rádio na Internet seja considerada como um novo meio de comunicação que possui uma grande difusão a nível mundial. Este sucesso também se deve ao facto de a webradio ser convertida num meio especialmente visual, pois a forma de atrair mais públicos depende em grande parte da qualidade gráfica do site.
Esta nova forma de rádio é considerado mais dinâmico e interactivo, pois o ouvinte que passa a ser considerado também de utilizador, pode comunicar com os profissionais da rádio através de fóruns de discussão e salas de conversação. Mas ainda não é independente da FM.
No website são publicadas fotografias de pessoas que fazem a rádio, notícias, agenda de espectáculos, ou seja, um conjunto de actividades que permite chamar a atenção do leitor.
A forma de funcionamento da rádio modifica-se, pois os conteúdos passam a ser disponibilizados conforme as possibilidades de fazer hiperligação e hipertextos, isto é, de acordo com o percurso que o site tem para oferecer. Este novo modelo da rádio (webradio) encontra-se ainda em fase de desenvolvimento. Mas será que com a conclusão desta fase (digital), a rádio se tornará num meio totalmente diferente do tradicional, capaz de satisfazer as necessidades individuais e sociais e que diferencia uma estação da outra?
As rádios universitárias em Portugal
As rádios universitárias são propriedade das universidades e associações académicas, tendo como principal objectivo debruçar-se sobre a actualidade do ensino superiores, onde possui programas vocacionados para públicos jovens, mas está longe de ser somente para os estudantes.
A história das rádios universitárias em Portugal surgiu na década de 50, onde Coimbra foi o palco das primeiras iniciativas deste género.
Existem quatro rádios universitárias com emissão em FM: A rádio universitária do Minho, a rádio Universitária do Marão (Universidade FM), a rádio Universitária de Coimbra e a rádio Universitária do Algarve, existindo no entanto, alguns projectos universitários de rádios na Web: A RIIST (no Técnico), a 351 (no Instituto de Piaget) e a ESEC Rádio On-line (na ESE de Coimbra) e alguns outros projectos que não têm emissão on-line.
As rádios possuem características próprias, o que se torna mais complicado classificar de forma linear os diferentes projectos radiofónicos. As estações organizam-se os seus programas mais pela especialização musical ao nível de conteúdo de programas, tendo em conta o público-alvo a que se destina, do que propriamente pela tematização.
As rádios universitárias apresentam uma evolução que acompanha o pulsar académico e o próprio desenvolvimento da sociedade a nível nacional. Estas contribuem e influenciam no desenvolvimento da formação de futuros profissionais, onde oferecem alternativas de programação e formação, onde os jovens podem participar, desenvolvendo assim o seu espírito criativo e nível de aprendizagem.
Assim as rádios universitárias desenvolvem programas de carácter experimental (que fogem ao ritmo da comunicação radiofónica comercial) e de formação de novos valores, contribuindo para debates de ideias e fomento de aproximação entre rádios e ouvintes.
Pelo facto de existir vários cursos universitários na área da comunicação, ligados à existência de apenas um curso técnico-profissional, estas rádios assumem-se como ponte entre o meio profissional e o meio académico, sendo verdadeiras escolas de rádio, permitindo aos alunos universitários em questão, a pratica da rádio e formação de futuros profissionais da área.
Algumas transformações surgidas com o advento das rádios on-line
Alguns estudos recentes apontam que esta nova rádio para poder proliferar-se e ganhar audiência tem de utilizar a Internet. Estas escutas que se radiofónicas via Internet já é bastante praticado, mas possui de certa forma algumas restrições, no que prende-se à ligação informática escolhida pelo utilizador para se conectar e acompanhar a emissão e também devido à insuficiência da largura da banda devido ao crescente número de utilizadores desta prática.
Esta “junção” da Internet e da rádio pode trazer consequências devastadoras para o suporte radiofónico tradicional, uma vez que utilizador/ouvinte possa desfrutar ao mesmo tempo da Internet e da rádio, ganhando assim, ouvintes on-line. Começa a surgir uma ameaça devastadora para o suporte clássico da rádio, que perde deste modo, ouvintes.
Mas o que se teme, é que com os desenvolvimentos tecnológicos e a crescente utilização da Internet, os internautas poderão vir a ouvir as estações que estão na rede e disponibilizam a escuta das suas emissões em tempo real, modificando ou reconvertendo o conceito que se tem da rádio.
Paula Cordeiro (in A rádio de modelo multimediático e os jovens: a
Convergência entre o FM e a Internet em 2004) afirma que a rádio vive uma transformação mais extensa e com consequências maiores do que as primeiras mudanças que ela defrontou-se, por exemplo com o surgimento dos transístores, ou quando passou a emitir em Frequência Modulada.
As mudanças surgidas com a digital são maiores, abrangendo assim, quase todas as tecnologias e processos técnicos. Há uma multiplicação dos canais dos diferentes meios de comunicação na rede, que, na rede, embora mantenham os traços originais, reúnem formas flexíveis e multimédia, inerentes ao sistema digital. Surgem modificações essenciais que abrangem os processos de produção, emissão e recepção da rádio, e que altere o conceito da rádio, quando esta é transportada para um novo suporte (o digital), que permite a combinação das suas características com elementos multimédia.
Fonte : http://grupo5.wikispaces.com/Hist
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