domingo, 14 de março de 2010

JOSÉ BONIFÁCIO DE OLIVEIRA SOBRINHO ( BONI )




BONI (JOSÉ BONIFÁCIO DE OLIVEIRA SOBRINHO)
BIOGRAFIA DE JOSÉ BONIFÁCIO DE OLIVEIRA SOBRINHO, EXTRAÍDA DE SEU DEPOIMENTO DADO AO MUSEU DA TELEVISÃO BRASILEIRA, EM 13/05/99
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho foi apelidado pela mãe de Boni, desde a infância. Nasceu a 30 de novembro de 1935 na cidade de Osasco, São Paulo. Sua mãe é Joaquina de Oliveira, “Quina” de Oliveira, no mundo da literatura e o pai Orlando de Oliveira, conhecido como Caçula. Tem um irmão Guga, que também é de televisão. Desde cedo Boni acompanhava o pai às estações de rádio, onde este trabalhava. Mas o pai morreu quando o garoto só tinha sete anos e então ele foi enviado para um colégio interno, o Liceu Coração de Jesus, na capital paulista. De lá foi para o Rio de Janeiro, onde a mãe tinha parentes. Mas aí também sua atividade principal era acompanhar a tia Sandra Brank, à Rádio Clube do Brasil, e à Rádio Nacional do Rio. O diretor dali era o Dias Gomes e Boni se ligou tanto ao dramaturgo, que “ia junto até no banheiro”, segundo diz. Apareceu então a oportunidade de escrever para o programa ”Clube Juvenil Toddy”, e Boni assim começou sua carreira. Tinha, porém, uma tia em São Paulo que, por ser cabeleireira, era amiga da esposa de Manoel de Nobrega, que era de rádio, e também da esposa de Rodolfo Lima Martensen, grande nome na publicidade. Em São Paulo foi logo à Televisão Tupi e ali começou a escrever o “Gremio Juvenil Tupi”, no estilo do que fazia no Rio de Janeiro. Boni estava com dezessete anos e fazia de seus colegas, seus mestres. Aprendeu muito com Theófilo de Barros Filho, Tulio de Lemos e outros mais. Foi ator algumas vezes, mas o que gostava mesmo era de escrever. Ficou na TV Tupi até 1954, quando passou para a TV Paulista e com dezenove anos, já era assistente da direção artística. O moço aprendia rápido e rapidamente também mudava de emprego. Passou a escrever capas de discos na R.G.E. Depois passou para a publicidade na Lintas Propaganda, com Roberto Lima Martensen. Sempre ligado à televisão, sua paixão, de perto supervisionava programas e interferia neles. Assim foi com “Lever no espaço”, primeiro tele-teatro sobre ficção científica. Isso feito ao vivo. Erros, equívocos, mas ousadia e realização. Essa era a vida do jovem Boni. Em 1966 Boni voltou à TV Tupi, já como diretor do “Telecentro” . Tinha já passado por quase todas as emissoras de televisão e três ou quatro agências de publicidade. Fundou sua própria agencia, a “Proeme”. Fez dupla com Walter Clark, e com ele esteve na TV Excelsior . Para reestruturá-la levaram para lá o Chico Anisio. O sonho de Boni e de Walter Clark era implantar uma rede nacional de televisão. Logo depois, apareceu em sua vida o Roberto Marinho e a TV Globo. Foi a mudança de tudo. Nada mais de saídas e entradas em outras emissoras. Boni ficou aí permanentemente. E, já que conseguiu “carta-branca”, fez de tudo. Foi acertado com o Dr. Roberto uma participação nos lucros, que demorou para vir, uns três ou quatro anos. Mas Boni perseverou. Imaginou e implantou uma grade ideal de programação na TV Globo. E daí conseguiu chegar ao ponto almejado, que era a rede nacional de televisão. E tudo dentro de um trabalho bem feito, reunindo bons profissionais. Ele, mais o Walter Clark e o Joe Wallack exerceram uma liderança forte e começaram a lançar uma programação imbatível em todo o Brasil. Foram feitos links. Assim foi lançado o “Jornal Nacional”, o “Fantástico”, que existem como líderes de audiência até hoje. Houve o enlace com a Embratel e deixou-se de lado o jeito arcaico dos programas de viajarem de avião de uma praça à outra. Tudo imediato. Tudo instantâneo. Salientaram-se nessa época como seus companheiros, no telejornalismo o Armando Nogueira e Alice Maria. Mais tarde veio da TV Tupi, Daniel Filho e Adilson Pontes Malta. Estes ajudaram a fazer a reformulação na novela brasileira. Grandes nomes foram contratados: Dias Gomes, Janete Clair, Tarcisio Meira, Gloria Menezes e centenas de outros. Foram lançadas novelas de êxito total, como: “Irmãos Coragem”, “Véu de Noiva”, “Gabriela”, adaptada por Walter George Durst, outra grande aquisição. “Roque Santeiro” deu muito trabalho com a censura, mas acabou, dez anos depois, sendo um grande sucesso. Sem dar muita importância às dificuldades, continuava Boni, que se transformou no “todo poderoso”, e que recebe elogios de toda a classe, quando dele se fala. “Tirando de letra” as dificuldades com a censura, as exigências do Ibope, os problemas com a classe artística, onde, às vezes, precisou ser psicólogo ou psiquiatra, o rapaz foi comandando com galhardia sua nave. A televisão era sua “eterna namorada”, segundo diz. Casado pela primeira vez com vinte e um anos de idade, voltou a casar-se depois, e hoje está casado com Lu. Tem quatro filhos e é um bom pai, orgulhoso de seus filhos. Falando ainda em televisão, Boni diz que se orgulha de ter criado o “Projac”, cidade cenográfica da Globo, e onde atualmente ela está instalada. Depois Boni passou a ser consultor da TV Globo, com contrato com ela até 2001. Se diz um pouco em “dieta” , está desintoxicando, mas com um desejo escondido de voltar à luta, “e de namorar de novo” sua eterna namorada: a televisão. Considerado “gênio” por todos os colegas e toda a mídia, ele responde meio encabulado: “Que nada. O que eu sou é aplicado”. E ri, esse moço, criativo, doce, firme, e eternamente pronto para “lutar e vencer”, pois esse é seu destino. Hoje José Bonifácio de Oliveira Sobrinho é dono e presidente da Rede Vanguarda de Televisão, cuja sede principal é na cidade de São José dos Campos, que hoje está com 10 emissoras.
FONTE : http://www.museudatv.com.br/biografias/Boni.htm

Um comentário:

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    O Brasil avançou muito nestes últimos anos. Por um lado, ele se transformou num exemplo de democracia para a América Latina. Por outro lado, ele conseguiu incorporar a luta pela equidade de gênero e pela promoção da igualdade racial. Mas ainda não conseguiu promover o resgate histórico dos nossos povos originários, ou seja, dos índios, que ainda se mantém, de certa forma, à margem do próprio processo de desenvolvimento como uma população tutelada.

    Qual é a razão deste atraso? O mundo mudou e o país também precisa mudar. Não adianta continuar discutindo sobre o futuro com resquícios do passado. O nosso país precisa de um novo desenho institucional e de um novo repertório de convivência cívica. Para a construção de uma nação forte e soberana, capaz de aglutinar, verdadeiramente (e não apenas retoricamente) pessoas, gêneros, raças, credos, etnias e nacionalidades, para a celebração da paz e da harmonia entre todos...

    Como um grande passo nesta direção, o Brasil precisa acordar e se lembrar de que a conquista da autonomia é o primeiro passo para o fortalecimento da cidadania em sua plenitude. Esta é uma das razões pelas quais os índios brasileiros querem falar por si mesmos, isto é, sem intermediários. Eles querem e têm o direito de participar desta nova etapa, até por uma questão de ancestralidade. Sendo parte constitutiva de nossa nacionalidade, eles não podem continuar a ser excluídos deste processo. Eles não podem ser deixados para trás, até porque a nossa história não pode ser órfã. Precisamos de todos os brasileiros, unidos e reconfigurados, para dar a nossa contribuição ao novo estágio civilizatório que se avizinha...

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