A internet, a história e o futuro do jornal impresso. O que os administradores tem haver com isso?
A comunicação é uma das maiores necessidades do ser humano. A sabedoria popular do Velho Guerreiro Chacrinha ensina: "Quem não se comunica, se trumbica!". Já sabendo disso, por volta de 4000 a. C., os chineses inventam a escrita. A sua evolução deu origem ao mais antigo veículo de comunicação humana: o jornal impresso.
O jornal surgiu como uma forma de divulgar notícias e informações para as massas. Acta Diurna que surgiu em Roma cerca de 59 a. C., é o mais antigo jornal conhecido. A sua invenção deve-se ao imperador romano Júlio César, que tinha como intenção informar os romanos sobre os acontecimentos mais importantes na sociedade e na política. Os primeiros jornais foram escritos em grandes placas brancas e expostas em lugares públicos populares, tais como as Termas.
Os chineses, inventores da escrita, criaram o seu primeiro jornal no século VIII, no ano de 713 d. C. Inovando na forma de comunicação mais uma vez, os primeiros jornais chineses eram escritos à mão sob a forma de boletins. No ano de 1040, Pi Cheng (China) inventa a imprensa usando blocos móveis de madeira. Mas foi com Johann Gutenberg em 1447, que o jornal inaugurou a era do conhecimento moderno. A sua invenção foi a criação da prensa de imprensa, processo que possibilitava a produção em massa dos jornais.
Gutenberg tornou possível a livre circulação e o intecâmbio de idéias e a disseminação do conhecimento. Não raro, a invenção de Gutenberg encontra-se entre as maiores invenções da história da humanidade.
Em meados do século XIX, os jornais chegam ao seu apogeu. Tornam-se os principais veículos de divulgação e recebimento de informações. Nessa época, entre os anos de 1890 a 1920 foram construídos gigantescos impérios editoriais. William Randolph Hearst, Joseph Pulitzer, e Lorde Northcliffe exerceram enorme influência na indústria jornalística. Ficaram conhecidos como os barões da mídia.
Durante esse período, os jornais começam a passar por processos de adaptação aos tempos modernos. Em 1844, o telegráfo foi inventado transformando a imprensa escrita. As informações a partir desse momento, eram transmitidas mais rápidas e com informações mais atuais.
Quando Marconi, nos anos 1920 inventou o rádio, os jornais tiveram que passar novamamente por um processo de transformação. O rádio surgiu como uma fonte barata e alternativa de informações. Conseguindo a adpatação frente ao rádio, surge nos anos de 1950 a televisão como um poderosíssimo meio de comunicação em massa. Como consequência, a circulação dos jornais cairam.
O USA TODAY então inovou. Os seus jornais passaram a ser coloridos e ofereciam artigos curtos, rápidos e objetivos. A intenção era conter o crescimento da tecnologia e tornar os jornais o mais parecido possível com as matérias exibidas na televisão.
Tendo atravessado mais de um milênio desde a sua invenção, o jornal chegou ao século XXI. Hoje ele encontra-se diante dos avanços tecnológicos e dos desafios da sociedade moderna.
A popularidade da internet revolucionou a comunicação. A informação tornou-se mais instântanea do que nunca. Os leitores e assinantes de muitos jornais (inclusive revistas) estão migrando para a internet. O mundo já atravessou a marca de 1 bilhão de internautas. A publicidade, outra fonte de receitas dos editores de jornais, também esta migrando para a internet, onde estão os consumidores. Segundo Philip Meyer, autor do livro "The Vanishing Newspaper" (O desaparecimento do jornal) o desaparecimento do jornal impresso nos Estados Unidos vai acontecer no ano de 2043.
O jornal impresso pode sim estar com os seus dias contados. Por questões principalmente do avanço tecnológico e de sustentabilidade. Os editores terão que se adaptar as novas tendências. Haverá talvez, um mercado de nicho para os jornais impressos, mas a grande maioria dos jornais poderá ser lidos nas telas dos computadores, nos Kindles, IPhone ou em alguma plataforma que vierem a inventar.
Em 59 a. C., quando foi criado o Acta Diurna, os responsáveis por colher informações eram chamados de “actuarii”. Na realidade imposta pelos tempos modernos, hoje são chamados de internautas, blogueiros.
Como um dos mais importantes veículos de comunicação já inventados, o jornal não vai deixar de existir, apenas mudará de roupa. Pois, como disse Arthur Miller em 1961: "Um bom jornal, penso eu, é uma nação falando consigo mesma".
Vida longa ao Post-och Inrikes Tidningar, jornal mais antigo do mundo ainda em circulação no mundo, criado e editado na Suécia.
As empresas em todos os seguimentos de negócios estão sujeitas a enfrentar a realidade de transformação e adaptação aos novos tempos como vem vivendo os jornais impressos. A velocidade de acontecimento das coisas é incrível nesse mundo moderno. Aos administradores cabem perceber o ritmo do "andar da carroagem".
Não será o fim de um empreendimento para quem estiver atento as tendências de negócios.
Por Marco Aurélio de Oliveira FONTE : http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/a-internet-a-historia-e-o-futuro-do-jornal-impresso-o-que-os-administradores-tem-haver-com-isso/34602/
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