sábado, 13 de março de 2010

GARRINCHA,ALEGRIA DO POVO

GARRINCHA E PELÉ



Garrincha
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Garrincha

Informações pessoais
Nome completo Manuel Francisco dos Santos
Data de nasc. 28 de outubro de 1933

Local de nasc. Magé, RJ, Brasil

Falecido em 20 de Janeiro de 1983 (49 anos)

Local da morte Magé, RJ, Brasil

Apelido Mané
O anjo das pernas tortas
A alegria do povo
Informações profissionais
Número 7
Posição Ponta-direita

Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1953-1965
1966
1967
1968
1968
1968-1969
1971-1972
Botafogo
Corinthians
Portuguesa
Alecrim
Atlético Junior
Flamengo
Olaria
00614 (245)
0010 (2)
00? (?)
001 (0)
001 (0)
0015 (4)
0010 (1)
Seleção nacional
1955-1966
1955-1962
Seleção Brasileira
Seleção Carioca
060 (17)
009 (7)
Manuel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha ou simplesmente Garrincha, Magé(Pau Grande), 28 de outubro de 1933 — Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 1983) foi um futebolista brasileiro que se notabilizou por seus dribles desconcertantes apesar do fato de ter suas pernas tortas. É considerado entre os especialistas de futebol como um dos maiores jogadores da história do futebol em todos os tempos. No auge de sua carreira, passou a assinar Manuel Francisco dos Santos, em homenagem a um tio homônimo, que muito o ajudou. Garrincha também é amplamente considerado como o melhor driblador da história do futebol.
Garrincha, "O Anjo de Pernas Tortas" , foi um dos heróis da conquista da Copa do Mundo de 1958 e, principalmente, da Copa do Mundo de 1962 quando, após a contusão de Pelé, se tornou o principal jogador do time brasileiro. Com Garrincha e Pelé jogando juntos, a Seleção jamais perdeu uma partida sequer. A força do seu carisma ficou marcada rapidamente nas palavras do grande poeta de Itabira, Carlos Drummond de Andrade, numa belíssima crônica publicada no Jornal do Brasil, no dia 21 de janeiro de 1983, um dia após a morte do genial Garrincha:
Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho.

— Carlos Drummond de Andrade

Índice
• 1 Biografia
o 1.1 Infância: o apelido "Garrincha"
o 1.2 As pernas tortas
o 1.3 Primeiros brilhos
o 1.4 Vida pessoal
• 2 Jogador profissional
• 3 Os números de Garrincha
o 3.1 Pelo Botafogo (Rio de Janeiro)
o 3.2 Pelo Corinthians (São Paulo)
o 3.3 Pelo Atlético Junior (Barranquilla, Colômbia)
o 3.4 Pelo Flamengo (Rio de Janeiro)
o 3.5 Pelo Olaria (Rio de Janeiro)
o 3.6 Pela Seleção Brasileira
o 3.7 Pela Seleção Carioca
o 3.8 Pelo Fortaleza (Fortaleza)
o 3.9 Pelo Alecrim (Natal)
o 3.10 Pelo Novo Hamburgo (Novo Hamburgo)
o 3.11 Total geral
• 4 Títulos
o 4.1 Pelo Botafogo
o 4.2 Pelo Corinthians
o 4.3 Pela Seleção Brasileira

Biografia
Infância: o apelido "Garrincha"


De origem humilde, com quinze irmãos na família, Manuel Francisco dos Santos era natural de Pau Grande, distrito de Magé (Rio de Janeiro). Sua irmã o teria apelidado de Garrincha, fazendo uma associação com um passarinho muito comum na região serrana de Petrópolis, conhecido por este nome.
As pernas tortas
Uma das características marcantes que envolvem a figura de Garrincha relaciona-se a uma distrofia física: as pernas tortas. Numa perspectiva frontal, por exemplo, sua perna esquerda, seis centimetros mais curta que a direita, era flexionada para o lado direito, e a perna direita, apresentava o mesmo desenho. Afirma Ruy Castro em seu livro que já teria nascido assim, mas há vários depoimentos no sentido que tenha sido sequelas de uma poliomielite.
Primeiros brilhos
Com catorze anos de idade começou a jogar no Esporte Clube Pau Grande e seu talento, já manifestado, despertou a atenção de Arati: um ex-jogador do Botafogo. Teve uma breve passagem pelo Serrano Foot Ball Club, time de Petrópolis, região serrana do Rio. Foi este o primeiro clube a pagar quantias em dinheiro para que Garrincha jogasse futebol. Após esta passagem pelo Serrano, foi treinar no time do Botafogo de Futebol e Regatas. Não se sabe com certeza quem o levou a fazer um teste no Botafogo, mas nos minutos iniciais do primeiro treino, ele teria dado vários dribles em Nílton Santos, o qual já era um renomado jogador.
Vida pessoal
Garrincha casou-se com Nair, namorada de infância, com quem teve oito filhas. Separou-se dela e foi casado com Elza Soares por 15 anos. Os dois tiveram um filho, Manuel Garrincha dos Santos Junior (9 de julho de 1977 — 11 de janeiro de 1986), morto aos 9 anos de idade num acidente automobilístico). Nenem, o filho dele com Iraci, sua esposa antes de conhecer Elza, também morreu num acidente em Portugal em 20 de janeiro de 1992 aos 28 anos.
Jogador profissional


Na maior parte de sua carreira Garrincha defendeu o Botafogo (no período de 1953-1965) e a Seleção Brasileira (de 1957-1966). Jogou alguns meses no Sport Club Corinthians Paulista (1966) e no Clube de Regatas do Flamengo (1969), time pelo qual torcia, porém já estava longe de seu auge. Jogou por pouco tempo no Olaria (1972). Teve uma partida disputada pelo Vasco, em um amistoso contra a seleção da cidade de Cordeiro (RJ), marcando um gol nesta partida. Sua contratação não foi fechada pela equipe cruzmaltina devido a sua má condição física e foi devolvido ao Sport Club Corinthians Paulista após o supracitado amistoso.
Jogou sessenta partidas pelo Brasil entre 1955 e 1966. Em todos os seus jogos, participou de apenas uma derrota (de 3 a 1 para a Hungria na Copa de 66). Com Garrincha e Pelé jogando ao mesmo tempo, o Brasil nunca perdeu.
Mesmo na Seleção Brasileira, Garrincha nunca abandonou sua forma irreverente de jogar. Voltava a driblar o jogador oponente, no mesmo lance, ainda que desnecessariamente, só pela brincadeira em si.
Nos clubes, jogou 614 vezes, marcando 245 gols pelo Botafogo. Também atuou pelo Corinthians, Flamengo e o Olaria no Brasil, e pelo Atlético Junior da Colômbia. Sua carreira profissional se prolongou de 1953 a 1972.
Garrincha faleceu em 19 de janeiro de 1983 vítima de cirrose do fígado. Em seu epitáfio lê-se "Aqui jaz em paz aquele que foi a Alegria do Povo – Mané Garrincha."
Os números de Garrincha
Pelo Botafogo (Rio de Janeiro)
• Partidas: 614
• Gols marcados: 245
• Partida de estréia: Botafogo 6 – 3 Bonsucesso (19 de julho de 1953)
• Primeiro gol: Marcado na partida acima.
• Última partida: Botafogo 2 – 1 Portuguesa do Rio (15 de setembro de 1965)
• Último gol: Botafogo 1 – 0 Flamengo (22 de agosto de 1965)
Pelo Corinthians (São Paulo)
• Partidas: 13
• Gols marcados: 2
• Partida de estréia: Corinthians 0 – 3 Vasco (2 de março de 1966
• Primeiro gol: Corinthians 2 – 1 Cruzeiro (13 de março de 1966)
• Última partida: Corinthians 0 – 3 Santos (9 de outubro de 1966)
• Último gol: Corinthians 2 – 0 São Paulo (19 de março de 1966)
Pelo Atlético Junior (Barranquilla, Colômbia)
• Partidas: 1
• Gols marcados: 0
• Única partida: Junior 2 – 3 Santa Fé (20 de Agosto de 1968)
Pelo Flamengo (Rio de Janeiro)
• Partidas: 15
• Gols marcados: 4
• Partida de estréia: Flamengo 0 – 2 Vasco 30 de novembro de 1968)
• Primeiro gol: Flamengo 2 – 2 América-RJ (19 de janeiro de 1969
• Última partida: Flamengo 1 – 0 Campo Grande-RJ (14 de dezembro de 1969)
• Último gol: Flamengo 2 – 1 ABC-RN (9 de fevereiro de 1969)
Pelo Olaria (Rio de Janeiro)
• Partidas: 10
• Gols marcados: 1
• Partida de estréia: Olaria 1 – 1 Flamengo (23 de fevereiro de 1972)
• Última partida: Olaria 0 – 1 Botafogo (23 de agosto de 1972)
• Único gol: Olaria 2 – 2 Comercial de Ribeirão (23 de março de 1972)
Seleção Brasileira
• Partidas: 61
• Gols: 17
• Partida de estréia: Brasil 1 – 1 Chile (18 de setembro de 1955)
• Primeiro gol: Brasil 5 – 0 Corinthians (28 de maio de 1958) – Garrincha marcou 2 gols na partida
• Última partida: Brasil 1 – 3 Hungria (15 de julho de 1966)
• Último gol: Brasil 2 – 0 Bulgária (12 de julho de 1966, Copa do Mundo de 1966)
Pela Seleção Carioca
• Partidas: 9
• Gols: 7
• Partida de estréia: Rio de Janeiro 3 – 2 Pernambuco (9 de março de 1955)
• Primeiro gol: Marcado na partida acima.
• Última partida: Rio de Janeiro 6 – 4 São Paulo (19 de dezembro de 1962)
• Último gol: Marcado no partida acima.
• Obs: Aqui está computada também a partida Combinado Botafogo-Flamengo 6 – 2 Honved-Hungria (7 de fevereiro de 1957), no qual Garrincha marcou 1 gol.
Pelo Fortaleza (Fortaleza)
• Partidas: 1
• Gols: 0
• Partida de estréia: Fortaleza 1x0 Fluminense (28 de janeiro de 1968)[3]
• Primeiro gol: Garrincha não marcou gols pelo Fortaleza
• Última partida: Fortaleza 1x0 Fluminense (28 de janeiro de 1968)
Pelo Alecrim (Natal)
• Partidas: 1
• Gols: 0
• Partida de estréia: Alecrim 0 – 1 Sport (4 de fevereiro de 1968)
• Primeiro gol: Garrincha não marcou gols pelo Alecrim
• Última partida: Alecrim 0 – 1 Sport (4 de fevereiro de 1968)
Pelo Novo Hamburgo (Novo Hamburgo)
• Partidas: 1
• Gols: 0
• Partida de estréia: Internacional 3 – 1 ECNH (2 de julho de 1969)
• Primeiro gol: Garrincha não marcou gols pelo Esporte Clube Novo Hamburgo
• Última partida: Internacional 3 – 1 ECNH (2 de julho de 1969)
Total geral
• Partidas: 716
• Gols marcados: 283
Títulos
Pelo Botafogo
• Taça de Paris: 1963
• Rio-São Paulo: (1962 e 1964)
• Campeonato Carioca: (1957, 1961 e 1962)
• Torneio João Teixeira de Carvalho: 1958
• Torneio Quadrangular do Rio de Janeiro: (1954)
• Pentagonal de Clubes do México: 1958
• Torneio Internacional da Colômbia: (1960)
• 6º Torneio Pentagonal do México:(1962)
• Torneio Governador Magalhães Pinto: (1964)
• Torneio Jubileu de Ouro da Associação de Futebol de La Paz (1964).
• Torneio Quadrangular do Suriname de 1964: 1964
• Torneio Íbero-Americano (Quadrangular de Buenos Aires): 1964
Pelo Corinthians
• Rio-São Paulo: (1966)
Pela Seleção Brasileira
• Copa do Mundo: (1958 e 1962)
• Taça Bernardo O'Higgins: (1955, 1959 e 1961)
• Taça Oswaldo Cruz: (1958, 1961 e 1962)
• Copa Rocca: (1960)
Garrincha participou também de vários amistosos pelo Brasil e pelo exterior, integrando o Milionários (formado por veteranos com carreiras encerradas); o time da AGAP-RJ (Associação de Garantia ao Atleta Profissional do Estado do Rio de Janeiro); diversas equipes amadoras da Itália, e clubes sem expressão do interior do Brasil. Estas partidas não têm valor para estatísticas.

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