sexta-feira, 5 de março de 2010

EMBRAER



EMB-110 BANDEIRANTES
E-JET NOSE ROLL-OUT
Embraer
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Embraer

Sociedade Anônima (BM&F Bovespa: EMBR3 / NYSE)

Fundação 19 de Agosto de 1969

Sede São José dos Campos, Brasil

Pessoa(s) chave Ozires Silva
Maurício Botelho
Frederico Curado

Empregados

• 23.855 (2007)
• 17.389 (Fevereiro de 2009)

Indústria
Aeronáutica / Defesa

Produtos Aviões, serviços e material de defesa

Website
www.embraer.com.br

A Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. (Embraer) é uma fabricante brasileira de aviões para uso comercial, executivo, agrícola e militar.
É a terceira maior fabricante de aviões do mundo, atrás da Boeing e da Airbus, e uma das maiores companhias exportadoras do Brasil em termos de valor absoluto desde 1999. Detém também a maior carteira de pedidos entre os fabricantes de jatos regionais de passageiros.
Está sediada na cidade de São José dos Campos, interior do estado de São Paulo, com diversas unidades no Brasil e exterior, inclusive uma joint-venture na China, a Harbin Embraer. Para teste de aviões, a companhia possui uma pista de pouso e decolagem na cidade de Gavião Peixoto, cuja extensão, de 5000 metros, a tornou terceira mais longa do mundo.


Índice
• 1 Histórico
o 1.1 Formação
o 1.2 Cooperação e crise - Década de 1980
o 1.3 Crescimento internacional
o 1.4 Reestruturação societária

Histórico
Formação


A Embraer nasceu como uma iniciativa do governo brasileiro dentro de um projeto estratégico para implementar a indústria aeronáutica no país, em um contexto de políticas de substituição de importações.
Fundada no ano de 1969, seu primeiro presidente foi o engenheiro Ozires Silva, que havia liderado o desenvolvimento do avião Bandeirante.
Inicialmente, a maior parte de seu quadro de pessoal formou-se pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) do Centro Técnico Aeroespacial (CTA). De certa maneira, a Embraer nasceu dentro do CTA.
No ano de 1980, houve uma fusão com a Indústria Aeronáutica Neiva, que se tornou sua empresa subsidiária.
Durante as décadas de 70 e 80, a Embraer conquistou importante projeção nacional e internacional com os aviões Bandeirante, Xingu e Brasília.
Atualmente a empresa encontra-se em ascendência, com muitos contratos de venda, e expandindo-se não somente em espaço físico, mas também em número de empregados, contando com cerca de vinte mil empregados, dos quais aproximadamente doze mil são diretos e oito mil indiretos.
Cooperação e crise - Década de 1980

Ao iniciar uma parceria com a Itália em 1981, foi possível elaborar o caça de ataque ar-terra AMX, considerado um importante salto tecnológico para a elaboração de novos projetos.
Em 1986, Ozires Silva deixou a presidência da empresa para assumir a Petrobras.
Em 1988 deu início ao desenvolvimento de um avião binacional, que seria projetado e construído tanto pela Embraer como pela Fábrica Militar de Aviones (FMA) da Argentina.
A aeronave teve a designação de CBA-123, sendo CBA a sigla para Cooperação Brasil-Argentina.
Em 1990, o primeiro protótipo voou, mas devido a o alto preço e a crise econômica e política da época, a produção foi descontinuada. Um dado curioso sobre o projeto, é que os motores foram colocados na parte traseira da fuselagem, com as hélices voltadas para trás.
O final da década de 80 foi marcada por uma grande crise financeira, que abalou a economia do Brasil e atingiu em cheio a Embraer, que quase foi à falência.
Em 1992, Ozires Silva foi convidado a voltar à presidência da empresa e a conduzir o processo de privatização.
Em 1994, durante o governo de Itamar Franco, a empresa foi leiloada, para depois passar por um longo processo de reestruturação e apresentar novos projetos que a tornariam uma gigante de setor.
A Embraer, antes de ser privatizada, estava a beira da bancarrota e sequer figurava entre as empresas com maior valor de mercado e, hoje, é avaliada em R$ 17 bilhões, além de figurar como a terceira maior fabricante de jatos do mundo
Tornou-se uma das mais importantes blue chips negociadas na Bovespa, e distribui dividendos a acionistas minoritários e funcionários.
Os novos controladores acionários passaram a ser os fundos de pensão Previ e Sistel (20% cada), a Cia. Bozano, Simonsen (20%), além de um grupo de investidores com participação acionária menor (total de 20%), formados pela Dassault, EADS, Snecma e Thales Group.
Após a privatização, a empresa foi presidida pelo engenheiro Maurício Botelho, substituído em 2007 por Frederico Curado.
Crescimento internacional


Maurício Botelho foi responsável pela reestruturação da empresa, principalmente no âmbito financeiro. O lançamento do projeto da família ERJ-145, jatos comerciais com capacidade de até 50 passageiros, foi um sucesso de mercado, que atingiu a marca de 1000 aeronaves vendidas em 2006.
O passo seguinte foram novos investimentos para a criação da linha de aviões EMBRAER 170/190, uma aposta no mercado de aviões de 70 a 120 lugares, originalmente classificados como E-Jets. Estes são um sucesso com 878 encomendas firmes e 915 intenções de compra.
No entanto, foram logo associados a um novo nicho de mercado, ocupado pelas principais empresas aeronáuticas (Major) e as de baixo-custo e baixa-tarifa (low-cost, low-fare).
Neste segmento, sua atual maior concorrente é a empresa canadense Bombardier com modelos de até 90 lugares. Ela não está tão bem posicionada no mercado, pois seus produtos são versões estendidas das aeronaves de 50 passageiros, tornando-os menos espaçosos e econômicos.
Em 2000, a empresa lançou ações nas bolsas de valores de Nova Iorque e de São Paulo.
Devido a subsídios adotados pela empresa canadense, o governo brasileiro entrou com um pedido de reparação na Organização Mundial do Comércio. A disputa durou alguns anos, e ambas as partes foram condenadas a adotar novas formas de financiamento aceitas internacionalmente para a venda, fabricação e desenvolvimento de suas aeronaves.
Em 2002, uma joint-venture com a China Aviation Industry Corporation II (AVIC II) criou a Harbin Embraer Aircraft Industry Co. Ltd. (HEAI), possibilitando a construção e venda de aviões ERJ-145 para o mercado da China.
Em 2004, foi criada uma associação com a empresa do ramo de defesa Lockheed Martin para o fornecimento de aviões de sensoriamento remoto com base no ERJ-145 para a marinha e aeronáutica dos Estados Unidos da América. No entanto, este projeto foi suspenso em janeiro de 2006.
Em 2005, um consórcio liderado pela Embraer foi declarado o vencedor no processo de privatização da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal S/A, derrotando o consórcio ítalo-americano composto das companhias Alenia Aeronautica e Lockheed Martin[5].
No mesmo ano a empresa iniciou uma ofensiva comercial para ampliar sua participação no mercado de aviões executivos, presente apenas com o Legacy, cuja plataforma é o jato ERJ-135. Para tanto, iniciou uma reestruturação interna nessa área, organizada pelo seu vice-presidente de aviação executiva Luís Carlos Affonso.
Em maio, anunciou o projeto do Embraer Light Jet e do Embraer Very Light Jet. Juntamente com modelos em tamanho real, seus nomes oficiais foram divulgados durante a National Business Aviation Association (NBAA) em Orlando, EUA, em novembro, como Phenom 300 e Phenom 100, respectivamente.
Em janeiro de 2006, foi anunciado pelo presidente venezuelano Hugo Chávez, o veto dos Estados Unidos à venda de aviões de treinamento Super Tucano à seu país, por alegada transferência de tecnologia de origem norte-americana, presente na aviônica das aeronaves. Pelo mesmo motivo, foi anunciado veto à venda para o Irã.
Em Abril de 2008 foi anunciado o desenvolvimento de aviões intermediários entre o Phenom 300 e o Legacy 600, denominados Embraer Mid Light Jet e o Embraer Mid Size Jet, que foram batizados de Legacy 500 e Legacy 450, com entrada em operação prevista para 2012 e 2013, respectivamente.
O Legacy 450 terá alcance de 4.260 km (2.300 milhas náuticas) e o Legacy 500 de 5.560 (3.000 milhas náuticas).
A intenção é que em um período de dez anos, os jatos executivos representem 20% do total de vendas.
Reestruturação societária
Em 20 de janeiro de 2006, a Embraer anunciou um plano de reestruturação societária, segundo a qual o poder decisório será pulverizado entre todos os acionistas, pois todos os portadores de ações da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo terão direito a voto. Além disso, o esquema no qual os fundos de pensão Previ, Sistel e a Cia. Bozano que controlam 60% das ações, desde sua privatização, será desfeito.
Maurício Botelho continuará na presidência do Conselho de Administração da empresa até 2009.
Em 14 de fevereiro de 2007, a empresa EADS vendeu sua participação acionária de 2,12% da Embraer por 124 milhões de euros.
Foi eleita pelo Great Place to Work Institute (GPTW) como uma das cem melhores empresas para se trabalhar no Brasil.

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