segunda-feira, 6 de junho de 2011

Moby diz que 'grandes gravadoras devem morrer'



"Eu realmente acredito que, como instituições, a maioria das grandes gravadoras deve morrer". A declaração foi dada pelo músico, produtor e DJ Moby durante o a conferência EMP Pop, no fim de semana, na Universidade da Califórnia, segundo o Hollywood Reporter . Ele participou da palestra "Como músicos ganham dinheiro e mantém a alma viva num mundo pop em transição" junto com Raphael Saadiq; David Sitek, do TV on the Radio; e Maximum Ballon, do Jane's Addiction. Todos foram chamados por terem experiências múltiplas no mundo da música, como produtores e DJs além de artistas solo e em bandas.



A indústria fonográfica teve seu auge no final do século passado, quando o caminho de qualquer músico tinha de passar por um grande selo. O negócio envolvia altos custos de gravação, distribuição e, para se alcançar sucesso mundial, marketing. Com a chegada da internet, os dois primeiros fatores deixaram de ser relevantes na conta. Gravadoras independentes ganharam importância e alguns artistas começaram a cuidar da própria carreira.



Moby - que lançou seu disco de maior sucesso, "Play", pela V2 Records com distribuição da BMG e WEA - acredita que o modelo antigo era prejudicial para os artistas e, acima de tudo, para a música. Ele criticou essa época em que o artista precisava assinar com as grandes gravadoras para ter acesso à MTV e às rádios e assim alcançar os ouvintes.



- Graças a Deus esse tempo acabou. Assinar com um grande gravadora, para 99% dos músicos do planeta, é a pior coisa que se pode fazer. Elas trataram os músicos mal, trataram os fãs mal e trataram a música mal, o que é o mais importante. Por isso, elas precisam se reinventar ou morrer em silêncio - disse Moby.



Fonte: O Globo 
          http://radioimprensa.blogspot.com/

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