segunda-feira, 6 de junho de 2011

Fita cassete resiste como fetiche de colecionadores




A pesquisa foi difícil, mas o resultado impressiona: o site de compras Amazon.com oferece fitas cassete novas, ainda embaladas em plástico, de mais de 2.600 títulos de pop e rock.



Saiba onde comprar fitas cassete gravadas



Sim, as fitas cassete originais, com a capinha do disco, aquelas que muita gente considerava extintas.



Além dessas, novidades chegam ao mercado. Os próximos lançamentos de Pearl Jam e Foo Fighters também virão nesse formato.



Depois da "volta do vinil", surpreende ver que o pop pode ser ainda mais retrô. Os fãs desejam as fitas como se fossem camisetas ou qualquer item de colecionador.



A Amazon sabe disso, e seu departamento de estratégia coloca preços bem diferenciados para esses consumidores.



Assim, uma fita nova de Whitney Houston é vendida a menos de R$ 4, mas um exemplar ainda lacrado em plástico de "OK Computer" (1997), do badalado Radiohead, custa cerca de R$ 56.



O produto mais caro da loja em formato de fitas é o box "The Beatles", com todos os álbuns originais do quarteto e mais dois cassetes bônus. Custa cerca de R$ 1.600.



Dependendo da fita, mesmo usada ela pode valer muito. Há dois meses, um site americano de leilões vendeu um cassete do projeto USA for Africa, o "We Are the World", por cerca de R$ 330.
TAMBÉM NO BRASIL




Essa valorização de raridades ainda não chegou com força ao Brasil, mas o mercado de fitas já ressuscita. Paulo Sokol, 38, abriu em 2008 a loja Engenharia do Vinil, no centro de São Paulo.



Apesar do nome, desde o início ele dedica espaço aos cassetes. Embora outras lojas de álbuns usados também exibam algumas fitas à venda, é nessa que elas ocupam toda uma parede.



Os preços variam de R$ 5 a R$ 25, um pouco mais por fitas bem raras. "Que loucura pagar mais de R$ 300 pelo 'We Are the World'. Vendi uma por R$ 5", lamenta.



Paulo também é colecionador. Além das incontáveis fitas, tem sete toca-fitas, entre walkman, aparelhos de som e decks profissionais.



Segundo ele, o que mais vende é metal e rock dos anos 80, época da maior produção de fitas no Brasil e no mundo. Mas ícones pop, como Beatles, Madonna e Elvis Presley, sempre atraem. "Madonna é uma loucura, vende tudo. E outro dia um cara veio aqui e comprou todas que eu tinha de Elvis, umas 12 fitas."



Ezio Fernandes de Avilla, 49, comerciante e colecionador de fitas, frequenta a loja. "Guardo também vinil e CD, mas já tive umas 800 fitas."



Além de procurar clássicos que admira, como David Bowie e Roxy Music, Ezio está atento a novidades. "No ano passado, uma banda que eu gosto muito, Goldfrapp, lançou uma edição em cassete de seu álbum mais recente, 'Head First', mas o preço passou dos R$ 100, não deu para comprar." Ele costuma pagar até R$ 25 por uma fita.



Outro tipo de consumidor que ajuda a manter vivo o mercado de fitas é aquele que escuta música no carro. Segundo Fausto Batalha, dono de uma loja de som automotivo, ainda são fabricados no Brasil seis modelos de rádio para carro com toca-fitas.



Quem compra carros antigos quer fitas. "O rádio original é valioso num carro antigo. Nem precisa ser tão velho, os alemães até 2008, por exemplo, ainda têm toca-fitas", explica Batalha.



A volta do vinil foi bancada pelas gravadoras. Quanto ao cassete, nenhuma ainda se mexeu. Para os colecionadores, só aumenta o fetiche.





Por THALES DE MENEZES

Fonte: Folha de São Paulo 
 
  Fonte : http://radioimprensa.blogspot.com/

Um comentário:

  1. Amigos

    Tenho 62 anos e sou colecionador de fotos e outras coisas, há 38 anos, inclusive vinil
    que tive a paciencia de medir em pé e deu mais de 05 metros. Tenho também várias fitas e apare
    lhos que os tocam.
    Um abraço a todos e que Deus os abençoe.
    Vaelsom Taveira Ferraz

    ResponderExcluir