Por Fernando Rebouças
Durante o regime militar no Brasil, instaurado a partir do golpe de 64, muitos jornalistas desenvolviam o seu trabalho no intuito de resistência ao regime e rompimento com a ditadura. Durante o regime militar surgiram diversos jornais alternativos de oposição ao governo.
A grande imprensa sofria censura da ditadura, ou se afinava com o governo, enquanto que os pequenos jornais alternativos denunciavam os abusos de tortura e violação dos direitos humanos no Brasil. A imprensa alternativa era redigida por jornalistas de movimento popular ou de orientação política de esquerda, em boa parte, despedidos dos grandes veículos.
Os jornais alternativos foram instrumentos de resistência e espaço público durante o período de abertura. Porém os grandes veículos impressos tinham jornalistas combativos, em dezembro de 1969, a revista Veja tinha em sua equipe Raimundo Pereira, Élio Gaspari, Dirceu Brizola, Bernardo Kucinski, cuja redação fora desmontada após a publicação de duas reportagens referentes a tortura de presos políticos.
Em 25 de outubro de 1975, sob tortura, foi assassinado o jornalista chefe da TV Cultura, Vladimir Herzog. A maioria dos jornais alternativos tiveram vida curta como Versus, Coojornal, Repórter, Opinião, Movimento, Em Tempo, entre outros; o Pasquim durou mais, de 1969 a 1988, sofrendo forte censura militar até meados da década de 70.
fonte : http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/jornalismo-na-ditadura-militar/
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