segunda-feira, 29 de novembro de 2010

RÁDIALISTA Hermann Stipp



Bati um papo com Hermann Stipp da Rede Mix para o TudoRádio
Salve colegas de todo Brasil! Hoje vamos conversar com um profissional de Taubaté que já algum tempo está no casting de locutores da Rede Mix. Ele fala sobre a sua carreira no interior e também hoje em São Paulo. O papo é com Hermann Stipp no Entrevistas aqui no TudoRádio. Confira.

Olá Hermann, hoje vamos descobrir um pouco do profissional Hermann Stipp. Onde tudo começou e como foi para você o ínicio no rádio?
Obrigado Tuba pelo convite, viu? A gente está sempre acompanhando o trabalho de vocês pelo site e estão de parabéns! Mas então ... comecei aos 15 anos na cidade de Taubaté no interior de São Paulo no ano de 1989. A rádio 98,3 FM colocou uma chamada convocando pra fazer um teste de locutor. Era uma chamada engraçada esses que a gente vê na TV convocando para as Forças Armadas. Eu fiz e depois de uma semana me chamaram.

Curiosidades a parte, você nasceu aonde e rolava alguma ocupação antes de tentar a carreira?
Nasci em Taubaté e antes de entrar em rádio eu cursava o último período do SENAI-SP. Como passei no teste da rádio tive que abandonar o curso nos últimos três meses. Eu tinha 15 anos e quando falei lá na escola que iria ser locutor da rádio, a galera caía no chão de dar risada. Ninguém acreditou. Como sempre fazia pegadinhas com a turma, pensaram que era mais uma. Só acreditaram quando me ouviram no rádio no intervalo das aulas no pátio da escola.

Já teve alguma pessoa do rádio na família?
Sim, meu pai Stipp Jr. Foi um grande comunicador da Rádio Aparecida ao lado de Cid Moreira, Leite Sobrinho , Reinaldo César - pai do César Filho - e outros grandes nomes da época de ouro do rádio. Época em que trabalhar em rádio tinha status de artista global. Com a TV chegando forte, meu pai foi ser repórter internacional do jornal O Estado de São Paulo e em 1975 fundou o seu próprio jornal chamado Diário de Taubaté. Hoje o principal jornal da cidade.

Grandes exemplos você já tinha em casa, que legal! Gostava de ouvir alguém em especial?
Pois é, já pensou? Ainda gosto de ouvir. Eles que ficaram ricos e não fazem mais horário. (Risos). São vários, mas em especial: Serginho Leite, Tavinho Sesc, Beto Rivera, Marcelo Braga, Alexandre Medeiros, Lui Riveglini, Wagner Rocha, João Luis, Cristovan Newman, Beto Keller, Domenico Gato e por aí vai. Todos diferentes com algo em comum. Muito talento pro rádio.

Então acabaram eles, sendo os seus inspiradores na carreira.
Com certeza. São profissionais diferenciados.

Muito bom, agora Hermann, será que você vai lembrar do primeiro cara que ti deu a primeira oportunidade?
Sim, foi o dono da 98,3 FM de Taubaté, ex-prefeito Waldomiro de Carvalho. Porém, oportunidade de verdade é quem além de apostar em você ti dá condições de crescer profissionalmente. Nesse caso sou eternamente grato ao Ricardo Beringhs da Rede Difusora de Taubaté. Um dos melhores diretores de rádio por esse interior de São Paulo.

Conte um pouco para a gente, a sua trajetória no rádio.
Então, fiz poucas, porém, boas rádios. Sou radialista desde 1989. Iniciei a carreira na 98 FM de Taubaté, em 1992 fui para a Cultura AM da cidade. Em 1993 me transferi para a 99FM onde fiquei até o final de 2000. De 1997 até 1999 apresentei o programa HORA DO BANHO aos sábados pela 99 FM. Primeiro programa de humor produzido e apresentado ao vivo por uma rádio do Vale do Paraíba. Em 2001 me formei em jornalismo pela Unitau – Universidade de Taubaté. Em fevereiro de 2001 fui para a Rádio Record de São Paulo. Trabalhei na Emoção FM da - alguns meses antes dela fechar - e gravava comerciais na Record AM. No final do mesmo ano retornei ao Vale do Paraíba para coordenar a produção e promoção da 99 FM. Em março de 2004 voltei para São Paulo dessa vez pra trabalhar na Mix 106.3.

Pensava em fazer outra coisa quando ainda era criança?
Pensava em ser palhaço de circo. Consegui, só não uso maquiagem nem trabalho em circo. (Risos).

Você tem alguma alegria ou tristeza que sempre se lembra no rádio?
Alegria quando entro para trabalhar todos os dias. Espalhar bom humor faz bem pra alma. A maior tristeza foi ver os estagiários abraçados chorando no estúdio da Record pelo fechamento da rádio. Aquilo sim foi uma Emoção FM.

É verdade! Posso imaginar, mas como pintou o projeto de trabalhar na Mix?
Em 2000 Marcelo Braga já estava na Mix e precisavam de um folguista. Como já havia trabalhado com o Marco Antônio - hoje diretor artístico Rede Mix - ele me deu um toque para eu colar e fazer um teste. Porém quando cheguei para fazer o teste já havia preenchido a vaga . Meu piloto ficou então com a Eliana Chuffi e assim que a Rede Mix foi implantada, novas contratações foram necessárias. Em 2004, fiz a estréia na Mix de São Paulo.

A emissora ainda estava na Paulista ou já tinha ido lá para o bairro do Paraíso?
Sim. Isso mesmo. Na av Paulista 900 prédio da Gazeta! Nós ainda usávamos cds, imagina? (Risos).

Qual foi o seu primeiro programa quando começou numa rádio?
Nunca me esqueço dele (Risos). Era um programa de especiais. Todo dia um artista diferente. Entre meio dia e 1 da tarde na 98FM. O programa de uma hora se chamava: “Aperte o Play o Locutor Sumiu”. Eu na maior vontade de falar e tinha que entrar no ar, anunciar o especial e pular fora! Resumindo, falava apenas na abertura e fechamento do programa e terminava. Todos na rádio se divertiam com a situação. Mas como eu tinha apenas 15 anos estava de bom tamanho.

Trabalhar em emissoras das grandes capitais, você acha que ainda vale a pena?
Não acho que seja de todos, mas uma grande parcela tem esse sonho. Trabalhar na capital não vai te deixar rico, mas vai ti proporcionar um crescimento profissional muito bom. A responsabilidade aumenta e a pressão é maior, porém, você estará cercado de outros bons profissionais e de uma estrutura de trabalho, geralmente mais avançada. Quem tiver a humildade de assimilar essas coisas pode vir que é bem legal! Se você quer crescer como profissional, vale sim. Só por dinheiro, nem tanto.

Então dá um toque importante para os iniciantes na carreira.
Tem um ditado que eu sigo a risca: “Ame o que você faz e não precisará trabalhar um dia se quer de sua vida”. Quando eu fazia a madrugada na Mix eu dormia pensando que às 2 da manhã eu acordaria para ir ao quintal de casa brincar de rádio, ouvir música e falar besteiras com os amigos. Depois de 4 horas “me divertindo” voltaria para casa, descansaria e teria o dia todo livre. O melhor de tudo é que ainda me pagavam no fim do mês! Maravilha não é?

Concordo, fazendo a coisa com amor, ela flui bem melhor mesmo! Gostaria que seus filhos seguissem a carrreira?
Se for o desejo e a vocação deles, darei o maior apoio. Rádio é legal pra caramba. Não curto quem deprecia o meio. Diz que rádio não dá camisa para ninguém. Já vi ótimos locutores que abandonaram a carreira por ouvir essas coisas. É chato.

Hermann, quero ti agradecer pelo bate-papo, pela atenção. Foi muito bom! Ano Novo e tal deixe as suas considerações para os leitores do site.
Também curti muito! Quero agradecer a você Rodrigo, pelo convite, abraços ao pessoal do Triângulo Mineiro. Sempre que posso vou sempre passear aí e aproveitar para mandar um abraço para a galera do TudoRádio. O site que é referência em todo o Brasil. Bom Ano Novo a todos e também aos ouvintes da Rede Mix. Tudo de bom, abraços.

Bate-Bola Rápido

Eu sou: Locutor de rádio.
Mas poderia ser: Locutor de supermercado, praça, shopping, carro de pamonha. São tudo a mesma coisa. Só muda o local de trabalho.
Mix FM: A Ferrari das rádios.
Um microfone: Quando a voz é do Ferreira Martins pode ser qualquer um, no meu caso é o Neumann mesmo.
Um fone: SONY V7
Enter X Cartucheira: O Enter é mais fácil colocar a “culpa” quando da branco na programação, mas a cartucheira dava mais vibração e vida nas rádios. Cartucheira.
O Rádio: Vai se modificar nas próximas décadas como nunca antes, mas sempre vai estar presente na vida das pessoas.
Time do coração: Sociedade Esportiva Palmeiras
Amor: Deus, esposa e filhos.
Música especial: São muitas. Música e cheiro são duas coisas que não se esquecem nunca na vida. É só bater para lembrar!
Um arrependimento: Não tenho.
Uma grande lembrança: Meu primeiro dia na rádio em 1989. Frio na barriga, diarréias e afins...
Uma grande satisfação: Trabalhar com quem trabalhei no passado e com as que trabalho atualmente como Marcelo Braga, Marcos Vicca e todos os locutores da MIX.
Um sonho: Coordenar a Z100 em New York. Já que é sonho vamos viajar! (Risos)
Sou grato a: Todas as pessoas que me ajudam a ser um alguém melhor.
Mais amigos ou colegas: mais irmãos.
Hermann Stipp versus Hermann Stipp: Luta de Sumô com empate técnico.

FONTE :http://tubaraumradioshow.blogspot.com/2009/12/bati-um-papo-com-hermann-stipp-da-rede.html domingo, 27 de dezembro de 2009

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