quinta-feira, 25 de novembro de 2010

AUTOMAÇÃO DE RÁDIOS



Automação de rádios.



A automação de rádios veio para ficar, porém nunca se deve deixa-lo totalmente automatizado sem a interferência de um profissional, seja ele coordenador, programador ou produtor, em se tratando de fazer a programação (escolher as músicas, quantas vezes vai tocar, quando, etc). O caso mais clássico acontece em programas específicos, onde muitas vezes a interferência de um coordenador ou programador musical é quase nula, onde se pode perceber falhas gritantes como por exemplo ouvir uma música de um determinado cantor e três ou quatro músicas depois toca outra do mesmo cantor. Porque acontece isso? Acontece porque não há uma revisão por parte do coordenador ou do programador do horário no set list da rádio. O responsável simplesmente pega determinadas músicas e coloca tudo no programa de automação da emissora, setando essas músicas para tocarem sempre naquele horário. O que se ouve muitas vezes por conta disso: a mesma música tocar vários dias seguidos, ou o mesmo intérprete com duas ou em até três músicas diferentes no mesmo programa, que pode ter por exemplo 2 horas de programação diária e seja de flashback ou de musicas românticas durante a madrugada; salvo quando é um programa especial do próprio intérprete.

Sabemos que a programação normal de uma rádio sempre há repetição da mesma música durante todo o dia, mas não se pode cometer erros desse tipo em programas específicos, o cuidado deveria ser maior e o responsável pela programação pode e deve revisa-lo sempre. Programas específicos dentro da programação de uma rádio visam direcionar um público ouvinte que gosta mais de um determinado estilo e esse público com certeza não quer ouvir repetição de músicas e sim ouvir mais músicas do estilo que o programa se propõe a tocar. Quando há repetição em demasia, o ouvinte com certeza muda de emissora na hora. Eu mesmo várias vezes fiz isso, ouvindo um determinado programa que ja tocou tal música no dia anterior e naquele dia toca de novo, eu não aguento, troco de estação. Vou exemplificar o que se pode fazer em um programa de flasbhack, mas que pode ser estendido a outros estilos:

1) Como foi dito anteriormente, revisar as músicas que vão tocar no programa, isso não custa absolutamente nada! Dá um pouco mais de trabalho, mas garanto que é muito melhor fazer um trabalho bem feito do que deixar tudo automatizado e por a perder ouvintes e anunciantes em potencial no seu programa, por conta da repetição excessiva das músicas.

2) Tal música já tocou no dia anterior ou mesmo durante a semana? Troque-a por outra do mesmo intérprete ou ainda substitua por outra que ainda não tocou na semana.

3) A música já tocou na semana e quer programa-la na semana seguinte? Coloque uma versão diferente, pode ser um remix, uma versão acústica ou uma ao vivo.

4) Faça um mini-especial de um intérprete, um bloco de três músicas por exemplo; se ele tiver muitos sucessos, como o Lulu Santos ou o A-ha. Depois só volte a toca-lo uns 10 dias depois, com uma música que não estava nas três escolhidas, evita-se tocar o óbvio.

5) Um programa de flashbacks tem uma longa lista de músicas que atravessam décadas, não se limite a tocar sempre os de maior sucesso por exemplo, fica tudo no óbvio! Evite! Há músicas que marcaram que não são necessariamente sucessos top, podem e devem ser tocados sempre. Um exemplo? Save a prayer ou a Matter of feeling foram sucessos estrondosos do Duran Duran, mas com certeza muita gente lembra de Too late Marlene ou de Come Undone, podem até não lembrar os nomes das músicas, mas ao ouvirem, lembrarão.

FONTE : http://gabrielpassajou.wordpress.com/2009/04/

Nenhum comentário:

Postar um comentário