sábado, 1 de maio de 2010

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


LOGOTIPO BERNAD GREGOIRE
SEDE DO JORNAL ESTADO DE SÃO PAULO NA MARGINAL DO RIO TIETÊ,ZONA NORTE DE SÃO PAULO
O Estado de S. Paulo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Estado de S. Paulo

Periodicidade diário
Formato standard

Sede São Paulo

Circulação nacional

Fundação 4 de janeiro de 1875 (135 anos)

Fundador Francisco Rangel Pestana e Américo de Campos

Proprietário S.A. O Estado de S. Paulo

Presidente Aurélio de Almeida Prado Cidade

Dire(c)tor Ricardo Gandour

Editor Roberto Gazzi

Se(c)ções Nacional, Internacional, Vida&, Economia&Negócios, Metrópole/Cidades, Esportes, Caderno 2, Aliás, Link, Viagem&Aventura, Feminino, Casa&, Agrícola, Estadinho, TV&Lazer
Website www.estadao.com.br

O Estado de S. Paulo é um jornal brasileiro. Foi fundado, com base nos ideais de um grupo de republicanos, em 4 de janeiro de 1875. Nessa época, o jornal se chamava A Província de São Paulo e foi o pioneiro em venda avulsa no país, fato pelo qual foi ridicularizado pela concorrência (Correio Paulistano, O Ipiranga e Diário de S. Paulo). A venda avulsa foi impulsionada pelo imigrante francês Bernard Gregoire, que saía às ruas montado num cavalo e tocando uma corneta para chamar a atenção do público — e que, décadas depois, viraria o próprio símbolo do jornal — aumentou a tiragem do jornal.
Índice
1 História
o 1.1 Século XX
1.1.1 República Nova
1.1.2 Censura
1.1.3 Anos 80
1.1.4 Anos 90
o 1.2 Atualmente
1.2.1 Campanha Publicitária Sobre Conteúdo da Internet
2 Grupo Estado
3 "Notas e Informações"

História
Quando o jornal surgiu, tinha quatro páginas e uma tiragem de 2.025 exemplares. O termo "Província" foi conservado até 31 de dezembro de 1889, um mês após a queda da Monarquia e instituição da República no Brasil. Embora tivesse apoiado a troca de regime, o jornal se mostrou independente de qualquer Partido Político, recusando-se a servir aos interesses do ascendente Partido Republicano Paulista.
Quando o então redator-chefe Francisco Rangel Pestana se afastou para trabalhar no projeto da Constituição, em Petrópolis, o jovem redator Julio Mesquita assumiu efetivamente a direção do Estado e deu início a uma série de inovações. A agência Havas, então a maior do mundo, foi contratada pelo jornal e deu mais agilidade às notícias internacionais.
Século XX
Ao final do século XIX, o Estado já era o maior jornal de São Paulo, superando em muito o Correio Paulistano. Propriedade exclusiva da família Mesquita a partir de 1902, o Estado apoiou a causa aliada na Primeira Guerra Mundial, sofrendo represália da comunidade alemã na cidade, que retira todos os anúncios do jornal. Mesmo assim, Mesquita mantém a posição de seu diário. Durante a guerra, passa a circular a edição vespertina do jornal, conhecida como "Estadinho", dirigida pelo então jovem Júlio de Mesquita Filho.


Em 1924, o Estado foi impedido de circular pela primeira vez, após a derrota do levante tenentista que sacudiu a cidade. Julio Mesquita, que tentara intermediar um diálogo entre os revoltosos e o governo, foi preso e enviado ao Rio de Janeiro, sendo libertado pouco depois.
Com a morte do velho diretor em 1927, seu filho Júlio de Mesquita Filho assumiu a redação com o irmão Francisco, este à frente da parte financeira do jornal.
Em 1930 o Estado, ligado ao Partido Democrático, apoiou a candidatura de Getúlio Vargas pela Aliança Liberal. Vargas foi derrotado nas eleições, mas assumiu o poder com a Revolução de 1930, saudada pelo jornal como um marco do fim de um sistema oligárquico.
O chamado Grupo do Estado assumiu em 1932 a liderança da revolução constitucionalista e, com sua derrota, boa parte da diretoria foi enviada ao exílio.
Anos depois, com a eclosão do Estado Novo, o jornal manteve a oposição ao regime e, em março de 1940, foi invadido pelo Dops e, numa farsa, armas foram "apreendidas" na redação. O jornal foi inicialmente fechado e logo depois confiscado pela ditadura, sendo administrado pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) até 1945, quando foi devolvido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a seus legítimos proprietários. Os números publicados a partir da intervenção são desconsiderados na história do diário.
Logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, o Estado viu enorme progresso, com o aumento da tiragem e de seu prestígio nacional. Na década de 1950 foi construída uma nova sede, o edifício da rua Major Quedinho, que ainda abrigaria o Hotel Jaraguá. Foi a fase em que a editoria de Internacional, comandada pelo jornalista Giannino Carta e por Ruy Mesquita, passou a ser considerada a mais completa do jornalismo brasileiro.[carece de fontes?] O Estado, desse período até a década de 1970, ostentou em sua primeira página quase que exclusivamente o noticiário internacional.
República Nova
Durante a República Nova (1946-1964) o Estado perfilou-se à União Democrática Nacional de Carlos Lacerda e fez oposição a todos os governos, em especial o de João Goulart. Em 1962, o diretor Júlio de Mesquita Filho chegou a escrever o "Roteiro da Revolução", procurando unir a oposição civil aos militares, o chamado "partido fardado", que desde o início da República costumava intervir na política brasileira. Em 1964, o Estado apoiou o golpe militar e a eleição indireta de Castello Branco. Logo após o Ato Institucional nº 2, que dissolveu os partidos políticos, o jornal rompeu com o regime.
Censura
Em 13 de dezembro de 1968, a edição do Estado foi apreendida em razão da recusa de Mesquita Filho de excluir da seção "Notas e Informações" o editorial "Instituições em Frangalhos", em que denunciava o fim de qualquer aparência de normalidade democrática. A partir de então, o jornal passou a contar com censores da Polícia Federal em sua redação, ao contrário dos outros grandes jornais brasileiros, que aceitaram se auto-censurar.
Com a morte de Mesquita Filho, o Estado passou a ser dirigido, em 1969, por Júlio de Mesquita Neto. Nesse período o jornal ganhou visibilidade mundial ao denunciar a censura prévia com a publicação de trechos de Os Lusíadas, de Luís de Camões, no lugar de matérias proibidas pelos censores. Em 1974, recebeu o Prêmio Pena de Ouro da Liberdade, conferido pela Federação Internacional de Editores de Jornais.
A partir da década de 1970 o jornal endividou-se para a construção de sua nova sede na Marginal Tietê e passou por severa crise financeira, disputando o mercado com o novo padrão de jornalismo representado pela Folha de S. Paulo.
Em 2009 o jornal foi impedido de publicar notícias sobre a Operação Boi Barrica, que investiga Fernando Sarney, suspeito de fazer caixa dois na campanha de Roseana Sarney na disputa pelo governo do Maranhão em 2006. Posteriormente, Fernando Sarney desistiu da ação, mas o jornal não aceitou esse arquivamento, o que faz com que a censura imposta continue em vigor até nova ordem judicial.
Anos 80
Em 1986, o Estado contratou o jornalista Augusto Nunes para assumir o posto de diretor de redação. Ele renovou o noticiário do jornal e empreendeu uma série de reformas gráficas, que redundariam na adoção, em 1991, de cores no jornal e de edições diárias - até então o Estado não circulava às segundas-feiras e dias seguintes a feriados.
Anos 90
Em 1996, Júlio de Mesquita Neto morreu, e o jornal passou a ser dirigido por seu irmão, Ruy Mesquita, até então diretor do Jornal da Tarde, pertencente ao Grupo Estado.
Atualmente
Atualmente, o jornal é o quarto em circulação no Brasil, com uma média diária de 250 mil exemplares em dezembro de 2007, e o primeiro na Grande São Paulo, com média diária de 159,9 mil exemplares.
Campanha Publicitária Sobre Conteúdo da Internet
No ano de 2007 o jornal veiculou uma campanha publicitária executada pela agência Talent, em que se referia aos blogs como "macacos que copiavam e colavam informação". As pessoas que têm o hábito de ler blogs e a Wikipedia sentiram-se agredidas conforme os comentários sobre o assunto nos próprios blogs.
Grupo Estado
Depois de uma fracassada experiência no campo das telecomunicações, o Grupo Estado passou por uma restruturação em 2003, e a maior parte da família Mesquita deixou os cargos de direção. Demissões em massa ocorreram no grupo. Após o saneamento financeiro, o Estado empreendeu uma reformulação gráfica em outubro de 2004, com a criação de novos cadernos e tem recebido sucessivos prêmios de excelência gráfica.
Além do jornal O Estado de S. Paulo, o Grupo Estado publica o Jornal da Tarde (1966) e detém controle sobre a OESP Mídia (1984), empresa que atua no ramo de Publicidade por meio de Classificados. Pertencem ao Grupo Estado as rádios Eldorado AM e FM (1958) e a Agência Estado (1970), maior agência de notícias do Brasil.
"Notas e Informações"


A mais antiga de todas as seções, conhecida como "Notas e Informações", sempre localizada na página 3, manteve a tradicional postura do jornal de unir, em seus editoriais, conservadorismo político e liberalismo econômico, sendo uma das colunas mais emblemáticas de O Estado de S. Paulo, identificado com o pensamento "conservador" ou "neoliberal" no Brasil. Entretanto, desde o golpe militar de 1964, e principalmente após 1968, o jornal vem tomando posições mais liberais também no âmbito social e político, como a defesa em editorial da legalização do aborto no Brasil, as críticas ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e ao presidente francês Nicolas Sarkozy, além de apoiar a candidata e atual presidente de centro-esquerda do Chile, Michelle Bachelet.

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