quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

RADIODIFUSÃO POR SATÉLITE


Radiodifusão por satélite, o que é
Sábado, 2006-05-06

RADIODIFUSÃO POR SATÉLITE



As emissoras internacionais de rádio e as grandes empresas de telecomunicações passaram a utilizar o sistema de comunicação via satélite assim que estes equipamentos entraram em órbita terrestre.
O sistema de transmissões de rádio via satélite consiste basicamente em emitir um sinal comum, gerado pelo sistema convencional de rádio em estúdio para um canal digital que existe nos satélites de comunicação e por sua vez, fazer com que este sinal seja retransmitido ao mesmo tempo para outra região do planeta. Podemos entender então que o satélite não é nada mais do que um espelho que reflecte os sinais para regiões mais distantes dàquela onde foi gerado.
O sistema básico para emissões via satélite consiste numa antena parabólica de tamanho entre 2,5 e 12,5 metros de diâmetro, um sistema que vai automaticamente enviar e receber os sinais do satélite e vice-versa e também um sistema de controle remoto do sinal trabalhado ainda no satélite. Mais à frente vai entender como funciona cada parte deste meio de comunicação e como em conjunto, funciona o sistema.
Todo o processo da transmissão via satélite em si não é muito complicado quando entendemos que o conjunto funciona por partes. Todo o sistema é grande na visão macro da coisa, mas em si, é muito compreensível e até simples demais para o que vem a ser o resultado que produz. Todo o sistema de radiodifusão de sinais de rádio ou televisão consiste em trabalhar muito bem o sinal de áudio ou vídeo gerado num estúdio e fazer com que seja enviado para um satélite que irá então reencaminhá-lo para outros destinos. Para explicar muito bem cada processo, vamos entender cada um dos passos do trabalho para depois sim compreendermos melhor o conjunto todo.

- A geração do sinal

O sinal de áudio ou vídeo é gerado normalmente pelo sistema convencional de transmissão. Parte deste sinal é transmitido directamente para os receptores de rádio ou televisão daquela localidade, e parte é transmitido por meio digital ou analógico para um satélite em órbita terrestre que vai então, transmiti-lo novamente para outras estações terrestres que de posse do sinal, vão retransmiti-lo para as suas regiões. É desta forma que podemos acompanhar transmissões nacionais com notícias geradas numa região, ou receber programas de rádio ou televisão do exterior.

- A conversão do sinal

O sinal de áudio ou vídeo gerado na estação transmissora, normalmente é analógico, pois utiliza um sistema de ondas electromagnéticas para registar determinadas informações e qualificá-las de acordo com o uso. A estação transforma estes sinais analógicos em sinais digitais, que por sua vez são compatíveis com a linguagem de funcionamento dos satélites de comunicação de dados. Por meio de antenas parabólicas próprias para este fim, estes sinais são enviados para um canal de operação que está em uso no satélite em órbita, que por sua vez, serão retransmitidos para outras estações terrestres que utilizarão estes sinais depois.

- Os canais de trabalho do satélite

Os satélites de telecomunicações possuem sistemas muito avançados de recepção e transmissão de sinais. Normalmente estes satélites est ão munidos de conjuntos de recepção e transmissão que utilizam cada qual, uma freqüência de operação padrão para não baralhar os sinais que serão enviados e recebidos. Estas freqüências de operação são chamadas de "canais". Um único satélite pode comportar vários canais de operação, ou seja, transmitir dezenas de sinais que são recebidos ao mesmo tempo, e vice-versa. Muitas vezes ouvimos falar em conexões via satélite que são feitas para incrementar um telejornal ou programa de rádio, estas emissoras utilizam normalmente o termo "link" para definir que este sistema está a ser usado e quando falamos de satélite, é justamente um destes canais que está a ser utilizado para receber e emitir os sinais da emissora ao mesmo tempo.
Pelo tipo de transmissão e recepção, as freqüências utilizadas por estes satélites são altíssimas, na ordem de 1.000.000.000 de hertz! Ou para facilitar, acima de 1,5 GigaHertz, freqüência realmente descomunal para os meios de radiodifusão convencionais.
É muito importante entender que nem todos os satélites utilizam os mesmos padrões de freqüência de operação via satélite. Há satélites que possuem dezenas de canais que por sua vez operam em freqüências distintas e muitas vezes, operando em várias faixas de transmissão diferentes. Encontramos actualmente satélites de telecomunicações que operam desde 150 Mhz (2 metros) até alguns GigaHertz, ou seja, comprimento de onda comparável apenas às microondas.

- O Satélite em si

Os satélites de telecomunicações possuem padrões pré-determinados de funcionamento, antes mesmo do término da sua construção. Todo projecto de montagem de um satélite é minuciosamente estudado, o local de onde será lançado, a sua posição final, o número de canais que vai operar, quantidade de antenas etc. Algumas destas precauções são importantíssimas pois o espaço terrestre de uso público já possui outros aparelhos em funcionamento na sua órbita e possivelmente erros de projecto acontecem.
Por operar no espaço em tempo indefinido, o satélite precisa dispor de mecanismos próprios para resolver os seus problemas diários de operação, ou possíveis falhas no sistema. Numa linguagem mais técnica, dizemos que os satélites possuem basicamente dois ou mais motores que utilizam combustível propelente de alta performance, responsável quando necessário, pela correcção de órbita e posicionamento em relação à Terra.
A sua alimentação eléctrica normalmente é feita por meio de baterias que são recarregáveis através de painéis solares montados na sua estrutura e finalmente os equipamentos de operação, ou seja, os receptores e transmissores dos seus sinais. Estes sistemas de comunicação conhecidos como canais de operação chamam-se transponders.

- Os transponders

O transponder consiste num sistema integrado de receptores e transmissores de sinais de rádio que operam em tempo integral e conjuntamente. Os satélites podem possuir dezenas ou centenas de transponders e cada transponder representa o par de um receptor e um transmissor de rádio. O termo transponder é usado porque normalmente há muitos canais em operação ao mesmo tempo e é necessário determinar-se qual deles se está a utilizar e por sua vez, em que freqüência opera.
Cada transponder possui uma freqüência de operação própria tanto para receber, como para transmitir os seus sinais para as estações terrestres. A expressão para definir esta freqüência está baseada no sentido de que a informação circula. Se o sinal segue da Terra para o satélite, dizemos que esta freqüência é de subida, ou UpLink mas se o sinal desce do satélite para uma estação terrestre, dizemos que ele é DownLink. Como os sistemas de recepção e transmissão são integrados e mesmo que utilizem as mesmas antenas, não significa que todos tenham que utilizar freqüências idênticas. Se um satélite possui 100 transponders, tanto os canais de transmissão e recepção dos seus 100 receptores e 100 transmissores podem operar cada qual numa freqüência diferente.

- O sistema Analógico

O padrão analógico de transmissão de dados consiste na geração de sinais eléctricos baseados nas ondas electromagnéticas que são contínuas. Estes sinais são trabalhados e transmitidos para o satélite e dependendo do caso, retransmitidos novamente para outras estações de retransmissão na terra. Como os sinais analógicos são contínuos, a qualidade de operação é mais exigente, pois na sua falha, o sinal deve ser gerado novamente desde o princípio.

- O sistema digital

O padrão de comunicação digital consiste em pegar nos sinais analógicos , sejam de áudio ou vídeo e partilos em pequenos pedaços representados por um padrão binário, conhecido como zero e um. Cada pedaço deste sinal originalmente analógico vai ser identificado por este padrão digital e passará então a representar apenas aquele novo número binário, ou digital.
Para entender-mos melhor esta idéia, basta imaginarmos a palavra rádio. Se transmitida pelo sistema analógico, a sua modulação seria comprimida numa onda de rádio e transmitida por forma de ondas electromagnéticas pelo espaço, mas pelo sistema digital, um conversor irá separar cada letra da palavra rádio e identificar este pedaço como uma seqüência binária. Depois de transmitido, este sinal é recebido por um outro conversor que faz exactamente o contrário, recebe o sinal fraccionado num conjunto de números e transforma-o em sinais electromagnéticos analógicos.
Este sistema de identificação analógica possui um padrão matemático. Cada conjunto de números 0 e 1 representa uma letra e porque este processo nunca se repete os conversores trabalham. Existem vários sistemas similares e compatíveis entre si para fazer estas conversões. A principal vantagem entre os dois sistemas está no facto de que um sinal analógico quando é perdido, não pode ser reposto, porque é apenas uma onda de rádio, já um sinal digital, quando perdido ou corrompido (com defeito entre os dígitos) pode simplesmente ser repetido em tempo real, o que aumenta muito a dinâmica da transmissão.

- O sistema técnico propriamente dito

O satélite de telecomunicações possui diversas utilizações e para tal precisa de trabalhar com diversos sistemas de transponders. Mesmo que conheçamos todas as "partes" do satélite, é importante conhecermos os padrões de operação, as frequências e o uso delas.
Vamos então para um rápido vocabulário e tabela técnica:

RHC: significa sinal polarizado circular para a direita.

LHC: sinal polarizado e circular para a esquerda.

H : Polarização linear de sinal pelo vértice horizontal.

V: Polarização linear de sinal pelo vértice vertical.

Banda S: Padrão de transmissão com frequência de satélite mais baixa, utilizada normalmente para transmissão de sinais de rádio e telecomunicações via satélite.

Banda C: Banda utilizada para frequências mais altas e que são usadas para transmissão de sinais de televisão em território continental

Banda Ku: Sistema que utiliza uma frequência de operação muito mais alta que as anteriores e oferece melhores resoluções. É o sistema mais interessante para trabalhar com sinais digitais e telecomunicações inter-continentais pelo baixo padrão de ruído e interferência.

Banda Ka: Esta faixa é utilizada normalmente para transmissão de dados em altíssima velocidade, bem como sinais de áudio e às vezes, vídeo, para grandes cadeias de rádio e televisão que por ventura utilizem mais de um satélite para transmissão.
FONTE: MINHARADIO.COM

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