sábado, 13 de novembro de 2010

A SAUDOSA RÁDIO RELÓGIO FEDERAL


A SAUDOSA RÁDIO RELÓGIO FEDERAL

Nas décadas de 70, 80 e 90, quem ligasse o rádio na sintonia de AM 580 Khz, logo ouvia uma curiosa programação. Primeiro um toc toc toc, assim mesmo, um toc toc toc incessante dos segundos ao fundo, e uma transmissão mais ou menos assim: "Você sabia? O primeiro cronômetro marítimo foi construído no ano de 1715 pelo inglês John Harrison. A formiga pode levar 70 vezes o seu peso. A luz do sol demora aproximadamente 8 minutos e meio para chegar à Terra; o prezado ouvinte sabia? Toc toc toc, seis horas, cinqüenta e quatro minutos, zero segundo, pim pim pim toc toc toc." O pim pim pim era mais fino e entrava sempre depois que a hora certa era informada minuto a minuto, 24 horas por dia, pela voz da locutora Íris Lettieri.


Era a ZYJ 465 Rádio Relógio Federal, que marcou época na história do rádio brasileiro. Naqueles tempos, acertar o relógio era sinônimo de sintonizar a Rádio Relógio Federal. Muitas pessoas nem tinham relógio, pois bastava a pilha do rádio estar boa, que a hora era ouvida com um complemento de notas informativas culturais minuto a minuto, sem interrupção.

No meio da década de 80, muitas mães abriam a porta e a janela do quarto das crianças lá pelas 6, 7h da manhã:

— Você vai perder a hora da aula !

O sol matinal então invadia o ambiente e o rádio era ligado na Rádio Relógio. A rotina diária de muita gente começava assim: "Você sabia? O coração da baleia da Groelândia pode pesar até 5 toneladas. A palavra Maricá tem origem no Tupi, e significa capim de espinhos." O Toc toc dos segundos sempre ao fundo. "A pulga consegue pular a uma distância correspondente a 350 vezes o comprimento do seu corpo. É como se um ser humano pulasse a distância de um campo de futebol. Cada minuto que passa, um milagre que não se repete, toc toc toc, seis horas, cinqüenta e cinco minutos, zero segundo pim pim pim toc toc toc... Rádio Relógio Federal; cultura, noticias e a hora certa do Observatório Nacional, 24 horas no ar, minuto a minuto." E assim a programação fluía. No lugar de ponteiros girando, ou números digitais se sucedendo, as vozes, o toc toc toc e o pim pim pim incessantes ecoavam nos 580 Khz do rádio.

Muita gente, principalmente as crianças, achavam que a pobre locutora Íris Lettieri ficava 24h tendo que dizer a hora certa a cada minuto, e que só podia alimentar-se ou ir ao banheiro no intervalo entre cada minuto que informava. E os cochilos? como seriam? Se ela logo "tinha" que voltar correndo para dizer: "Seis horas, cinqüenta e seis minutos, zero segundo pim pim pim toc toc toc...."

Claro que as gravações das 24h reproduzidas minuto a minuto pela Rádio Relógio foram feitas aos poucos, em um antigo equipamento chamado Gerador de Hora Falada, fabricado pela firma alemã Assmann, em 1975.
Dois sites disponibilizam o áudio da Rádio Relógio: http://pcdsh01.on.br/horafalada.htm, onde é possível ouvir a hora certa, e o http://aimore.org/radio/Radio_AM_FM_Gravacoes.html, que disponibiliza algumas vinhetas da antiga emissora.


Alguns comerciais da Rádio Relógio também marcaram época e ficaram famosos: "Material elétrico, alta e baixa tensão, atacado e varejo, R. Pinto, que canta de galo com preço de milho picado; General Caldwell, 173, pertinho da Central. Pneu carecou? HM trocou.


A Rádio Relógio Federal foi fundada em 1956. Passou a pertencer, desde 1966, à denominação evangélica Igreja Pentecostal de Nova Vida, do Bispo Roberto McCallister. À exceção dos domingos, quando transmitia os cultos da Igreja de Nova Vida das 7h da manhã às 23h, a programação diária da Rádio era:


Do minuto zero ao minuto 10: Cinema na relógio
Do minuto 10 ao minuto 15: Agenda relógio
Do minuto 15 ao minuto 20: Relógio Notícias
Do minuto 20 ao minuto 30: Falando de Esportes
Do minuto 30 ao minuto 35: Café Espiritual com o bispo Roberto
Do minuto 35 ao minuto 45: Movimento cultural da relogio
Do minuto 45 ao minuto 50: Relógio Notícias
Do minuto 50 ao minuto 59: Você sabia?


No início da década de 1990, passando por dificuldades financeiras e com baixos índices de audiência, a Rádio Relógio foi vendida para a Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada e liderada pelo pastor missionário R.R. Soares. Chegava ao fim o estilo radiofônico tão singular da saudosa Radio Relógio Federal, que tanto marcou gerações e foi o símbolo de uma época no rádio brasileiro.


COM ESSE BORDÃO,A ZYJ 465 RÁDIO RELÓGIO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO AM 580KHZ TOCAVA CURIOSIDADES DIVERSAS A BELA VOZ E DA BELA LOCUTORA IRIS LETTIERI ( A VOZ DO AEROPORTO INTRNACIONAL DO RJ ) ANUNCIAVA A HORA MINUTO A MINUTO.
IRIS LETTIERI COMO MODELO
IRIS LETTIERI COMO CAPA DA 1º REVISTA COLORIDA BRASILEIRA,O CRUZEIRO, DE ASSIS CHATEAUBRIAND...
E ATUALMENTE NA CASA DOS 60ANOS. A LOCUTORA TEM A SUA VOZ REPRODUZIDA NOS PRINCIPAIS AEROPORTOS DO BRASIL,ORIENTANDO O HORARIO E O LOCAL DE EMBARQUE DOS PASSAGEIROS

FONTE : http://orebate-cassioribeiro.blogspot.com/2008/03/saudosa-rdio-relgio-federal.html

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

RÁDIALISTA PAULO BRANCO


Quem é Paulo Branco

Paulo Branco, cujo nome de batismo é Lauro de Oliveira, nasceu em 16 de Setembro de 1931, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul.

Adotou o pseudônimo de Paulo Branco em homenagem a seu pai (Paulo) e sua mãe (Branco).

Paulo Branco iniciou sua carreira de radialista realizando o primeiro teste na Rádio Cultura de Erechim, no Rio Grande do Sul, após prestar serviço militar, tendo trabalhado em várias emissoras do interior preparando-se para enfrentar mais um teste, desta vez em Porto Alegre. Na capital, atuou nas rádios Gaúcha, Continental, Itaí e Farroupilha.

Em 1964, resolvendo tentar a vida em outras bandas, veio para Curitiba onde chegou às 06 horas da manhã do dia sete de abril e às dezoito horas já estava contratado pela Rádio Independência como redator e noticiarista, mais tarde vindo a ser apresentador.

Paulo Brando também atuou em outras emissoras da capital do Estado, dentre elas Guairacá, Curitibana, Emissora Paranaense, Cidade, Iguaçu e Educativa.

Mais tarde, em 1986, passou a desempenhar funções na Secretaria de Comunicação recém criada no Estado do Paraná, onde permaneceu por mais de vinte anos. Na qualidade de funcionário Estatutário fundou e coordenou por muitos anos o Setor de Radiodifusão, onde formou grandes redes de radio do Interior todo para transmissão de programas dos governadores Álvaro Dias, Roberto Requião e Mario Pereira. Aposentado, ainda trabalhou no mesmo por mais cinco anos no governo de Jaime Lerner.

Agora Paulo Branco faz gravações e narrações para estúdio e mantém o blog "Paulo Branco Radialista"

Paulo Branco (Radialista) - Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Lauro de Oliveira (Paulo Branco), nascido em 16 de setembro de 1931 em Passo Fundo(RS), tem o sobrenome Branco no seu pseudônimo em homenagem a sua mãe, e o Paulo oriundo do seu pai. Entrou para as lides radiofônicas na Rádio Cultura de Erechim(RS), após prestar serviço militar. Foi lá pelos idos de 1952, que iniciou carreira de radialista, sendo noticiarista ou um ledor de noticiários, de grandes jornais falados como se dizia na época, e das edições de hora em hora. Ao passar do tempo, foi também apresentador de programas, redator e repórter. De lá para cá atuou em várias emissorasRio Grande do Sul. Chegou às grandes emissoras de Porto Alegre(RS), integrando equipes das Rádios Continental, Itaí,Farroupilha e Gaúcha, sempre como repórter, locutor e redator de notícias. Em 1964 resolveu tentar a vida em outras bandas e parou em Curitiba(PR), onde chegou às 06 horas da manhã e já pela tarde estava contratado pela Rádio Independência. Várias passagens e histórias aconteceram pelas diversas emissoras por onde atuou, ,como as Rádios Guairacá, Iguaçu, Curitibana, Cultura, Atalaia, Cidade, Colombo, Paraná e Educativa. Passou ainda por Rádios nas regiões oeste e sudoeste do Paraná, além da andança pela Secretaria de Comunicação do Paraná, onde teve o privilégio de prestar serviços para 4 governadores. Na Secretaria de governo, foi contratado CLT e mais tarde, passou a Servidor Estatutário como Agente Profissional-Comunicador Social, permanecendo assim por mais de vinte anos, aposentando como servidor publico. Na década de 70, em funções paralelas ao Rádio, foi Diretor Social do Coritiba Football Club, Presidente do Sindicato dos Radialistas do Paraná, membro da Federação Nacional dos Radialistas e da CONTECOP (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comunicações e Publicidade), onde conheceu e fez grandes amizades. Uma das grandes amizades foi com o Wasyl Stuparik (Basílio Junior), uma das primeiras pessoas com quem fez amizade quando chegou na capital paranaense, na década de 60. Fizeram dupla em programas de Rádios, com o Basílio pintando e bordando na técnica de som, e Paulo Branco dando suas "raquetadas" na apresentação. Iniciaram na Rádio Independência, no programa "Paraná Bom Dia", das 05 às 08 da manhã, primeiro lugar de audiência. Isto, a julgar pelas cartas que receberam, festas para as quais eram convidados, almoços e coqueteis. Antes pela mesma Independência, Paulo Branco apresentava de hora em hora, um grande noticiário conhecido como "Jornal Falado", devido duração e conteúdo maiores, em dupla com Adelson Alves. Também, conheceu os integrantes da famosa Equipe Independência, entre eles, Irineu Silva, Jota Pedro (não confundir com o JP), Camilo Jorge e Ivan Cury, entre outros nomes, todos sob a direção do Jair de Brito. Ainda, os excelentes apresentadores como Wilian Sade, Tonio Luna, Hamilton Correia, Paulo Cesar, Contin Mendes e Gilberto Fontoura. Outro programa que o Paulo Branco destaca sempre, foi o "Manhã Curitibana" da 06 às 08hs, depois vinha o Nhô Jeca até as 10hs, então entrava o Nassar, vozeirão, inteligente, sabia fazer as coisas, tanto que tem gente até hoje tentando imitá-lo. Nesta altura dos acontecimentos, o PB apresentava o seu programa, fazia os comerciais no programa do Nassar e de tarde apresentava notícias de hora em hora na Emissora Paranaense, que era do Nagibe Chede, pioneiro da TV no Paraná. Paulo Branco gostava muito também, da madrugada na Guairacá, com o "A Noite é da Elite". Foi uma grande experiência, porque ao invés de conversar com trabalhadores que acordavam cedo para ir trabalhar, foi fazer programa para notívagos, boêmios, motoristas de táxi, pessoal dos bares e por aí vai. Tinha madrugada, que terminava o programa com o estúdio cheio de visitantes, homens, mulheres, muita comida e bebida. Vez por outra surgia um cantor, cantora, instrumentista que estava fazendo show na cidade, e que Paulo Branco anunciava e entrevistava com toda a pompa. Paulo Branco dizia: -"Fiquei sozinho e tomei conta da madrugada curitibana, modéstia a parte. Boêmio eu, só um pouquinho e depois das quatro da manhã, naturalmente.". Outros grandes sucessos foram os programas "Troca Tudo", e "Grande Maratona da Cidade". Paulo Branco dizia que sempre "colocava o coração no bico da chuteira", como dizia o nosso saudoso e querido Lombardi Junior. Lembra ainda, o "O Paraná canta nas manhãs curitibanas", onde destacava compositores, cantores de músicas populares e outros de "alto coturno", como Bento Mossurunga que compôs o Hino do Paraná, e assim por diante. Criou também, bastante ousado para a época, o programa "Os que fazem Rádio no Paraná", que era peculiar. PB, como também era chamado, recebia convidados de outras emissoras, que eram instados a fazer o que não faziam em seus programas. Ou seja, comentar futebol, ou declamar uma poesia e tudo aquilo que não eram acostumados. Lançou o programa "Achados e Perdidos", muitos anos antes dos correios. Passou a idéia adiante, sendo que o radialista Donato RamosRádio Cidade. Todos tinham até campanha na televisão, e o horário que o Paulo Branco iria comandar era das 17 às 19 horas , com o programa " Cidade Agora". O projeto era não tocar música neste horário, somente entrevistas com políticos, artistasempreendedores, professores, líderes sociais de todos os níveis. Na produção, estavam Cláudia Paciornick e Débora Ianklevitc. Foi um grande exercício profissional, lembra Paulo Branco. Suar a camisa, era o lema que Paulo Branco gostava de levar aos profissionais das equipes que atuou. Não só cumprir horário, ir para casa e a Rádio que se dane. Deveriam estar sempre bolando algo para melhorar a qualidade do programa que apresentavam, e muitas vezes, uma idéia vinha à cabeça. Paulo BrancoÉ como escrever uma poesia, a inspiração simplesmente chega. A dica: anote sempre, porque assim como vem, vai, dá um branco e "cadê que a gente lembra". Se não serve para teu programa, por causa da linha de trabalho que você traçou, passe para um colega. Pode ser que para o programa dele encaixe, e talvez, seja excelente.". do interior do chegou a pôr em prática por algum tempo. A idéia era ter um número de telefone exclusivo, para o programa receber comunicações de achados e perdidos, localizar o interessado e fazer a entrega em seu endereço. Outra grande lembrança, foi quando contratato pela de todas as matizes, citava: -" Paulo Branco segue esse lema até os dias atuais, agora é blogueiro, onde continua fazendo o que sempre gostou: notícias, comentários, reportagens, entrevistas e narrações. Tem auxiliado o meio acadêmico da capital paranaense, participando de debates, entrevistas e trabalhos para conclusão de curso na área de jornalismo. Recentemente, no ano de 2009, deixou para a história do Rádio Paranaense, sua imagem e som para o Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS), onde todo o material é de domínio público e disponível para consultas. Agora, deixa sua marca também no "Memória do Paraná - Entrevistas - Personalidades - Rádio", um projeto de Luiz Renato Ribas do CINEVIDEO1 ( [http://www.cinevideo1.com.br/personalidades.php/ ).

FONTE : http://www.paulobranco.com/p/quem-e-paulo-branco.html

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

LIVRO O Homem que Iluminou o Corcovado

O Homem que Iluminou o Corcovado é a história da vida e da obra do grande cientista italiano, Prêmio Nóbel de Física, Guglielmo Marconi, o inventor do rádio.
Contada por sua segunda esposa, a narrativa flui cálida e emocionada no relato cotidiano da vida do casal, e na palavra daquela que repartiu com Marconi as glórias de uma trajetoria bafejada pelo reconhecimento público mundial.
O episódio que dá título ao livro ocorreu em 12 de outubro de 1931. Nesse mês, Marconi deslumbrou a cidade do Rio de Janeiro e todo o Brasil ao fazer iluminar, de Roma, pelas ondas do rádio, a estátua do Cristo Redentor no Corcovado.
Marconi: O homem que iluminou o Corcovado - Título Original: Mio marito Guglielmo
Escrito por Maria Cristina Marconi - Tradução: Antonio Angonese
Todos os direitos desta edição reservados à
LIVRARIA FRANCISCO ALVES EDITORA S.A.
R: Uruguaiana, 94 - 13o andar - Centro
20050-091 - Rio de Janeiro - RJ
Tel: ( 0XX21 ) 221-3198 Fax: ( 0XX21 ) 242-8215

FONTE : http://www.bn.com.br/radios-antigos/livro.htm

LIVRO HISTÓRIA DA VIDA PRIVADA NO BRASIL

República: da Belle Époque à Era do Rádio
Enquanto o telégrafo nos dava notícias tão graves..., coisas que entram pelos olhos, eu apertei os meus para ver coisas miúdas, coisas que escapam ao maior número, coisas de míopes.
A vantagem dos míopes é enxergar onde as grandes vistas não pegam
Machado de Assis, A Semana, 11/11/1900

Este terceiro volume da HISTÓRIA DA VIDA PRIVADA NO BRASIL procura acompanhar o fluxo intenso de midanças, atingindo todos os níveis da experiência social, que se concentrou de fins do sévulo XIX até cerca de meados do XX....
Nos anos 30 e 40, vividos predominantemente sob a tutela varguista ( 1930-45), a orientação autoritária do governo pretendeu compor doses complementares de repressão e doutrinação a fim de construir sua base social de sustentação política.
Haurindo ensinamentos dos regimes repressivos que se multiplicam na europa nesse período, as autoridades federais procurariam tirar o máximo proveito das técnicas de propaganda e dos meios de comunicação social, muito especialmente do rádio.

HISTÓRIA DA VIDA PRIVADA NO BRASIL / coordenador-geral da coleção: Fernando A. Novais; organizador do volume: Nicolau Sevcenko. - São Paulo: Companhia das Letras, 1998 - Vários autores.

Todos os direitos desta edição reservados à
EDITORA SCHWARCZ LTDA
R: Bandeira Paulista, 702, cj. 72
04532-002 - São Paulo - SP
Tel: ( 0XX11 ) 866-0801 - FAX: ( 0XX11 ) 866-0814
e-mail: coletras@mtecnetsp.com.br

FONTE : http://www.bn.com.br/radios-antigos/livro.htm


LIVRO HISTÓRIAS QUE O RÁDIO NÃO CONTOU

Do Galena ao Digital, desvendando a Radiodifusão no Brasil e no Mundo
Acabaram de ouvir...

Que estará fazendo aqui a frase repetida no fim de cada programa transmitido por nossas antigas radioemissoras?
Sei que este livro versa sobre a importância do rádio no processo das comunicações de massa, seus desbravadores, ídolos e o papel do veículo na sociedade.
Sei tambem, como privilegiado leitor dos originais, que o autor cumpre com aplicação, seriedade e brilho os objetivos definidos, a ponto da obra poder ser utilizada como fonte de consulta por estudantes, professores, pesquisadores e todos que tenham interesse em esclarecer dúvidas ou aprofundar conhecimentos a respeito do sem-fio.
A leitura exerceu verdadeiro fascínio por tratar de personagens e fatos que desde sempre tiveram minha admiração e o mesmo deverá acontecer com você leitor.
Na trilha que sublinha a leitura, a voz de Heron Domingues, no Repórter Esso, Francisco Alves, o Rei da Voz, As Rainhas do Rádio Emilinha Borba, Marlene, Dalva de Oliveira e Ângela Maria. O caboclinho querido, Silvio Caldas, os clássicos da febre Orlando Silva nas décadas de 40 e 50. Cezar de Alencar, Paulo Gracindo e Manuel Barcelos comandando seus programas de auditório. A PRK-30 de Lauro Borges e Castro Barbosa. Abelardo Barbosa no Cassino do Chacrinha, a desenhar com seu bordão "quem não se comunica se trumbica", o perfil do maior comunicador do Brasil. Tantos nomes queridos, tantas e tão gratas recordações complementadas por centenas de ilustrações fotográficas dos autênticos mitos da nossa radiodifusão.
Um escritor famoso costumava dizer que lamentava pelas pessoas que ainda não leramos livros que tanto o haviam encantado.
Histórias que o Rádio não Contou é um livro para ser lido, ouvido e apreciado com os olhos da saudade e as antenas do coração
João Uchoa Borges

REYNALDO C. TAVARES, Jornalista, atuou por muitos anos como radialista.
Foi professor universitário de Radioteleducação.
Implantou o serviço de Utilidade Pública pelo rádio no Estado de São Paulo.

Faz parte integrante do livro, um Brinde Cultural composto de 2 CD's contendo uma série de registros sonoros.

HISTÓRIAS QUE O RÁDIO NÃO CONTOU - 2a edição
Copyright © 1999 por editora HARBRA ltda.
Rua Joaquim Távora, 629 04015-001 - São Paulo - SP
Promoção: ( 0XX11 ) 5084-2482 e 571-1122 - FAX: ( 0XX11 ) 575-6876
Vendas: ( 0XX11 ) 549-2244 e 571-0276 FAX: ( 0XX11 ) 571-9777

FONTE : http://www.bn.com.br/radios-antigos/livro.htm


LIVRO Como Falar no Rádio

Como Falar no Rádio

Esta é uma obra pioneira e importante, especialmente para os profissionais do rádio. Ha muito tempo que o mercado se ressentia de uma publicação desse gênero, um manual sobre a prática da locução. A literatura sobre o assunto é muito escassa. Daí a importância do lançamento deste livro. Seu autor, além de locutor em emissoras de São Paulo, tem muita experiência como professor. Aborda os assuntos numa linguagem clara, leve e direta, transmitindo ao leitor todos os seus conhecimentos como professor da área e profissional de rádio.
Como falar no Rádio é enriquecido com vários comentários de outros profissionais da radiodifusão como César Rosa, Luiz Fernando Maglioca, Paulinho Leite, Brim Filho, Serginho Leite, com prefácio de Osmar Santos e apresentação de Paulo Machado de Carvalho.
Como falar no Rádio traça uma breve história da locução no rádio, fala da primeira transmissão pelo rádio no país, das primeiras emissoras, como eram os locutores no início da era do rádio, dos antigos locutores de auditório....
Publicação única no gênero, constitui-se num verdadeiro manual sobre a prática da locução.

SOBRE O AUTOR

Cyro Cesar Silveira, Bacharel em direito, Radialista formado pelos cursos da Faculdade Anhembi-Morumbi e Senac-Guarulhos, em São Paulo.
Atualmente é locutor da Rádio Record - SP , tendo atuado anteriormente como coordenador artístico e locutor da rádio Imprensa FM - SP, Rádio Mulher - AM, Sistema Contemporâneo de Rádio do Rio de Janeiro AM/FM, Rádio Antena 1 - SP, Scala FM - SP.
Concluiu o curso de extensão universitária na área de Marketing e Propaganda, com estágio operacional nas principais AM's e FM's de São Paulo
Diretor da RADIOFICINA cursos de comunicação e docente da matéria de prática de locução do curso para formação de radialistas do SENAC - Vila Nova - unidade de propaganda e promoção em São Paulo.

Direitos desta edição reservados à IBRASA
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Pedidos de exemplares podem ser feitos na:
Rua Itália Fausto, 07 - T: (011) 6163-1370
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LIVRO Rádio - Inspiração, Transpiração e Emoção

Com regras aplicadas à neurolinguística, exercícios práticos, fotos detalhadas e a grande experiência do autor junto ao microfone, este livro se constitui em importante fonte de consulta para todos aqueles que não só desejam ingressar ou aprimorar-se na carreira de rádio, mas também aos que precisam acrescentar à sua profissão, métodos modernos de comunicação.
Rádio - Inspiração, Transpiração e Emoção é um trabalho inédito e inovador tratando de assuntos relevantes dentro do campo da locução no rádio, motivando o interessado a desenvolver seu potencial.
Mostra todas as transformações por que passou desde o primeiro rádio de galena até os dias de hoje, retratando ao mesmo tempo, a evolução que ocorreu nos estúdios, na locução e na forma de se posicionar no ar.

SOBRE O AUTOR

Cyro Cesar Silveira começou sua experiência com rádio no interior do Rio de Janeiro, na cidade de Rio Bonito. Vindo para São Paulo nos anos 80, vivenciou o surgimento do FM no Brasil, nas primeiras emissoras que implantavam o novo sistema de comunicação com locução e operação.
Atuou como locutor em inúmeras emissoras, tendo passado pelas rádios Imprensa FM, Antena 1, Record AM/FM, Cidade e Manchete FM.
Após concluir o curso de Propaganda e Marketing, identificou-se mais com o veículo rádio, onde passou a desenvolver programas de treinamento para o SENAC, vindo a criar posteriormente a RADIOFICINA.
Atualmente dedica-se a pesquisas dentro da área de treinamento de locução em rádio, tendo desenvolvido o primeiro programa informatizado de avaliação de voz e desempenho do locutor no ar. Já na área de promoções de rádio, foi pioneiro na implantação de estúdios ao vivo em conjunto com emissoras de FM de São Paulo, cujo objetivo era mostrar ao público a magia de ver o que se ouve no ar. Atualmente apresenta e coordena o Programa Rádio Open, projeto que consistiu na montagem do primeiro estúdio de rádio instalado dentro de um Shopping Center em São Paulo, sendo retransmitido pela rádio Manchete FM

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LIVRO Radio: Upgrade - O Help do Locutor

Qual é o segredo dos bons comunicadores?
Por que alguns profissionais tem melhores oportunidades do que outros?
Qual é a diferença que faz a diferença?
A resposta não é novidade para ninguém...
É o conhecimento que difere uma pessoa da outra.

Rádio: Upgrad - O Help do Locutor - É um projeto editorial desenvolvido pela Edições Radioficina, à fim de trazer aos profissionais e aficccionados em rádio, um manual com as novas tendências da qualificação proficional dentro do veículo.

O autor descreve numa linguagem objetiva e acessível os novos conteúdos que estão mudando o cenário da linguagem radiofônica, bem como, o desenvolvimento do veículo com a entrada das novas tecnologias.

Radio: Upgrade - O Help do Locutor - não foi desenvolvido para estabelecer novos parâmetros profissionais, mas sim para mostrar ao leitor, que da mesma forma que um chip e uma placa aumentam a capacidade de uma máquina, a informação e o conhecimento aumentam o potencial do homem.

SOBRE O AUTOR

Cyro Cesar Silveira, Bacharel em direito, Radialista formado pelos cursos da Faculdade Anhembi-Morumbi e Senac-Guarulhos, em São Paulo.
Atualmente é locutor da Rádio Record - SP , tendo atuado anteriormente como coordenador artístico e locutor da rádio Imprensa FM - SP, Rádio Mulher - AM, Sistema Contemporâneo de Rádio do Rio de Janeiro AM/FM, Rádio Antena 1 - SP, Scala FM - SP.
Concluiu o curso de extensão universitária na área de Marketing e Propaganda, com estágio operacional nas principais AM's e FM's de São Paulo
Diretor da RADIOFICINA cursos de comunicação e docente da matéria de prática de locução do curso para formação de radialistas do SENAC - Vila Nova - unidade de propaganda e promoção em São Paulo.

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LIVRO Rádio: o Veículo, a História e a Técnica

Em minutos, a América está em pânico. Pessoas, histéricas, acorrem aos hospitais. Com os nervos à flor da pele, ouvintes ligam para delegacias de polícia. Naves espaciais são avistadas em Buffalo, Chicago, Saint Louis e em diversas outras cidades americanas (....).

Histórica pelos efeitos que causou, a versão de Orson Wells para Guerra dos Mundos transmitida no Mercury Theater on the Air, constitui-se no exemplo mais emblemático da força do rádio.

Rádio: o Veículo, a História e a Técnica,
de Luiz Artur Ferraretto, apresenta um estudo abrangente sobre este que é o mais popular veículo de comunicação brasileiro.
Descreve o funcionamento de uma emissora, conta a história da radiodifusão e detalha as técnicas de redação, edição, reportagem, entrevista, produção, apresentação e locução.
Aborda o texto informativo, interpretativo e opinativo, trazendo ainda, um guia de utilização da Lingua Portuguesa

Tudo explicado em linguagem simples e direta, recorrendo sempre que necessário a exemplos e ilustrações.
Rádio: o Veículo, a História e a Técnica é um livro essencial para estudantes e proficionais da área.

SOBRE O AUTOR

Gaucho de Rio Grande, Luiz Artur Ferraretto é professor do Curso de Jornalismo da Universidade Luterana do Brasil, em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.
Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, começou a trabalhar em rádio quando ainda era estudante.
A primeira experiência veio como estagiário na Rádio da Universidade, emissora educativa mantida pela UFRGS.
Mais tarde, foi reporter da Rádio Gaucha AM e gerente de Radiojornalismo da Rede Bandeirantes/RS.
Somam-se à sua vida proficional, ainda, trabalhos em assessoria, jornalismo gráfico e televisão.
Com a jornalista Elisa Kopplin Ferraretto, escreveu Técnica de Redação Radiofônica e Assessoria de Imprensa: Teoria e Prática, ambos publicados pela Editora Sagra Luzzato. Participou também da coletânia Tendências da Comunicação.

Direitos reservados para a lingua portuguesa:
EditoraSagraLuzzatto
Rua João Alfredo, 448 - Cidade Baixa
90050-230 - Porto Alegre, RS
Ligue grátis: 0800-51-2269
Fone: (0XX51) 227-5222 Fax: (0XX51) 227-4438
Internet: www.sagra-luzzatto.com.br
E-mail: atendimento@sagra-luzzatto.com.br


fonte : http://www.bn.com.br/radios-antigos/livro.htm


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cruzeirenses da Comunicação fazem sucesso no Brasil


BETE RIBEIRO : ESSA CRUZEIRENSE MOSTRA SEU TALENTO DE SEGUNA A SEXTA NAS TARDE DA TV APARECIDA,NO COMANDO DO SABOR E VIDA.BETE TEVE UMA BREVE PASSAGEM PELA RÁDIO MANTIQUEIRA,ONDE ATUO COMO JORNALISTA
REINALDO CESAR JORNALISTA SÉRIO,DEDICADO E BEM RESPEITADO NO MEIO.JÁ TRABALHOU EM DIVERSAS EMISSORAS DE RÁDIO, ATUALMENTE ESTA NA TV CANÇÃO NOVA,ONDE APRESENTA AS NOTICIAS DO JORNAL CN
BRUNO PELLEGRINI: DO HUMOR AO JORNALISMO SÉRIO,ESTE JOVEM PROVOU TER MUITO TALENTO, COMEÇOU NA RÁDIO MANTIQUEIRA FM, APRESENTANDO O EXTINTO HUMORISTICO ZONA 3,DE FOI PATA TV BAND CAMPINAS/SP E AGORA TRABALHA COMO REPÓRTER DA TV VANGUARDA AFILIADA DA REDE GLOBO
REINALDO COSTA: O FUTEBOL E O RÁDIO FIZERAM O NOME DE REINALDO COSTA UMA DAS FIGURAS MAIS CONHECIDAS NO BRASIL NO RÁDIO. TRABALHOU EM DIVERSAS EMISSORAS DO PAÍS.COBRIU E NARROU JOGOS DA COPA DO MUNDO DE 1982.TRALHOU AO LADO DE FAUTO SLIVA( FAUSTÃO ) E DE OSMAR SANTOS. ATUALMENTE TRABALHA NA RÁDIO ELDORADO DE SP E AS VEZES PARTICIPA DE PROGRAMAS ESPORTIVO NO CANAL ESPN BRASIL
CRIS ROSSETTI MÚSICA E ENTRETENIMENTO É O QUE CRIS ROSSETTI LEVA ATÉ VOCÊS A NOITES DE SABADO NO PROGRAMA ROTA MUSICAL DA TV APARECIDA.COM MUITO BOM HUMOR E TALENTO,ESTE JOVEM COMUNICADOR VEM SE DESTACANDO NA TELEVISÃO.COMEÇOU NA RC VALE AM COMO REPÓRTER DEPOIS COMO LOCUTOR NA RÁDIO MANTIQUEIRA FM(CRUZEIRO/SP) 94 FM ( PINDAMONHANGABA).
MICHAEL KELLER TEVE UMA BREVE PASSAGEM PELA RÁDIO MANTIQUEIRA,TRABALHOU COMO REPÓRTER DO PROGRAMA MAIS VOCÊ,APRESENTADO PELA ANA MARIA BRAGA,ATUALMEMTE TRABALHA COMO REPÓRTER DO PROGRAMA DOMINGO ESPETACULAR NA REDE RECORD
MARCIO CAMPOS DSDE AO CINCO ANOS MOROU EM CRUZEIRO,TRABALHOU COMO REPÓRTER NAS RÁDIOS:RC VALE,CULTURA,CACIQUE E DIFUSORA.JÁ TRABALHOU NO SBT,BAND VALE,RECORD E ATUALMENTE COMO REPÓRTER DO BRASIL URGENTE,ANCORADO PELO JOSÉ LUIZ DATENA
NETINHO NASCIDO EM CRUZEIRO, ESTE JOVEM CANTOR E COMPOSITOR ACABOU DE ENTRAR PARA COMUNICAÇÃO.HOJE TRABALHA NO CANAL SÉCULO 21 ONDE ELE APRESENTA COM SEUS AMIGOS O PROGRAMA POINT 21,UMA ATRAÇÃO QUE ENVOLVE MUSICA,ENTREVISTAS E MOMENTOS DE FÉ
FONTE :http://www.informavale.com/index/paginas_ler/noticias/cat-11/id-1021/cruzeirenses_da_comunicacao_fazem_sucesso_no_brasil CRUZEIRO É UMA CIDADE QUE SEMPRE REVELOU NOVOS TALENTOS DA COMUNICAÇÃO,MAS POUCA GENTE CONHECE OU SABE POR ONDE ANDA NOSSOS COMUNICADORES.PENSANDO NISSO O INFORMAVALE,LEVANTOU UMA PESQUISA E VOCÊ CONFERE ALGUNS NOMES QUE FAZEM SUCESSO LÁ FORA

Além das ondas




Além das ondas

Três da tarde, Água Branca, São Paulo. A quarta-feira é ensolarada, e os corredores do prédio onde funciona a Fundação Padre Anchieta parecem alheios à movimentação do estúdio onde funciona a rádio Cultura Brasil.
Teca Lima, a apresentadora, se divide entre o microfone e a tela do computador, que usa para bater papo, ao vivo, com os ouvintes. Alceu Maynard, o produtor, coordena a chegada da entrevistada, a cantora Luísa Maita, ao estúdio. Ela será entrevistada ao vivo pelos dois e pelas centenas de pessoas que acompanham a transmissão em áudio e vídeo pela web.

Todo o conteúdo será gravado e disponibilizado livremente na rede. A cena reflete uma realidade: a era em que um fala para todos, está acabando. Agora todos falam com todos. E a rádio Cultura Brasil acaba de completar um ano tentando incorporar o aspecto colaborativo a um universo que é essencialmente de comunicação em massa.

Público. Derivada da rádio Cultura AM, que iniciou suas transmissões em plena Era de Ouro da rádio, em 1936, a Cultura Brasil é um projeto da Fundação Padre Anchieta que quer adaptar a rádio à era digital. A programação não é mais linear: o público opina e escolhe o que vai entrar, e grande parte do conteúdo produzido ao vivo fica disponível para ouvir depois sob demanda.

A mudança começou com o RadarCultura, um programa que surgiu há três anos, na então rádio Cultura AM, cujo propósito era deixar a programação nas mãos do público. Tudo. As pessoas faziam o papel dos programadores: escolhiam as playlists e disputavam por um espaço na grade. As sequencias mais votadas iam ao ar. O programa – aberto, horizontal, colaborativo – acabou virando modelo para todo o resto da programação.

O RadarCultura vai ao ar todos os dias, às 15h. São três horas de programação decididas na base do voto. Uma câmera no estúdio transmite em streaming a gravação do programa. E o público, acostumado à única interação possível com a rádio até poucos anos atrás – o telefone – abusa dos novos canais de comunicação. O programa tem um público fiel, uma comunidade que se encontra todos os dias, no mesmo horário, mesmo local, para ouvir música brasileira (o foco da rádio desde 1986) e conversar entre si e com a apresentadora.

Big Brother. Teca Lima já passou por várias rádios e está no comando do RadarCultura desde o início. Ela cantarola quase todas as músicas escolhidas pelos ouvintes e tira de letra a interação com o público pelo chat que acontece ao vivo, mas titubeia com a câmera. “Eu me sinto como se estivesse num Big Brother aqui”, brinca. “Poxa, foi justamente para não aparecer que eu escolhi fazer rádio”.
No bate-papo, um ouvinte que acompanhava o streaming não perdoou quando ela tomou um comprimido. “O que você tem?”, peguntou no chat. Era só uma dorzinha de cabeça, mas nada passa despercebido com tanta proximidade.

Enquanto músicas brasileiras tocam ao fundo, o público se encontra no chat para comentar o som, discutir política, falar amenidades. Teca faz parte deles. Ela os conhece e eles a conhecem. Alceu conta que duas ouvintes ficaram amigas pelo chat. Amigas mesmo, de carne e osso. “Elas até foram fazer um cruzeiro juntas”, conta.

Fetiche. “Historicamente, as rádios sempre tiveram um diferencial: o fato da pessoa se sentir íntima. O RadarCultura nada mais é do que uma rádio 100% nesse esquema”, diz Maynard.
Enquanto todos conversam, tocam as músicas mais votadas. O público as escolhe entre as 17 mil da programação da rádio e também pode sugerir novos artistas. Alceu diz que o sistema “movimentou e trouxe coisas novas” ao acervo da rádio.

Mas em tempos de internet, será que alguém ainda fica ansioso esperando que sua música favorita toque na rádio? Ele garante que o fetiche da rádio continua. “Normalmente o cara dá uma ideia e depois fica acompanhando a votação do público.”

São quase quatro da tarde e Maynard confere se está tudo certo para receber a cantora Luisa Maita. Ele chama o público pelo Twitter e pelo chat – começam a chegar as perguntas. Participam 3,5 mil pessoas por dia.

Luisa chega vestindo uma roupa casual, cabelo solto, sem maquiagem. A equipe avisa: tem uma câmera no estúdio, você está ao vivo na internet.

Luísa, cantora e compositora que acabou de lançar seu primeiro disco solo, Lero-lero, brinca: “Ih, não vim preparada!”.

A entrevista é intercalada pelas músicas votadas e pelos sons de Luísa, como “Alento”. Alceu e Teca se intercalam buscando as perguntas entre o público. A entrevista de Luisa, e suas músicas, ficarão disponíveis online após a transmissão.

O sistema de rádio sob demanda já é usado por muitas emissoras pelo mundo. Os programas viram podcasts que podem ser baixados. Estão disponíveis para download também mais de 100 versões exclusivas gravadas naqueles estúdios. “A rádio normalmente não tem esse comprometimento, o conteúdo se perde. A gente já está no AM, que tem pouco alcance, então havia uma certa frustração”, diz Alceu.

O programa acaba às 18h. O conteúdo fica disponível no portal Cultura Brasil, que também acabou de completar um ano. Uma ferramenta chamada Controle Remoto ajuda o público a navegar entre o streaming e o conteúdo gravado. A rádio ainda pode ser ouvida na grande São Paulo, AM 1200 khz, mas ganhou uma extensão maior. O conteúdo deixa de ser linear e efêmero e passa a ser customizado, gravado, sob demanda. É esse o caminho da rádio? Eles estão tateando, mas já conseguiram ir além das ondas AM. FONTE: http://blogs.estadao.com.br/link/alem-das-ondas/ 31 de outubro de 2010| Por Tatiana de Mello Dias