quarta-feira, 6 de março de 2013

“Há um longo caminho pela frente”, diz Daniela Pinheiro sobre espaço das mulheres na mídia


Ela é responsável por alguns dos perfis mais lidos e comentados da revista Piauí, como, por exemplo, do pastor Silas Malafaia e do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Ao longo dos seis anos de casa, a jornalista Daniela Pinheiro assina também reportagens com nomes da política nacional, como José Dirceu, Marina Silva e Delúbio Soares.


Crédito:Divulgação
Daniela Pinheiro ganhou o Troféu Mulher IMPRENSA pela terceira vez
Ela que tem no currículo passagens pela Folha de S.Paulo, além de dez anos de Veja, venceu pela terceira vez o Trofeu Mulher IMPRENSA na categoria repórter de revista e se diz honrada com o reconhecimento. "A gente fica achando que fez uma matéria, ela foi publicada e depois ninguém se lembra. Então, quando vem o reconhecimento pelo trabalho passado, é muito gratificante”.
Apesar do notável avanço do papel da mulher na comunicação, Daniela diz que há ainda muito a mudar. “Ainda não há mulheres chefiando as principais redações de jornais e revistas do país. Isso é um indicador de que há um longo caminho pela frente”.
A seguir, em entrevista exclusiva à IMPRENSA, a repórter fala sobre os principais destaques de sua carreira em 2012 e revela seus planos de lançar seu primeiro livro, pela editora Intrínseca.
IMPRENSA: Como você vê o espaço e o papel da mulher na imprensa brasileira?  A mulher ainda sofre preconceito, principalmente no tipo de cobertura que você faz?
Daniela Pinheiro:
 Eu não me sinto desrespeitada em relação a isso, mas ainda não há mulheres chefiando as principais redações de jornais e revistas do país. Isso é um indicador de que há um longo caminho pela frente.

Esta já é a terceira vez que ganha o prêmio. Ainda é uma surpresa para você?
Muita surpresa. Quando recebo o e-mail dizendo que sou uma das finalistas, é como se fosse a primeira vez. A gente fica achando que fez uma matéria, ela foi publicada e depois ninguém se lembra. Então, quando vem o reconhecimento pelo trabalho passado, é muito gratificante.
Quais as principais diferenças entre trabalhar em jornal e revista? O que gosta mais?
Trabalho em revista há 16 anos, então, a minha experiência com jornal é bem menor. Eu gosto muito de revista. Acho que podemos fazer um texto mais elaborado, apurar com mais rigor, trabalhar em cima da notícia por causa do tempo e do espaço que temos disponíveis.

Quais matérias suas foram os destaques de 2012? Por quê?
No ano passado, fiquei muito focada no julgamento do mensalão e consegui fazer duas boas pautas: um perfil do Delúbio Soares, no qual o acompanhei em palestras que ele fazia pelo Brasil para mostrar sua defesa, e outra extensa sobre o chamado "mensalão mineiro", como é conhecido o processo contra o ex-governador Eduardo Azeredo, do PSDB, que deve entrar na pauta do STF nos próximos meses. O caso estava esquecido e tinha muitas similaridades com o caso do PT. Na época das eleições, fiz o perfil do Paulo Souza, o Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, um personagem dos bastidores que fazia a cúpula tucana de São Paulo tremer é simples menção de seu nome. 

Quais são os planos profissionais para 2013? Pode adiantar algum projeto?
Começo o ano fazendo uma matéria sobre moda, o que não costuma ser o assunto de minha maior atenção, mas pelo qual tenho interesse. Devo publicar o texto na edição de abril. Também tenho um projeto de um livro com a editora Intrínseca, mas, infelizmente, ainda não posso adiantar do que se trata.


Fonte: http://portalimprensa.uol.com.br/noticias/ultimas_noticias/57070/ha+um+longo+caminho+pela+frente+diz+daniela+pinheiro+sobre+espaco+das+mulheres+na+midia

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