A Rede Minas de Televisão enfrenta sua maior crise e vive sob a ameaça de ter que diminuir seu quadro de funcionários. O futuro dos 28 programas locais que estão no ar, que ocupam quatro horas e meia diárias de atrações inéditas na grade da emissora, também é incerto.
“Não sei, hoje, dizer como manteremos a programação”, diz Hugo Teixeira, diretor-executivo da emissora. Segundo o jornal O Estado de Minas, desde 2004, a emissora enfrenta problemas financeiros após receber uma multa de R$ 4 milhões do Ministério Público do Trabalho por não realizar concursos públicos.
Cerca de 50 profissionais não concursados das áreas de jornalismo, produção, programação e administração foram demitidos no mês passado. Mais cortes no quadro de 400 funcionários pessoais da emissora estão previstos para os próximos meses.
“Está muito difícil trabalhar lá, porque as pessoas estão tendo que se desdobrar para colocar a emissora no ar. A TV Minas é engraçada: as pessoas se apaixonam. Não há outro lugar aqui para fazer uma televisão criativa”, afirma Mariana Tavares, ex-apresentadora do canal. “Fui editora, repórter, roteirista de documentário, apresentadora e surpreendida com a demissão. Não entendi minha saída. Achei que merecia ao menos uma conversa, pela minha trajetória. Não gravei nem uma despedida. Faltou respeito, sim”, acrescenta a jornalista.
Para Eneida da Costa, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, o principal problema da emissora é a má gestão. “A Rede Minas surgiu com a esperança de que o estado pudesse ter produções locais. Sempre exportamos. Atualmente estava cumprindo o seu papel. Com a grande confusão que sucessivos governos fizeram, ela foi terceirizada. Assim a sucatearam. Passei lá no ano 2000 e a redação nem sequer tinha computador”, diz Eneida.
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