Doutora em webrádio, Nair Prata acredita na "radiomorfose", já que o veículo está sempre em transformação; para especialista, o veículo deve estar de olho, hoje, no público jovem, e lembrou que o rádio tem agora: som, imagem e texto.
As rádios online, ou webrádios, foram o tema da pesquisa de doutorado da professora da Universidade Federal de Ouro Preto, Nair Prata. A especialista lembra que a internet criou uma nova forma de comunicação e o rádio, é claro, também sofreu o impacto.
Nair Prata ressalta que a partir da digitalização, as emissoras começaram a produzir um novo modelo de rádio. Uma mudança recente, que revolucionou esse meio de comunicação.
Além do Som
Nesta entrevista à Rádio ONU, de Mariana, ela destaca que se antes o rádio era apenas o som, hoje as webrádios transmitem informação com áudios, fotos, textos e até vídeos.
"É a 'radiomorfose'. Nós temos então um rádio em profunda metamorfose. Como aconteceu na virada na década de 50 para 60, o rádio se reinventou e buscou um novo caminho. Nós temos hoje, na internet, um rádio que não é apenas sonoro, mas é apoiado num tripé: ele é sonoro, imagético e textual. Isso era impensável há 20 anos. Um rádio que tivesse uma interação face a face, como o comunicador pode ter com o público."
Nair Prata ressalta que a internet e as mídias sociais mudaram totalmente a maneira como os ouvintes se comunicam com as emissoras. A pesquisadora acredita que as rádios online ainda estão buscando o seu caminho.
Interação
"Antes o ouvinte mandava carta para a rádio, depois era por telefone, depois pelo email, hoje é pelo Twitter, pelo Facebook, as formas de comunicação estão muito ágeis. O público do rádio hoje é mais ativo, mais criativo, mais participante. E nós temos esse novo modelo se desenhando. Mas é um modelo novo, nós ainda estamos no olho do furacão. Isso é muito recente, a webrádio é muito recente, a gente não sabe ao final, como se vai dar esse desenho da webrádio."
Para Nair Prata, este "novo momento" do rádio precisa ser visto com preocupação e otimismo e levar em consideração um novo tipo de público: o digital.
A especialista acredita que as emissoras devem estar atentas aos jovens e produzir informação voltada ao interesse deles.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
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