segunda-feira, 16 de novembro de 2009

HISTÓRIA DA RÁDIO NACIONAL




História da Rádio Nacional
Estréia

Era 12 de setembro de 1936. Os relógios marcavam exatamente 21h. Ao fundo tocava a música “Luar do Sertão” quando, de repente, grita o locutor: “Alô, alô Brasil! Aqui fala a Rádio Nacional do Rio de Janeiro”! Assim, surgia a emissora PRE-8, a partir da compra da Rádio Philips que teria se dado por 50 contos de Réis.
Com a regência do maestro Henrique Spedini, o programa inaugural teve a participação da Orquestra do Teatro Municipal.
A segunda parte do programa já trazia uma novidade, a Orquestra de Concertos da Rádio Nacional. Na regência, o maestro Romeu Ghipsman e Radamés Gnattali ao piano. Também estavam presentes Bidu Sayão, Maria Giuseppe Danise, Bruno Landi e Aurélio Marcatu, além dos pianistas Mario Azevedo e Dyla Josetti.
A emissora se torna líder de audiência desde a sua fundação. Mantém-se no topo até o surgimento da TV, que traz novos caminhos para a comunicação.
Foi nos anos 1940 e 1950 a principal emissora do país e verdadeiro símbolo da chamada "Era do Rádio". Em 1937, foi inaugurado o "Teatro em Casa" para a irradiação de peças completas, semanalmente. Sua programação ao vivo passou depois a ser retransmitida para todo o país, o que a tornou uma pioneira na integração cultural do país. Seus programas de auditório, radionovelas, programas humorísticos e musicais marcaram a História do Rádio no Brasil. Foi líder de audiência praticamente desde a fundação até que o aparecimento da TV ditasse novos rumos para a comunicação no país. Seus programas eram transmitidos diretamente dos muitos estúdios específicos, inclusive do auditório da Rádio, todos localizados nos três últimos andares do edifício "A Noite", Praça Mauá, 7, Rio de Janeiro.

O desenvolvimento da música popular brasileira.

Se seus programas de humor, suas radionovelas, seus programas noticiários e os esportivos viraram modelo para muitas outras Rádios do país, foi fundamental também para o desenvolvimento da música popular brasileira. Os primeiro nomes de cantores a formar seu casting foram Sonia Carvalho, Elisinha Coelho, Silvinha Melo, Orlando Silva, Nuno Roland, Aracy de Almeida e Marília Batista. Segundo depoimento do radialista e compositor Haroldo Barbosa ao pesquisador Luis Carlos Saroldi, "Nos primeiros anos, a Rádio Nacional apresentava uma estrutura muito simples: uma seção artística e uma seção administrativa, nada mais que isso. A emissora contava com menos de 30 pessoas para cantar, executar músicas, contabilizar e realizar outras tarefas menores".
Pode-se observar que a música popular brasileira foi uma antes e outra depois da Nacional, que se transformou numa verdadeira criadora de ídolos através da realização de concursos como "A Rainha do Rádio", que consagrou diversas cantoras, como Emilinha Borba, Marlene, Dalva de Oliveira e Ângela Maria. Um dos cantores que ficou marcado como símbolo dessa era foi Cauby Peixoto, que enchia o auditória da Rádio em suas apresentações.
Em 1936, Linda Batista foi eleita a primeira "Rainha do Rádio", permanecendo no posto por doze anos. Em 1938, Almirante estreou o primeiro programa de montagem, ou montado, que foi "Curiosidades musicais", sob o patrocínio dos produtos Eucalol. O mesmo artista lançou no mesmo ano o primeiro programa de brincadeiras de auditório, o "Caixa de perguntas". Outro programa de destaque na emissora surgido no mesmo período foi "Instantâneos sonoros brasileiros", produzido por José Mauro com direção musical de Radamés Gnattali, regente da orquestra. Em 1939, Lamartine Babo passou a apresentar o programa "Vida pitoresca e musical dos compositores".

As rádionovelas

As primeiras novelas brasileiras são feitas no rádio. As radionovelas ditam modas e tendências e passam a ser o passatempo predileto das noites de muitos brasileiros.
Três meses depois da inauguração da Rádio Nacional, em 1936, são incluídos trechos de radioteatro entre os números musicais. Em 1937, é inaugurado o “Teatro em Casa”. Somente em 1941, vai ao ar a primeira radionovela, “Em busca da Felicidade”, que dura três anos.
Todas as manhãs, para captar os ouvintes, brindes teriam sido oferecidos a quem enviasse um rótulo do creme dental Colgate. Já no primeiro mês, 48 mil ouvintes teriam enviado os rótulos. A história é contada ainda hoje e marca o uso de estratégias de marketing, não só no rádio, mas no país.
A segunda rádionovela a ir ao ar pela Nacional é “O Direito de Nascer”, posteriormente adaptada à televisão. Com texto do escritor cubano, Félix Caignet, o romance muda horários e compromissos dos brasileiros, que não queriam perder nem um capítulo e se torna um dos maiores sucessos de todos os tempos.
Era o início dessa mania brasileira, eternizada pelas TVs. A televisão aprende com o rádio como fazer novelas. A versão da TV Tupi de “O Direito de Nascer”, que vai ao ar em 1965, teria alcançado 73% de índice de audiência no Rio de Janeiro.
Outro destaque inesquecível da programação da Rádio Nacional são os seriados "Gerônimo, o herói do sertão" e "O Sombra". Por meio dos efeitos da sonoplastia, o público era conduzido às mais diversas sensações.
Pela Rádio Nacional passam atores como Walter D`Ávila, Mário Lago, Oduvaldo Viana, Paulo Gracindo e Henriqueta Brieba. O escritor, compositor e ator Mário Lago é um dos maiores responsáveis pelas adaptações feitas na Nacional.
Ainda hoje se pode ver a influência do rádio na cultura brasileira. As novelas continuam sendo as preferidas da audiência e, cada vez mais, fazem parte da programação de diferentes canais. Além disso, todos os domingos, é travada a briga pela preferência do público, entre os apresentadores Silvio Santos e Fausto Silva, ambos ex-radialistas.
Até meados da década de 1950, o Rádio-Teatro Nacional irradiou 861 novelas, as mais ouvidas do rádio brasileiro, segundo as mais seguras pesquisas de audiência.

"Em busca da felicidade" – a primeira rádionovela

O dia 5 de junho de 1941 ficou na história do rádio brasileiro como a data mais importante do rádio-teatro. Exatamente às dez e meia da manhã, Aurélio Andrade anunciou ao microfone da Rádio Nacional do Rio de Janeiro:
"Senhoras e Senhores, o famoso Creme Dental Colgate apresenta... o primeiro capítulo da empolgante novela de Leandro Blanco, em adaptação de Gilberto Martins... EM BUSCA DA FELICIDADE". Um vento de emoção varreu o país de norte a sul. Era a primeira autêntica história seriada radiofônica, que haveria de durar 2 anos e que marcaria uma época, assinalando novos rumos, abrindo novos horizontes, expandindo negócios e as oportunidades artísticas brasileiras e que perduram até hoje nas novelas televisadas.
Alguns artistas dessa rádio-novelao fizeram carreira na TV e no cinema, como Rodolfo Mayer e Brandão Filho.

A Rádio Nacional na década de 30.

Surge a então “Voz do Brasil”

A Voz começou a ser veiculada no dia 22 de julho de 1935, no governo Getúlio Vargas. Sua primeira edição foi apresentada pelo locutor carioca Luiz Jatobá.
Naquele período, chamava-se Programa Nacional. De 1934 a 1962, era levado ao ar com o nome de Hora do Brasil. A transmissão obrigatória do programa por todas as emissoras de rádio do país, em rede nacional, iniciou-se após 1938.
Nos primeiros 25 anos, apenas os atos do Poder Executivo eram divulgados. Este perfil editorial mudou em 1962, quando o Congresso Nacional passou a integrar o noticiário.
A partir daquele ano, o Senado e a Câmara dividiram a segunda meia hora do programa. Também em 1962 ocorre a mudança de nome, com o programa passando a chamar Voz do Brasil.
Na década de 30, a geração do programa era responsabilidade do Serviço de Publicidade da Imprensa Nacional. No fim de 1939, passou a ser gerado pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP).
Em 1945, a geração ficou a cargo da Agência Nacional, órgão do Departamento Nacional de Informações, que substituiu o DIP. Em 1962, o noticiário oficial ficou sob responsabilidade da Empresa Brasileira de Notícias (EBN), que foi substituída em 1988 pela Radiobrás. Atualmente, a Voz do Brasil é regulamentada pelo Código Brasileiro de Telecomunicações.
Atualmente, os primeiros 25 minutos da Voz do Brasil são produzidos pela Radiobrás - Empresa Brasileira de Comunicação, e gerados ao vivo, via Embratel, para todo o Brasil.
Em 1995, a Voz do Brasil entrou para o Guiness Book (livro de registro dos maiores feitos de pessoas e entidades no mundo inteiro) como o programa de rádio mais antigo do Brasil. O noticiário também é o mais antigo programa de rádio do Hemisfério Sul.

Voz do Brasil para a população distante

A Voz do Brasil faz parte da história de radiodifusão brasileira. Além de ser o programa mais antigo do rádio, a Voz do Brasil também é muito ouvida. Pesquisa do Instituto DataFolha, feita em dezembro de 1995, informa que 88% dos brasileiros com idade acima de 16 anos conhecem A Voz do Brasil. Mais da metade deles aprovam que o programa seja obrigatório. A mesma pesquisa mostra que nas regiões Nordeste e Centro-Oeste a audiência é maior. Dois terços dos entrevistados dessas regiões que conhecem A Voz do Brasil ouvem o programa regularmente, "índice de dar água na boca até em novelas transmitidas pela televisão", segundo a jornalista Ana Bela Paiva, em matéria publicada no Jornal Brasil.
O Brasil vai muito além dos grandes centros urbanos. Os brasileiros que moram longe das metrópoles contam, muitas vezes, com apenas um rádio para obter informações sobre o que acontece no país. Nesses locais, os grandes jornais chegam com atraso de até dois dias. As rádios instaladas nas grandes cidades não têm interesse nem transmissores capazes de levar informações para esse grupo de pessoas que moram em locais distantes. O programa A Voz do Brasil ocupa esse espaço.

Fatos curiosos

A produção do programa A Voz do Brasil reúne fatos curiosos ao longo dessas décadas. Um deles, foi a transferência da produção do programa, do Rio de Janeiro para Brasília (1961).
Dizem que essa mudança de local não foi só porque a governo estava na nova capital federal, mas também por causa dos "bilhetes" de Jânio Quadros, presidente na época.
Jânio costumava enviar notas e recados de última hora para serem lidos, mesmo com o programa no ar. Às vezes, a VOZ DO BRASIL ultrapassava o tempo normal para levar ao ar os "recados" de última hora do presidente Jânio Quadros.

As mudanças

A VOZ DO BRASIL já foi reformulada diversas vezes. Durante o Governo Militar, ficou determinado que deveriam ser retiradas do noticiário palavras e expressões que representassem algum tipo de ameaça ideológica ao regime. O verbo "denunciar", por exemplo, teve seu uso proibido.
Ao fim do regime Militar e a instalação da Nova República, a VOZ DO BRASIL começa a sofrer os primeiros sinais de desgaste. A queda de audiência e popularidade comprova o fato. A justificativa é que a nação estava empenhada pelos ideais de democracia, contestando todos os resquícios de autoritarismo.
A VOZ DO BRASIL passou, então, a ser lembrada como a marca viva dos governos autoritários a que o país esteve submetido. O texto formal, o estilo de locução e a técnica do programa já não agradavam mais. É quando, em 1998, a direção da Radiobrás promove uma reformulação do noticiário.
Embora preservando a oficialidade, a VOZ DO BRASIL tornou-se um radiojornal de qualidade compatível aos grandes noticiários de emissoras comerciais brasileiras. Primeiramente, modificou o texto, tornando-o mais leve desde a saudação de abertura: "Em Brasília, 19 horas", agora de importância secundária, cede lugar ao Boa Noite.
A cobertura dos fatos políticos no programa é ampliada. No aspecto técnico, o programa passou a usar trilhas sonoras, e vinhetas curtas.
A Voz do Brasil também ganhou uma locutora em 1998, desfazendo o padrão de quase 50 anos, quando só as vozes masculinas liam o jornal.

Formato do programa A voz do Brasil

• 19:00- 19:25: notícias do Poder Executivo
• 19:25- 19:30: notícias do Judiciário
• 19:30- 19:40: notícias do Senado
• 19:40- 20:00: notícias da Câmara
Toda quarta-feira é apresentado o "minuto TCU".

A Rádio Nacional na década de 40.

Em 1940, a Rádio Nacional passou a fazer parte do Patrimônio Nacional, a partir de decreto assinado pelo presidente Getúlio Vargas, sendo então, dirigida por Gilberto de Andrade, que tratou de dar uma nova cara à programação da Rádio, no que muito foi auxiliado pelo radialista José Mauro, irmão do cineasta Humberto Mauro. No ano seguinte, passou a ser apresentado o noticioso "Reporter Esso", marco do jornalismo radiofônico e que passaria a ter como apresentador três anos depois o locutor Heron Domingues. O prefixo do "Reporter Esso" foi escrito pelo maestro Carioca e executado por Luciano Perrone na bateria, Carioca no trombone e Francisco Sergio e Marino Pissiani nos pistons.
A Rádio Nacional foi a primeira emissora do Brasil a organizar uma redação própria para noticiários, com a rotina de um grande jornal diário impresso. A emissora da Praça Mauá possuía construiu uma divisão de rádio-jornalismo com mais de uma dezena de redatores, secretários de redação, rádio- repórteres, informantes e outros auxiliares, além de uma sessão de divulgação e uma sessão de esportes completa, e um boletim de notícias em idioma estrangeiro, que cobria todo o continente.
Em 18 de abril de 1942, foram inaugurados os novos estúdios da Rádio Nacional, no viségimo primeiro andar do edifício "A Noite". Com 486 lugares, as novas instalações traziam inovações como o piso flutuante sobre molas especiais do palco sinfônico. Ainda em 1942, Almirante estreou o programa "A história do Rio pela música". Nesse ano iniciou-se uma publicação semanal com a programação da emissora e cuja capa na maioria das vezes estampava a foto de cantores ou cantoras ligados à emissora. Também nesse ano, as ondas curtas da PRE-8 passaram a ser ouvidas em vários países.
Em 1943, a programação da emissora tomou impulso com a estréia do programa "Um milhão de melodias", patrocinado pelo refrigerante Coca-Cola, que estava sendo lançado no Brasil. Para esse programa foi criada a Orquestra Brasileira, com direção de Radamés Gnatalli. O repertório do programa apresentava duas músicas brasileiras atuais, duas antigas e três músicas estrangeiras de grande sucesso. A Orquestra Brasileira de Radamés Gnatalli era formada pela mescla de grandes músicos como Luciano Perrone na bateria, vibrafone e tímpano, Chiquinho no Acordeão, Vidal no contrabaixo, Garoto e Bola Sete nos violões, José Meneses no cavaquinho, além dos músicos da velha guarda do samba carioca como João da Baiana no pandeiro, Bide no ganzá e Heitor dos Prazeres tocando prato e faca e caixeta.Também para atuar no programa foram criados os Trios Melodia e As Três Marias. Nesse ano, estreou com grande sucesso o programa "Trem da alegria", apresentado pelo Trio de Osso, formado por Heber de Bóscoli, Yara Sales e Lamartine Babo.
Entre as muitas inovações surgidas na Rádio Nacional e que influiram no próprio desenvolvimento da música popular brasileira estão os arranjos para pequenos conjuntos, trios e quartetos de Radamés Gnattali e os acompanhamentos rítmicos do baterista Luciano Perrone que causaram uma pequena revolução no samba orquestrado feito até então. Foi Luciano Perrone quem sugeriu a Radamés Gnatalli a utilização dos metais, até então com funções exclusivamente melódicas, como mais um elemento de função rítmica na interpretação dos sambas gravados.
Na década de 1940, pelo menos três dos maiores cantores brasileiros eram contratados da Rádio Nacional: Francisco Alves, Sílvio Caldas e Orlando Silva. Ainda em 1943, estreou na Rádio Nacional o sanfoneiro Luiz Gonzaga que inspirado no sanfoneiro Pedro Raimundo que se vestia com trajes típicos do sul, resolveu vestir-se com trajes típicos do nordeste e dessa forma passou a divulgar a música e a cultura nordestinas. Em 1946, um dos maiores sucessos musicais foi o samba-canção "Fracasso", de Mário Lago gravado por Francisco Alves e tema extraído da radionovela com o mesmo título. Nesse ano, a Rádio Nacional inovou na forma de transmitir partidas de futebol, adotando o chamado "sistema duplo", que dividia o campo de jogo em dois setores, cada qual com um locutor acompanhando de preferência o ataque de cada um dos times. O "sistema duplo" foi inspirado no então moderno método de arbitragem em trio, com os bandeirinhas colocados em ângulos opostos.

A Rádio Nacional na década de 50.

A década de 1950 ficou marcada pela acirrada competição pelo título de "Rainha do Rádio" que envolveu em disputas memoráveis cantoras como Emilinha Borba, Marlene e Ângela Maria.
Nessa década, os programas de auditório da emissora tornaram-se tão concorridos que era cobrado ingresso até para assistir os programas em pé. Outra disputa musical que marcou época no Rio de Janeiro, tendo a Rádio Nacional como centro, era a da divulgação de marchas e sambas carnavalescos, dos quais um dos muitos destaques foi o cantor e compositor Blecaute, sempre presente aos programas de auditório da Rádio.
Nesse período fizeram parte o "cast" da emissora artistas que marcaram a música popular brasileira como: Orlano Silva, Ataulfo Alves, Carlos Galhardo, Linda Batista, Luiz Gonzaga, Carmen Costa, Nelson Gonçalves, Nuno Roland, Paulo Tapajós, Albertinho Fortuna, Carmélia Alves, Luiz Vieira, Zezé Gonzaga, Gilberto Milfont, Heleninha Costa, Ademilde Fonseca, Bidu Reis, Nora Ney, Jorge Goulart, Neuza Maria, Adelaide Chiozzo, Jorge Fernandes, Dolores Duran, Lenita Bruno, Carminha Mascarenhas, Violeta Cavalcânti, Vera Lúcia, etc.
Em 1948, Dircinha Batista foi eleita "Rainha do Rádio" substituindo a irmã Linda Batista. No ano seguinte, teve início a eletrizante disputa pelo título de "Rainha o Rádio" entre as cantoras Emilinha Borba e Marlene. Esta última, foi eleita no ano seguinte com o apoio da Companhia Antártica Paulista, que lançava o Guaraná Caçula e fez dela sua garota propaganda, tendo o total de 529.982 votos. Marlene repetiu o feito no ano seguinte.
Em 1952 e 1953, a Rainha foi Mary Gonçalves. Por volta de 1950 foi criado na emissora o Departamento de Música Brasileira, que obteve um de seus maiores êxitos no ano seguinte no programa "Cancioneiro Rayol" com a série "No mundo do baião", apresentada pelo radialista Paulo Roberto. A chefia do Departamento de Música Brasileira foi entregue inicialmente ao compositor Humberto Teixeira. Outro programa musical ligado ao departamento de Música Brasileira e que fez muito sucesso foi "Lira de Xopotó", apresentado pelo radialista Paulo Roberto e que incentivava as bandas do interior que apresentavam músicas com arranjos do maestro Lírio Panicali. Igualmente Programa marcante dessa época foi "Música em surdina", criado por Paulo Tapajós e apresentado em estúdio no final da noite por Chiquinho, no acordeom, Garoto, ao violão e Fafá Lemos ao violino, interpretando um repertório eclético e que deu ensejo ao sugimento do Trio Surdina.
O violinista Garoto por sinal, foi um dos artistas que se destacou na Rádio Nacional nos anos 1950, quando passou por diferentes grupos nos seus dez anos de permanência na programação. Atuou na Orquestra Brasileira de Radamés Gnattali e pelo Bossa Clube ao lado de Luis Bittencourt, Luis Bonfá, Valzinho, Bide, Sebastião Gomes e Hanestaldo. Ainda na década de 1950, destacaram-se os programas "Sua excelência a música" e "Quando os maestros se encontram". Esse último reunia cinco arranjadores da emissora, quase sempre os maestros Alexandre Gnattali, Lírio Panicali, Alberto Lazzoli, Léo Peracchi e Alceo Bocchino.
Ainda no começo da década houve a tentativa frustada de criar o selo Nacional para gravação de discos que ficou apenas no primeiro, com Manezinho Araújo gravando o baião "Torei o pau", de Luiz Bandeira e a marcha "Um cheirinho só", de Manezinho Araújo e Armando Rosas.
Destacaram-se também nessa década inúmeros programas mistos como "Coisas do Arco da Velha", de Floriano Faissal; "Gente que brilha" e "Nada além de 2 minutos", de Paulo Roberto; "Clube das donas de casa", de Lourival Marques; "Grande espetáculo Brahma", de Mario Meira Guimarães; "Hoje tem espetáculo", de Paulo Gracindo; "Música e beleza", de Roberto Faissal; "Nova Historia do Rio pela música" e "Recolhendo o folclore", de Almirante; "Passatempo Gessy", de Jota Rui; "Rádiosemana", de Hélio do Soveral; "Roteiro 21", de Dinarte Armando; "Seu criador Superflit", de Lourival Marques e "Todos cantam sua terra", de Dias Gomes. Entre os programas de Rádio-teatro merecem citação, "A vida que a gente leva" e "Boa tarde, madame", com Lucia Helena; "Consultório sentimental", com Helena Sangirardi; "Divertimentos Brankiol", com Ary Picaluga; "Edifício Balança mas não cai", com Paulo Gracindo; "Grande Teatro De Milus", com Dias Gomes; "Jararaca e Ratinho", com Joe Lester; "Marlene meu bem", com Mário Lago; "Os grandes amores da História", com Saint Clair Lopes; "Sabe da última?", com Rui Amaral e "Tancredo e Trancado", com Ghiaroni.
Em 1951, Paulo Tapajós criou o programa "A turma do sereno", de grande sucesso e no qual um repertório de serestas era apresentado por Abel Ferreira no clarinete, Irany Pinto no violino, João de Deus na flauta, Sandoval Dias no clarone, Waldemar de Melo no cavaquinho e Carlos Lentini e Rubem Bergman nos violões. Segundo as palavras de Paulo Tapajós, o programa "Turma do sereno ocupava apenas um cavaquinho, uma flauta, um clarinete, um clarone e um violino, além dos cantores e outros solistas convidados. A "Turma do sereno" era o reencontro da música com a rua mal iluminada pelo lampião a gás, era o momento em que a gente imaginava que numa esquina de rua encontravam-se os velhos amigos para fazer choro, para cantar valsas e modinhas; era a oportunidade da gente tirar dos velhos baús alguns xotes, maxixes, polcas, já um tanto amarelados".
Nos anos de 1953 e 1954, a cantora Emilinha Borba foi eleita "Rainha do Rádio". Nos dois anos seguinte, a consagrada foi Ângela Maria que chegou a obter o total de 1.464.996 votos. Em 1955, o radialista Almirante retornou à Rádio Nacional e criou os programas "A nova história do Rio pela música" e "Recolhendo o folclore". Por essa época, Renato Murce apresentou o programa "Alma do sertão", um dos maiores sucessos entre os programas sertanejos. Em 1959, o cantor e compositor Zé Praxédi passou a apresentar diariamente o programa "Alvorada sertaneja". Um dos mais famosos programas da década de 1950 foi o "Programa César de Alencar", que comemorou os dez anos no ar com um show para 20 mil pessoas no Maracanãzinho. Outros programas com animadores ficaram também célebres, como os de Paulo Gracindo e Manoel Barcelos. Outro estaque de sua história, foi o estúdio para rádio novelas e seriados diversos , como "Gerônimo, o herói do sertão" e "O Sombra", onde os truques de sonoplastia ficaram célebres especialmente os truques do sonotecnico Edmo do Valle. Entre os programas de auditório apresentados na Rádio na década de 1950 podemos destacar: "Alegria, meus senhores" e "Este mundo é uma bola", apresentados por Fernando Lobo; "Alô, memória", "Dr. Infezulino" e "Enquanto o mundo gira", apresentados por Paulo Gracindo; "Ganha tempo Duchen", "O Cartaz da Semana" e "Parada dos Maiorais", com Hélio do Soveral; "Nas asas da canção", com Dinarte Armando; "Qualquer semelhança é mera coincidência", com Waldir Buentes; "Papel Carbono", Renato Murce e "Placar musical", com Nestor de Holanda Cavalcânti. Entre os programas musicais também merecem destaque, " A canção da lembrança", com Lourival Marques; "Audições Cauby Peixoto", apresentado por Mário Lago; "Audições Orlando Silva", com Ghiaroni; "Cancioneiro Royal", com Paulo Tapajós; "Cancioneiro romântico", com Rui Amaral; "Carrossel musical", com Ouranice Franco; "Clube do samba" e "Pelas estradas do mundo", com Fernando Lobo; "Fama e popularidade", com Oswaldo Elias; "Festivais G. E.", com Leo Peracchi; "Festivais de gaitas", com Cahuê Filho; "Horário dos cartazes", com Almeida Rego e "Preferências musicais", com Dinarte Armando. Dentre seus muitos locutores famosos está César Ladeira, uma das vozes de excelência de toda a história do Rádio no Brasil, especialmente lembrado com o programa "A crônica da cidade".

O declínio da Rádio

O declínio da Rádio, que se iniciara com a inauguração da televisão acentuou-se de forma definitiva com o Golpe militar de 1964 que afastou 67 profissionais e colocou sob investigação mais 81. Em 1972, os arquivos sonoros e partituras utilizadas em programas da Rádio foram doados ao Museu da Imagem e do Som, MIS.
Durante as décadas de 1980 e 1990 o declínio da Rádio se acentuou devido à falta de investimentos e à concorrência cada vez maior da televisão e também das Rádios FM.
A emissora foi perdendo audiência e deixando de disputar os primeiros lugares na preferência do público. Manteve no entanto durante esse tempo diversos programas tradicionais da emissora apresentados por radialistas como Dayse Lucide, Gerdal dos Santos e outros que ainda arrastavam atrás de si a audiêencia de ouvintes fiéis e saudosos dos tempos de glória da emissora.
A partir de junho de 2003, passou a estar sob a direção de Cristiano Menezes, que iniciou um plano de revitalização da PRE -

O ano de 2004 – A revitalização

A Rádio Nacional do Rio de Janeiro é reinaugurada no dia 3 de julho de 2004, quando terminam as obras de restauração feitas por meio de contrato firmado entre a Radiobrás e a Petrobrás.
No dia 5 de janeiro de 2004, começava o trabalho que custou R$ 1,7 milhão. A recuperação do famoso auditório, de estúdios de rádio e teatro, a construção de novos e a restauração do imóvel onde está instalado o parque de transmissores de Itaóca, no município de São Gonçalo, fazem parte da reforma.
Além das obras físicas, o convênio inclui a atualização da tecnologia da emissora com a aquisição de novos equipamentos, como um transmissor de 50 quilowatts que substitui o antigo, de quase 30 anos.

Rádio Nacional de Brasília

1958 – Inauguração da Emissora. O Governo Federal cria a Rádio Nacional de Brasília com a finalidade inicial de apoiar a construção de Brasília e servir como meio de comunicação para os trabalhadores que estavam construindo a nova capital. A primeira transmissão aconteceu no dia 31 de maio.

- 1960 – Com a inauguração de Brasília, a Rádio Nacional começou a funcionar no prédio da 701 sul, no Setor de Rádio e TV. Passou a formar rede com a Rádio Nacional do Rio de Janeiro. A emissora era usada pelos candangos para o envio de mensagens a seus familiares em todo o país.

- 1974 – Inauguração do Parque do Rodeador. A Rádio Nacional passa a transmitir sua programação com 600 kw de potência e pode ser sintonizada à noite em todo o Brasil, substituindo a Rádio Nacional do Rio de Janeiro como a emissora mais querida e mais ouvida do país, atuando de forma definitiva na integração brasileira.

- 1979 a 1986 – Programação diurna passa por várias alterações de conteúdo e locução. A emissora ganha notoriedade em Brasília e no entorno como grande prestadora de serviços à comunidade.

- 1989 – Grande impulso na área de jornalismo com a fusão da EBN ( Empresa Brasileira de Notícias) com a Radiobrás. A Rádio Nacional passa a ser a geradora da Voz do Brasil e das Redes Obrigatórias de Rádio dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

- 1992 a 1996 – A emissora vive o seu melhor período em audiência e faturamento local e nacional. Começam as transmissões via satélite e, na Copa do Mundo de 94, mais de mil emissoras retransmitem os jogos em rede.

- 1997 – A rádio é uma das primeiras emissoras do país a implantar o serviço 0800 para atendimento de ouvintes.

- 1998 a 2002 – Mudança da sede da rádio para a Asa Norte, no Plano Piloto, Brasília - DF.

- 2004 – Emissora começa a implantar um novo modelo de radiodifusão pública, voltando seu conteúdo para o interesse do cidadão.

- 2005 – A emissora faz ajustes em sua grade de programação. O Jornal Nacional passa a ser transmitido em novo horário, lança novos programas como Cotidiano e Espaço Arte. Jornalismo passa a ter participação mais efetiva na programação.

- 2006 – O ano começa com a estréia de um novo jornal na rede: Notícias da Manhã, de 6h às 8h da manhã, e que entra no lugar do Jornal Nacional. Este jornal é elaborado também com a equipe multimídia de jornalismo. As transmissões das jornadas esportivas são suspensas.

- 2007 – Rádio Nacional estréia um programa de agricultura, o Brasil Rural, nas manhãs de sábado e domingo. A programação de final de semana volta a ser transmitida ao vivo, mantendo gravações apenas de produções especiais ou de parcerias. A interação com as demais emissoras Nacional aumenta, e programas produzidos pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro são transmitidos também pela Nacional de Brasília. Ela também intensifica o compartilhamento de entrevistas com a Nacional da Amazônia.


Programação

Madrugada Nacional
De segunda a sábado das 00:05h às 04h, com apresentação de João McBrown.
Programa musical, jornalismo, informações de utilidade pública e a participação do ouvinte.

No Tabuleiro do Brasil
Com apresentação de Geraldo do Norte, todos os dias, das 4h às 6h da manhã. O melhor da música regional do Brasil.

Revista Brasil
De segunda a sábado, das 08h às 10h. Apresentação Walter Lima.
Programa informativo. Entrevistas, reportagens, matérias de utilidade pública e debate. Foco nos temas locais, nacionais e internacionais que afetam o dia-a-dia do cidadão brasileiro.

Cotidiano
Com apresentação de Luiza Inez, o Cotidiano vai ao ar de segunda à sexta-feira das 10h às 12h.
Reportagens, informação, notas e entrevistas sobre desenvolvimento humano e social: psicologia, filosofia, comportamento, educação e saúde.

Mercado Novo
Apresentado pelo jornalista Luca Seixas, de segunda à sexta-feira das 12:35h às 12:50h.
Programa informativo sobre trabalho e empreendedorismo. Entrevistas sobre o mercado de trabalho, suas tendências e ações inovadoras.

Tarde Nacional
Com apresentação de Luciano Barroso, vai ao ar de segunda à sexta -feira das 13:05h às 17h.
Programa de entrevistas, com enfoque nos acontecimentos do Distrito Federal e entorno. Aborda os fatos de destaque nas cidades do DF e temas relacionados à qualidade de vida, educação, cidadania, trabalho e cultura. Divulga informações de utilidade pública, trânsito, meteorologia, concursos públicos abertos, vagas disponíveis no SINE (Sistema Nacional de Emprego), entre outros, informações de polícia, entrevistas e notícias da Agência Brasil. Participação de correspondentes e rádios de outros estados.

Espaço Arte
De segunda à sexta-feira das 17h às 18:45h. Apresentação de Heleninha Bortone.
Programa informativo dedicado aos temas culturais, literatura, música, cinema, teatro, exposições, artes plásticas, movimentos artísticos, tradições regionais, entre outros. Inclui espaço dedicado à cultura sul-americana.

Eu de Cá, Você de Lá
Apresentado de segunda à sexta-feira no horário das 20:30h às 23:30h.
Programa de música e bate-papo com o ouvinte, entremeado por notas de utilidade pública e notícias do momento. Apresentação Luiz Alberto.

No Mundo da Bola
De segunda a sexta-feira, de 23:30h às 24h, com apresentação de Carlos Borges.
O mais tradicional programa de esportes do rádio brasileiro, traz as notícias do dia.

Programas de final de semana

Tanto Mar
Com apresentação de Jussara Mendonça, vai ao ar aos sábados às 6h. Programa de música dos países de língua portuguesa, que traz informações sobre a obra e seus autores.

Brasil Rural

Com apresentação de Andréa Tavares, tem duas edições inéditas no final de semana. Aos sábados, das 7h às 8h. E aos domingos das 6h às 7h.
Programa de informação e notícia de agricultura com enfoque na produção brasileira e a preservação do meio ambiente. Entrevistas e reportagens.

Roteiro Cultural
Apresentado de Miguelzinho Martins aos sábados, de 10h às 12h.
Programa informativo sobre a programação cultural e de lazer para o final de semana, no Distrito Federal e Entorno.

Roda de Samba
Aos sábados, do meio-dia às 15h. Apresentação de André Luiz Mendes.
Programa musical com o melhor do samba e do pagode, com informações sobre a história do samba e seus personagens.

Musishow
Apresentado aos sábados e domingos. Aos sábados, das 15h às 18:30h com apresentação de Marcelo Ferreira. Aos domingos, o programa vai ao ar das 15h às 19h com a apresentação de Luciano Barroso.
Programa de informação e música.

Saudade Nacional
Com apresentação de Mascarenhas de Moraes vai ao ar aos sábados, de 19h às 23:00h.
Música, notícias e a participação do ouvinte por carta.

Alô Brasil
Vai ao ar aos domingos, de 00h às 04h. Apresentação de André Luiz Mendes e Luciano Barroso.
Programa de informação de utilidade pública e música popular brasileira. Traz notícias e lançamentos de livros e discos.

Missa
Apresentação e Produção: Igrejinha N.S. de Fátima

Bom Dia Brasília
Com apresentação de Miguelzinho Martins, vai ao ar aos domingos das 08h às 10h.
Programa de informação sobre o Distrito Federal, as feiras nas cidades, dicas de turismo no DF e próximos a Brasília. Música e a participação do ouvinte.

Os Radionautas
Apresentado aos domingos das 10h às 12h.
Programa infanto-juvenil produzido e apresentado por adolescentes do projeto Radialistas do Futuro, da Ong Extensão da Samambaia (Cidade Satélite do DF).

Domingo Nacional
Com apresentação de Marcelo Ferreira, vai ao ar aos domingos, das 12h às 15h.
Programa de música e informação.

Memória Musical
Com apresentação de Bia Reis, vai ao ar aos domingos, das 19h às 20h.
A cada programa, uma personalidade ou artista de expressão fala das músicas brasileiras que marcaram sua vida.

Estúdio F
Aos domingos, às 20h.
Programa produzido pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro em parceria com a Funarte, mostra a obra dos compositores de grande importância para a nossa música. Apresentação de Paulo César Soares.

Bate Papo Nacional
Vai ao ar aos domingos, das 20h às 24h, com apresentação de Mascarenhas de Moraes e Luiz Alberto.
Música, informação de utilidade pública e a participação ao vivo do ouvinte.

Programas em parceria

Observatório da Imprensa
Programa de cinco minutos, produzido pela Rádio Cultura, de São Paulo, com apresentação de Alberto Dines. Vai ao ar de segunda a sexta - feira às 12:30h.
Escola Brasil
Programa produzido pelo Ministério da Educação e veiculado em parceria com a Nacional AM. Vai ao ar de segunda à sexta-feira, das 20h às 20:30h.

Trilha Animal
Programa produzido pela entidade WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal) em acordo com a Radiobrás. Vai ao ar aos sábados, das 18:30h às 19h.

Ecos de Uma Era
Programa produzido pela Rádio MEC, com apresentação de Pedro Paulo Gil. Vai ao ar aos sábados das 23h às 24h.

Noticiários
Os noticiários são produzidos pela equipe de Radiojornalismo e colaboração da equipe multimídia de reportagem.

Notícias da Manhã
Apresentação de Marco Antonio Monteiro.
Noticiário com duas horas de duração, transmitido em rede para todo o Brasil a partir das 6h (horário de Brasília). Entrevistas e matérias sobre economia, política, vida nacional, fatos internacionais e esporte.

Nacional Informa – (NI)
O Nacional Informa é um noticiário de quatro minutos transmitido a cada hora pela Rádio Nacional AM. Diariamente das 9h às 24h.

Repórter Nacional
Apresentado de segunda à sexta-feira ao meio-dia com a duração de 20 minutos. Tem no seu conteúdo a informação de âmbito nacional. Jornal com as notícias relevantes para o cidadão brasileiro: os últimos acontecimentos, o resumo dos principais fatos do Brasil e do mundo.

Jornal da Cidade
Duas edições, com alcance local Apresentado de segunda à sexta-feira das 12:20h às 12:30h e das 18:45h às 19h.
Noticiário com as principais informações do Distrito Federal e Entorno. Reportagens, boletins, notas e entrevistas sobre temas relevantes para o cidadão do Distrito Federal.

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