sexta-feira, 18 de junho de 2010

SUPER RADIO TUPI



História

A Rádio Tupi do Rio de Janeiro foi fundada no dia 25 de setembro de 1935 pelas Emissoras e Diários Associados do Brasil de Assis Chateaubriand. O apelido da rádio era "Cacique do ar". Mas a primeira apresentação da rádio foi no dia 15 de setembro do mesmo ano com a execução do Hino Nacional por um coral regido pelo maestro Heitor Villa-Lobos. Na década de 1940 a Rádio Tupi tinha um elenco com grandes nomes da música brasileira como Sílvio Caldas, Jamelão, Elizeth Cardoso, Dalva de Oliveira, Dorival Caymmi, Vicente Celestino etc, tendo também um elenco de rádio teatro com nomes como Paulo Gracindo, Yoná Magalhães, Maurício Shermann, Orlando Drummond etc.

O jornalismo da Rádio Tupi foi importante no final da Segunda Guerra Mundial sendo a primeira a anunciar o final da guerra. O "Grande Jornal falado Tupi" era um dos mais ouvidos do Rio de Janeiro.

Em 1943 um incêndio atingiu a Rádio Tupi, a emissora perdeu boa parte dos seus arquivos musicais. A Rádio conseguiu se recuperar e em 1950 a rádio inaugurou um grande auditório, sendo considerado o "Maracanã dos auditórios".

Lançou grandes sucessos populares como Parabéns pra Você, advindo de um concurso promovido por Almirante e vencido por Bertha Celeste Homem de Mello e Aquarela do Brasil.

No esporte a rádio se destacava com nomes como Ary Barroso, Oduvaldo Cozzi, Cezar Rizzo, etc.

Em 1959 a Rádio inaugurava seu transmissor de 100 kw com um show da cantora Ângela Maria no auditório da emissora.

Em 1960 foi criado o mais tradicional programa da rádio que está no ar até hoje. A "Patrulha da Cidade". O programa foi idealizado pelo jornalista Afonso Soares. O programa aborda os assuntos policiais, muitas vezes com uma pitada de bom humor. Hoje, o programa é dirigido, roteirizado e apresentado pelo jornalista Coelho Lima, acompanhado pelo comunicador Garcia Duarte e grande elenco de rádio atores.

Durante a década de 1970 a rádio passou por várias crises (Uma delas culminou no fechamento da TV Tupi ), mas a rádio conseguiu se recuperar, lançando diversos programas, entre eles o humorístico A Turma da Maré Mansa, e é uma das maiores rádios do Rio de Janeiro.

No dia 25 de setembro de 2005, dia dos 70 anos da Super Rádio Tupi, foi inaugurada o primeiro transmissor digital do rádio brasileiro que foi instalada na ilha de Itaóca, em São Gonçalo.

Atualmente a rádio dedica-se ao entretenimento, ao jornalismo e à cobertura esportiva.

Em 1 de junho de 2009, passou a ser transmitida também pelo FM, na frequência 96,5 MHz, que antes pertencia à Nativa FM. Por sua vez, a mesma ocupou os 103,7 da extinta rádio Antena 1 Rio.

FONTE - WikipédiA, a enciclopédia livre.

Transamérica Rio 101.3 - 32 anos de história - A emissora mais antiga da Cidade do RJ estando no ar!!



EQUIPAMENTOS DA RÁDIO

Rádio Transamérica de São Paulo Ltda. Esta a razão social da Transamérica Fm 101,3 RJ.

1977 - Começaram a chegar ao Rio de Janeiro, os equipamentos da emissora. O material técnico comprado pelo Banco Real S/A, proprietário da Transamérica, ficou guardado no depósito do banco, no bairro de Bonsucesso zona norte do Rio, até ser definido o local da montagem e instalação da rádio. O prédio escolhido no bairro de São Francisco Xavier, foi utilizado pela gravadora de discos Equipe, que havia mudado recentemente daquele local. Rua São Francisco Xavier, 961 bem pertinho da Mangueira, esse foi o primeiro endereço dos estúdios da 101,3 Transamérica RJ.A idéia, na época, é que a emissora funcionaria “programada e operada” por um computador central (não existia o pc). Um computador central comandaria todos os equipamentos. Na realidade cada máquina, cada cartucheira, cada gravador/reprodutor, seria abastecido com uma "informação/evento", e o computador, que parecia uma geladeira, acionaria a seqüência e a rádio assim transmitiria sua programação. (sistema que não funcionou muito bem, travava muito).montados em uma sala-estúdio. Os racks repletos de equipamentos, e uma mesa de controle, formavam o ambiente. Um operador estaria sempre de plantão, não para operar a rádio, mas para carregar cartucheiras, e trocar os rolos de fita-magnética, onde estavam gravadas as músicas e textos.


Os equipamentos: Quatro máquinas da marca Ampex modelo ATR-100 para rodar as músicas, seis cartucheiras ITC onde rodavam os informativos hora-certa etc, três carrosséis para os comercias e outras dezenas de quinquilharias estavam lá.

Assim funcionou a Rádio Transamérica do Rio de Janeiro de 1978 a 1985.
Em ‘85, foi contratado o pessoal para a transformação do “enlatado” para o “ao Vivo”. Um novo estúdio foi montado na Av Marechal Rondon, 572 no mesmo bairro, e a rádio foi transferida pra lá.Fonte da Matéria : http://radialist.as/group/radiotransamericafm1013riodejaneiro

HISTÓRIA DA RÁDIO GAÚCHA


CANDIDO NORBERTO NARRADOR ESPORTIVO DA RÁDIO GAUCHA ( FOTO SEM DATA DEFINIDA)
SEDE DA RÁDIO GAÚCHA EM PORTO ALEGRE
Rádio Gaúcha
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.




Rádio Gaúcha
Rádio Gaúcha S/A
Sede do Grupo RBS, onde está localizada a Rádio Gaúcha.

País Brasil
Localidade
Sede Porto Alegre, RS
Slogan A fonte da informação
Fundação 8 de fevereiro de 1927 (83 anos)
Extinção
Fundador Maurício Sirotsky Sobrinho
Pertence a Grupo RBS

Proprietário Nelson Sirotsky

Comunicadores Pedro Ernesto Denardin,
Ruy Carlos Ostermann,
Lauro Quadros,
Sara Bodowsky,
Lasier Martins,
Tânia Carvalho,
Antônio Carlos Macedo,
Sílvio Benfica, entre outros.
Idioma Português
Frequência 600 kHz AM
93,7 MHz FM
06020 kHz (ondas curtas)
11915 kHz (ondas curtas)

Canal 407 SKY
351 NET
175 Via Embratel
Afiliações
Gênero Notícias, Entretenimento, Debates, Jornalismo, Esportes.


Prefixo ZYK 278 (OM)
ZYD 661 (FM)
ZYE 851 (OC)

Cobertura Região Metropolitana de Porto Alegre
Afiliações anteriores
Nomes anteriores
Sucessora
Página oficial radiogaucha.clicrbs.com.br

A Rádio Gaúcha é uma estação de rádio brasileira com sede em Porto Alegre, RS. Pertence ao Grupo RBS e opera nas frequências 600 kHz AM e 93,7 MHz FM. É a cabeça-de-rede da Rede Gaúcha SAT, que detém mais de 150 emissoras.
Índice


* 1 História
* 2 Profissionais

* 4 Curiosidades

História

A Rádio Gaúcha foi fundada em 8 de fevereiro de 1927. A rádio faz suas transmissões com som 100% digital e ocupa a faixa de 600 kHz AM, sendo esse canal exclusivo da emissora no hemisfério sul. Este 600 AM já foi usado pela Rádio Farroupilha, outra rádio do Grupo RBS, que hoje ocupa a frequência 680 kHz AM, faixa antes utilizada pela Rádio Gaúcha.

Em 28 de maio de 2008, a Rádio Gaúcha passou a transmitir também em FM, na frequência 93,7 MHz. A emissora já ocupou as frequências FM em 94,1 MHz (hoje 94,3 da Rádio Atlântida) nos anos 60-70 e 102,3 MHz (atual Rádio Itapema FM) nos anos 70-80. Na época era chamada Gaúcha ZH FM e possuía uma cadeia de rádios, hoje, ocupadas pela Rede Atlântida e pela Rede Itapema
Profissionais

Aproximadamente 40 pessoas compõem a área de jornalismo da Rádio. No esporte são 20 profissionais. A equipe técnica é composta por 35 operadores que trabalham na operação da mesa do ar, Central Técnica, Gravações, Externas e Transmissores.


CURIOSIDADES


* A Rádio Gaúcha foi reconhecida a primeira emissora do Rio Grande do Sul a transmitir uma Copa do Mundo de Futebol, a Copa de 1950, realizada no Brasil.
* Realizou grande cobertura junto aos outros veículos do Grupo RBS da Olimpíada de Pequim.
* No carnaval faz a transmissão do desfile das escolas de samba de Porto Alegre e do Rio de Janeiro. Há alguns anos atrás , também transmitia o carnaval de São Paulo. Também realiza cobertura do carnaval internacional de Uruguaiana, que ocorre em março. Utiliza o nome do programa Gaúcha no Carnaval na transmissão.
* É a rádio líder de audiência nas classes mais altas da sociedade e primeiro lugar nas jornadas esportivas.
* Casais trabalham na emissora, como Giane Guerra e Jocimar Farina & Milena Schöeller e Leandro Staudt.
* Desde 1970 não fica ausente de uma Copa do Mundo e confirmou presença na Copa de 2010 , na África do Sul.

RÁDIO MORADA FM 95,5 LITORAL NORTE


12 de maio de 2010 — Radio Morada FM, Locutor Caio Graco conduzindo o Desafio Paredão criado pela Multiplay Produções




Rádio Morada fm 95,5
A rádio Morada do Sol FM, é uma empresa com programação 24 horas, ao vivo para todo litoral norte paulista. O nome vem de Araraquara, que em Tupi Guarani significa Morada do Sol, são 20 anos levando informações e diversão e buscando entretenimento, a qualidade e o comprometimento com seus ouvintes e clientes.
Jornal da Morada
Você acompanha os principais fatos e os mais importantes acontecimentos do Litoral Norte, do Brasil e do Mundo. Com jornalismo dinâmico, interativo, de credibilidade e responsabilidade. Sempre com o compromisso de levar a verdade a todos os ouvintes. De segunda a sexta-feira, a partir das 9:00 horas da manhã, apresentação Neto e Andressa Rodrigues.

FONTE : SITE http://www.moradafm.net/

domingo, 13 de junho de 2010

RÁDIO RECORD FM EM 1991



13 de março de 2010 — Rádio Record Fm - Programa Ritmo Quente. 1991.
Equipe KasKata's Records - Apresentação e locução de Beto Keller, produção de Wilson Roberto Bighi Junior e mixagem do DJ Sandro Bec.

sábado, 12 de junho de 2010

Ômega FM SP muda de nome



Ômega FM muda de nome
terça-feira, 1 de julho de 2008 Marcadores: Expressão FM, rádio, Ômega FM
Segue abaixo nota de hoje do site Bastidores do Rádio:

A Rádio Ômega FM (106,9 MHz - São Paulo/SP) está mudando seu nome. A emissora passará a se chamar "Expressão FM".

Com o slogan "O jeito gostoso de se expressar", a emissora continuará com sua programação voltada à samba, pagode, axé e outros ritmos dançantes, tal qual vem sendo desde a volta de sua programação, que antes havia sido locada à Igreja Mundial do Poder de Deus.

A divulgação da Expressão FM vem sendo feita através de sites de relacionamentos, como o "Orkut". A sua logomarca também foi alterada.

Vale lembrar que "Expressão" era o nome da agência de propaganda de Ivan Siqueira, fundador da emissora, já falecido, e responsável pelas premiadas campanhas publicitárias da Varig até os anos 90.

Essa é a primeira ação mais concreta da direção da Ômega FM que demonstra intenção em manter a rádio no ar com programação própria.

A Ômega (agora Expressão) lançou recentemente alguns programas novos, que incluem uma nova versão do Talk Radio, atração da primeira fase da emissora (adulta, na primeira metade dos anos 90). Cheguei até a escrever um texto sobre o programa antigo, mas não publiquei por não ter conseguido ouvir a nova versão. Aqui, comentei sobre um estúdio ao vivo e sobre o quanto a Ômega era instável.

E a Ômega já foi de tudo: adulta (ainda em 106.3 MHz - antes da chegada da SP1, atual Mix), especializada em country e até jovem. As fases nunca duraram muito tempo e foram intercaladas por R.R. Soares, David Miranda e, recentemente, pela Igreja Mundial.

A marca "Ômega FM" já vai tarde! Além do nome feio (pra mim só lembra alguma coisa que é última), representava uma emissora sem identidade e que, em boa parte de sua história, só tinha programação própria enquanto estava com a placa de "aluga-se". Começo a botar um pouco mais de fé a partir de agora e espero que a Expressão tenha um futuro mais promissor que a Ômega.fonte :http://midiaclipping.blogspot.com/2008/07/mega-fm-muda-de-nome.html

89 FM, o fim da rádio rock







Segunda-feira, 10/7/2006
89 FM, o fim da rádio rock
Valdir Antonelli



Há algumas semanas, os ouvintes da “rádio rock” foram pegos de calças curtas, do nada surgiram as primeiras notas falando sobre as mudanças na programação da 89 FM e, ao contrário da Brasil 2000, que todo mundo comentou que se transformaria em uma rádio de esportes, as mudanças efetuadas pela Rede Bandeirantes de Rádio foram feitas de forma discreta, mostrando que, talvez, a lição da Brasil 2000 – negócio que não saiu do papel e hoje todos os envolvidos negam – tenha servido para alguma coisa.

Primeiro contrataram o ex-diretor artístico da Metropolitana, Waguinho, depois começaram a demitir locutores que davam cara para a 89, Zé Luiz e Luka, e agora a mudança na programação. Tudo isso em pouco mais de algumas semanas e sem causar tanto estardalhaço entre os amantes da rádio. O motivo? Perda da audiência para outras redes de rádio, como Metropolitana, Jovem Pan, Transamérica e Mix. Culpa de quem? Dos ouvintes que, como foi bem lembrado pela Magaly Prado em seu blog, estão preferindo ouvir os sons da moda – axé, funk, dance e pagode – e do próprio mercado que exige que a emissora seja cada vez mais rentável.

Todo mundo sabe que uma rádio precisa de ouvintes para conseguir sobreviver, quando estes ouvintes começam a migrar para outras emissoras é sinal que algo está errado na programação e a mudança é inevitável. A 89 não é primeira, nem será a última rádio a mudar de estilo – a própria 89, no final da década de 80, já havia flertado com o pop, tirando até mesmo a palavra rock do seu slogan e tocando Noel e Information Society em sua programação. Nos anos 90 a 97 FM, uma das primeiras emissoras a apostar na segmentação de sua programação, abandonou o rock e abraçou a música eletrônica, a dance music com ótimos resultados para as finanças da empresa. No Rio, a Fluminense FM, a primeira rádio rock brasileira, também mudou de ares quando viu seus ouvintes, e rentabilidade, rarearem. É o sistema capitalista, paciência.

Só que se engana quem acha, ou achava, que a 89 era uma rádio rock. Não basta um slogan para transformar sua programação em algo mais roqueiro. A 89 era uma rádio pop, movida a jabá e antenada nos artistas que fazem sucesso lá fora. Ou seja, não arriscava, apenas reproduzia as paradas norte-americanas e tocava o que as gravadoras queriam. Agora a tendência é que tal influência seja ainda maior. A gana por mais audiência e, conseqüentemente, mais anunciantes vai tomar conta da programação. Você, ouvinte da rádio e que ainda agüenta, pode ter certeza, vai ouvir cada vez mais as mesmas canções repetidas durante toda o dia. Se já estava cansado de ouvir três, quatro vezes a Pitty em menos de 8 horas de programação, saiba que vai ouvir mais ainda.

Engana-se, ainda mais, se você acha que é quem manda na programação das emissoras. Você, infelizmente, não manda nada, sua lista de pedidos não tem a menor influência na programação, nem mesmo nas tais paradas de sucesso espalhadas por quase todas as FMs. As canções presentes nos Top 10s da vida são escolhidas a dedo pelas próprias gravadoras que pagam pra que a música entre na programação (é provável que depois de massacrar nossos ouvidos tal canção consiga sobreviver por conta própria, mas até isso acontecer muito dinheiro entrou na conta das rádios). Sim, é o tal do jabá que todos os envolvidos negam que existe. Seu poder, caro ouvinte, é pequeno, mas a sua fuga é rapidamente sentida nos cofres dos departamentos financeiros destas empresas.

Tutinha, dono da Jovem Pan, em entrevista à revista Playboy afirmou com todas as letras que para uma música tocar na rádio a gravadora tem que pagar. Não importa que o artista tenha milhares de pedidos, não pagou, não toca. A 89, assim como todas as outras rádios – em maior ou menor escala –, trabalha desta forma e dificilmente vai mudar sua forma de agir, deixando o ouvinte de mãos atadas.

O que resta? Comprar mais discos, baixar mais músicas pela net, ir atrás das novidades por si só, já que as rádios deixaram de cumprir com tal obrigação há muito tempo e seus donos estão bem pouco preocupados com a sua opinião.

Agora, se você for daquele ouvinte que não está nem aí para novidades, quer mesmo é que sua música favorita toque 10 vezes por dia e sempre pede as mesmas canções quando liga para sua emissora favorita... então não existe nada que alguém possa fazer. Você é o ouvinte padrão, aquele que todas as emissoras querem, um cara que não enche o saco pedindo canções esquisitas e que apóia toda e qualquer mudança feita pela rádio. Na verdade você é que é feliz, porque se contenta com pouco e não gosta quando inventam de colocar na programação aquele artista que lançou um disco independente na Inglaterra, mesmo que depois este artista se transforme em sua banda favorita, afinal, estourou lá fora, está bombando na sua rádio favorita, então deve ser bom. E não existe dúvida, o grosso das pessoas que ouvem de rádio, de qualquer uma, é formado por este tipo de ouvinte, por isso as nossas FMs são tão ruins.

E para onde vai o público descontente com a 89? As duas únicas saídas são a Brasil 2000 e a Kiss FM. A Brasil tenta sobreviver mesclando sons mais comerciais, com outras canções mais alternativas. A Kiss é para quem curte classic rock e mais nada. Entre os prós das duas rádios está uma maior variedade de canções e estilos. Já os pontos negativos são os mesmos, a repetição das mesmas canções durante a programação. E a culpa é toda sua, ouvinte!

Mas é bem provável que boa parte da audiência da 89 continue com ela, as mudanças na programação só serão sentidas por uma minoria e é bem capaz que a nova programação realmente funcione e aumente o número de ouvintes da rádio.

A nota extremamente triste foi a total falta de profissionalismo da nova direção da 89, demitindo locutores por e-mail e desconsiderando totalmente o público que, apesar de tudo, ainda curtia a programação da rádio.

Ainda bem que existe a internet.



Nota do Editor
Texto gentilmente cedido pelo autor. Publicado originalmente no site Drop Music.
FONTE :http://www.digestivocultural.com/ensaios/ensaio.asp?codigo=166

sexta-feira, 11 de junho de 2010

História da Extinta Rádio Cidade FM Rio





Era o dia primeiro de maio de 1977. Era feriado, dia do trabalho, data a qual os trabalhadores celebram em folga. Mas aquele dia era de muito trabalho para os técnicos e profissionais que estavam trabalhando na criação de uma nova emissora FM, no prédio do Sistema Jornal do Brasil.

Essa emissora ganhou o nome de Rádio Cidade - nome inspirado na Radio City of America, a célebre RCA dos EUA - , ocupando a frequência de 102,9 MHz do Rio de Janeiro. Seu perfil era pop, considerado novo para a época e que se baseava no paradão de sucesso norte-americano, nas revistas Billboard e Cash Box.

Antes da fundação a rádio operava em caráter experimental, sob o nome de Rádio Jornal Fluminense FM. Não se deve confundir com a Fluminense FM - a "Maldita"(94.9 MHz) cujo nome jurídico era Rádio Difusora Fluminense FM, mais tarde virou Jovem Rio. A Rádio Jornal Fluminense operava, desde meados de 1976, num edifício na Rua Maestro Felício Toledo, Centro de Niterói, mas quando se virou Rádio Cidade já tinha seus estúdios situados no prédio do Jornal do Brasil, na Avenida Brasil, entre os bairros cariocas de São Cristóvão e Caju.

Segundo Marcelo Delfino, no "Tributo ao Rádio do Rio de Janeiro", a Rádio Jornal Fluminense teria sido, originalmente, uma concessão ao jornal O Fluminense. Mas, ao ser adquirida a Rádio Jornal pelo Jornal do Brasil, o periódico niteroiense adquiriu outra concessão, que virou Rádio Difusora.

A escolha do nome Rádio Cidade teve origem na natureza do nome Jornal do Brasil. A rádio iria se chamar Rádio Jornal da Cidade, mas o nome foi simplificado para Rádio Cidade. Segundo o diretor-presidente do Jornal do Brasil, Manoel Francisco de Nascimento Brito, o nome sugerido era Rádio Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro", que, ao ser abreviado, virou Rádio Cidade. As vinhetas, gravadas nos EUA, chamavam atenção por sua linguagem modernamente pop e a mais célebre delas era um coro feminino que cantava Cidade...Ôôôôôiiii..." ou "Cidade...Cidadeeee!!!!, esta última com um arranjo orquestral que lembrava o Earth Wind & Fire.

Seus responsáveis diretos foram Carlos Townsend, Alberto Carlos de Carvalho (o Beto), Clever Pereira, Carlos Lemos (então superintendente do Sistema JB, ele havia sido diretor do Jornal do Brasil nos anos 60, quando o lendário Sérgio Porto, vulgo Stanislaw Ponte Preta, integrava a equipe), Romilson Luiz e Eládio Sandoval, entre outros.

Eles eram profissionais que trabalhavam na Rádio Jornal do Brasil AM que, baseados no modelo de diversas FMs jovens dos EUA, principalmente a emissora WBLS FM, de Nova York, além de idéias que Carlos Townsend trouxe dos EUA , utilitárias das paradas de sucesso da Billboard e Cashbox, introduziram no Rio de Janeiro uma FM jovem, animados com o sucesso do segmento pop em São Paulo.

O desenvolvimento de rádios pop era uma atitude de vanguarda se considerarmos o que era o rádio FM da época, dividido ora entre a imitação do rádio AM entre um perfil sisudo que tocava música romântica e qualquer som considerado "suave" e "família", perfil este que, reciclado, consiste nas atuais rádios FM de "adulto contemporâneo".

Portanto, era novidade na época criar uma "rádio jovem", com locutores animados e um repertório pop, com um cardápio musical pequeno que era de média de 45 a 60 músicas na chamada grade de programação diária. A Rádio Cidade foi pioneira nesse formato e, ainda que a emissora carioca tenha surgido um ano depois da Jovem Pan 2 FM de São Paulo, surgida em 1976 e já comandada pelo Tutinha, dono da rádio e filho do fundador e proprietário da lendária Rádio Panamericana de São Paulo, cabe à Rádio Cidade ser considerada a ancestral do estilo hoje adotado pela Jovem Pan 2, uma vez que esta durante muito tempo foi dedicada ao perfil brega-romântico. A Jovem Pan 2 só passou a ser, de fato, uma rádio pop como se conhece hoje, a partir de 1983.

O estilo de locução adotado era em tom de conversa, inspirado no estilo do locutor paulista Dárcio Arruda. Com a fala mais ou menos corrida, o discurso era simples, com gírias, piadas, uma conduta bastante animada. Era um discurso que funcionava num formato pop e que era mais calmo e comportado em relação à locução pop de hoje, mais gritada, mais corrida e frenética, adotada pela Transamérica nos anos 80.

Uma amostra da descontração da Rádio Cidade foi quando Eládio Sandoval foi ler uma notícia e, de repente, comentou: "Ih...O papel caiu no chão". Nessa época o estilo de fala na locução hit parade era mais devagar, comparado com o ritmo neurótico de hoje em dia, esta dicção pop, descontraída e "relax" atualmente é adotada por algumas FMs popularescas, sobretudo no horário noturno.

Musicalmente, a Rádio Cidade priorizava a dance music, embora abrisse uma cota para o que era mais pop e digerível no rock, e que faça presença nas paradas de sucesso do Brasil e do mundo. Algo como um hit bem massificado do Peter Frampton, ou os grupos tipo Eagles e America, mega-sucessos de então. Não fosse nessas condições, o rock não entrava na Cidade, que nem usava o gênero sequer como carro-chefe da programação.


As intenções da rádio eram bem outras, desenvolver a chamada cultura pop no Rio de Janeiro e, depois, para várias partes do país. Era uma tradução, em linguagem e espírito bem carioca, das FMs de sucesso dos EUA. Ah, e havia espaço para música romântica, muita música romântica, mas que seja curtida por casais de adolescentes e jovens adultos que quisessem namorar diante da paisagem litorânea do Rio de Janeiro. A ala jovem da MPB da época - Roupa Nova, Guilherme Arantes, Zizi Possi, A Cor do Som, Dalto, também teve amplo espaço nos 102,9 mhz cariocas, juntamente com nomes consagrados, como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Simone, Djavan e Gal Costa.

Por um erro de interpretação, as pessoas que hoje em dia fossem ler eventuais reportagens sobre a Rádio Cidade no Jornal do Brasil em 1983 ou que fossem informadas, tardiamente, de eventuais inserções em 1982 de intérpretes da coletânea "Hollywood - O Sucesso", que priorizavam o rock de paradão como Journey, Survivor e os ótimos Police, Asia e Peter Frampton, poderiam supor uma inclinação "roqueira" da emissora já nessa época. Mas tal visão é falsa, uma vez que o rock que rolava na Cidade era puramente mainstream, composto ora de nomes questionados pelos roqueiros autênticos (Survivor, Journey) ou por nomes autênticos que alcançaram o topo das paradas de sucesso (Police, The Clash), ou nomes brasileiros cuja massificação chegava ao alcance de demandas popularescas (Rita Lee, Lulu Santos, Blitz).

Em 1977 a música disco, a dance music que vigorava naquela época, tinha na Rádio Cidade uma de suas pioneiras divulgadoras no Brasil, juntamente com a novela Dancing Days da Rede Globo. Quem tem mais de 30 anos deve lembrar muito bem que a Cidade tocava bastante o As Frenéticas, que l integravam várias atrizes e foi empresariado pelo jornalista Nelson Motta, um jovem talento da imprensa dos anos 60 que, nos anos 80, foi letrista de Lulu Santos, lançou Marisa Monte, relançou Daniela Mercury e hoje integra a equipe de apresentadores e comentaristas do programa "Manhattan Connection", do canal pago GNT. As Frenéticas viraram um estrondoso sucesso em 1978, emplacando dois hits nas trilhas de novelas da Rede Globo: Dancin' Days, naquele ano, e Feijão Maravilha, no ano seguinte.
A Cidade tocava o disco, com grupos Chic, KC & The Sunshine Band, Whispers, Kool & The Gang, The Jacksons e Earth Wind & Fire, até mesmo o La Bionda, Charo, Village People e Boney M.

Um dos programas de maior sucesso da Rádio Cidade foi o hoje esquecido Cidade Disco Club, programa dedicado à disco music, e seu similar Cidade Dance Club, apresentados por Ivan Romero. Esses programas eram ancestrais do Ritmo da Noite da Jovem Pan 2 e que na mesma Cidade teria um equivalente mais moderno, o Festa da Cidade, já no final dos anos 80.

Os DJs da Rádio Cidade na época eram despretensiosos, do contrário dos atuais DJs de dance music carioca, que recentemente fizeram quixotismo barato se auto-promovendo às custas da falência de uma rádio alternativa, a Fluminense FM, para desenvolver a rádio Jovem Rio FM (que, anteriormente, já havia usado a franquia da Jovem Pan Sat, tendo existido entre outubro de 1994 e julho de 2000 sob o nome de Jovem Pan Rio), que esteve no ar nos 94,9 mhz do Grande Rio do início de agosto de 2000 até final de julho de 2002, quando tais DJs, sem cerimônia, tiveram que ceder espaço à nova Fluminense FM (que no entanto não conseguiu se firmar no rock, devido às pressões mercantilistas do empresário Alexandre Torres).

Os antigos DJs da Cidade não tinham o estrelismo e a arrogância dos pedantes DJs da Jovem Rio, que mesmo tocando dance baba querem ter no Rio de Janeiro o mesmo carisma e o mesmo prestígio que DJs paulistas de drum and bass (ritmo de música eletrônica dos anos 90 para cá) Marky, Patife e Felipe Venâncio possuem na Europa.

Vale até destacar um pedantismo lamentável dos DJs atuais, que rotulam a dance music que tocam como techno, trance, ambient, quando se trata de algo até pior do que muita cafonice dançante que não tinha tais pretensões. A dance music que tais DJs promovem não é mais do que simples música para aeróbica, feita para estimular a "boa forma" da chamada "geração saúde" e a musculatura de lutadores de jiu-jitsu e outras artes marciais.

Não é à toa que, quando a Jovem Rio estava no ar, desde 1994 sob a franquia da Jovem Pan Sat, era muito comum as gangues de jiu-jitsu aprontarem confusão na noite carioca, a ponto de virarem ocorrências policiais, causarem mortes etc.. A rádio dance dos 94,9 mhz acabou decaindo ao virar um reduto radiofônico dessa demanda minoritária e extremamente burra e agressiva, que na melhor das hipóteses tem como hobby promover poluição sonora nas ruas do Grande Rio, com o som de seus possantes carros importados, no altíssimo volume de seu arrojado equipamento de som, objeto de muita cobiça de assaltantes pés-de-chinelo em busca de uma ascensão na escala do poder do narcotráfico carioca.

A Rádio Cidade se tornou, imediatamente quando surgiu, um grande sucesso. Na primeira semana de existência, se tornou a primeira colocada em audiência. Virou uma "febre" que inspirou uma série de emissoras e provocou o nascimento da rede ancorada pela Rádio Cidade. Nessa época rede não era uma associação de emissoras para retransmitir, via satélite, a programação da emissora sede. A tecnologia do satélite só seria implantada em rádio uma década depois, mais precisamente 1991. No início dos anos 80, a expressão "rede de rádio" era usada para criar emissoras associadas pelo resto do país, que reproduziam o formato da emissora sede mas tinham programação 100% regional.

A Rádio Cidade criou uma porção de afiliadas no país. São Paulo, Brasília, Vitória, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Florianópolis, Porto Alegre, e uma série de capitais ou regiões de cidades passaram a ter suas similares da Rádio Cidade. Rádios como Transamérica, antes uma FM sisuda, e Jovem Pan 2, passaram nos anos 80 a seguir a mesma fórmula da Rádio Cidade. O grupo Bloch (de Adolpho Bloch), o mesmo da revista Manchete, também decidiu investir numa rede de FMs com o mesmo perfil da Cidade, a Manchete FM. O grupo já tinha a rede Manchete AM.

A Rádio Cidade permaneceu tranqüila, inabalável e íntegra na sua linha pop de 1977 a 1984. Em 1981 a rádio começou a perder um pouco do seu fôlego. O surgimento da 98 FM, em 1978, no lugar da antiga rádio de rock Eldorado FM (Eldo Pop), abalou um pouco a Rádio Cidade, que quase beirou sua programação ao popularesco. Algo como ocorre com a Jovem Rio, que toca nomes como Maurício Manieri, Claudinho & Buchecha e Laura Pausini, que já são regularmente tocados nas FMs popularescas.

Mesmo assim, até algumas breguices eram hilárias, como a idéia do locutor nordestino Jaguarassu da Silva, o Jaguar, de apelidarem o forrozeiro Genival Lacerda de "Mick Jegue" ou de Romilson Luiz criar um personagem chamado Piu-Piu de Marapendi, que chegou a gravar alguns discos e ter como grande sucesso uma paródia da música "Você não soube me amar", da Blitz, que ganhou o título de "Eu hoje vou me dar bem". Em São Paulo, Serginho Leite da Jovem Pan 2 passou a gravar paródias similares, desta vez tendo como alvo o mega sucesso "Thriller", de Michael Jackson.

Nessa época até a Antena Um, hoje uma FM de "adulto contemporâneo" (uma das poucas decentes do gênero, sem pretensões de empurrar baba romântica como se fosse "jazz & blues" como muita FM faz), seguia a linha da Rádio Cidade. Um dos maiores sucessos da Antena Um do Rio de Janeiro era o locutor Paulo Cintura, ninguém menos que o mesmo Paulo Cintura do bordão "saúde é o que interessa, o resto não tem pressa", lema que o comediante já usava na Antena Um, que havia tirado da Cidade Eládio e Romilson (e este com seu Piu-Piu de Marapendi).

A Cidade, nesta fase de 1977 a 1984, semeava uma linguagem jovem, assumidamente pop e sem pretensões vanguardistas a todo custo, e colhia seus frutos como uma das FMs mais fortes do Rio de Janeiro e uma das mais influentes no Brasil.

Para coroar esse fase de sucesso, Fernando Mansur lança, ainda em 1984, o livro No ar, o sucesso da Cidade, hoje fora de catálogo. Trata-se de um registro da experiência de Mansur na rádio e da trajetória da fase áurea da Rádio Cidade.
fonte :http://www.radioman.com.br/emissoras30.asp

O PRIMEIRO RÁDIO DA PHILIPS



O PRIMEIRO RÁDIO DA PHILIPS
A Philips demorou até 1927 para fabricar um receptor completo. No dia 06 de setembro, na feira de Utrecht, é apresentado o rádio 2501 , primeiro receptor da Philips com alimentação e alto-falante separados.
Este modelo de rádio era muito moderno para a época pois ao contrário de muitos outros rádios de seu tempo, ele era de fácil ajuste, não tinha bobinas para fora e vinha com somente dois controles para a sintonia, ganhando com isso muito sucesso.
O rádio 2501 era vendido pela Casa Lucas, a maior distribuidora de rádios da marca Philips no Rio de Janeiro.
A seguir, a Philips lançou o modelo 2516, uma pequena caixa de metal que, por seu formato, ganhara o apelido popular de Chapeuzinho Vermelho. Tinha três botões. Um para mudar as faixas de onda, um para sintonizar as estações e outro para o ajuste do oscilador ( nessa época os receptores funcionavam por um processo denominado de RFS, -"Radio Frequência Sintonizada"-, não possuindo portanto F I, -"Frequência Intermediária"- ).
Dentro de um ano a Philips é a maior fabricante de Rádios na Europa.
Após tremendo sucesso, baseado não só em uma boa estratégia de marketing, mas também em função da boa qualidade de seus produtos, alcança vendas de 1 milhão de aparelhos em 1932, e 100 milhões de válvulas em 1933.
Em 1933, inicia a produção de aparelhos de Raio X para uso na medicina, nos EUA.

Em 1939, lança no mercado o primeiro barbeador elétrico.
Após a interrupção da Segunda Guerra Mundial durante o qual a administração da Philips refugia-se nos Estados Unidos, a companhia continuou crescendo, comercializando seus produtos com a marca Philips, Magnavox, e Norelco. Lançou a fita K7 em 1963, ajudou a criar o Compact Disc e o videocassete, produzindo seu primeiro circuito integrado em 1965.
No Brasil, o processo de crescimento da Philips foi idêntico ao acontecido na américa. Como foi dito acima, a Philips estava presente com escritórios de representação no Rio de Janeiro desde 1924 e durante a segunda guerra mundial, meados de 1941, tentando escapar dos conflitos entre Alemanha e demais países da Europa, procura um estado neutro para desenvolver novas tecnologias. Com isso, descobre a necessidade das Forças Armadas Brasileiras em ter uma indústria de eletrônica no país. No início da década de 40, os equipamento de comunicação das Forças Armadas Brasileiras estavam obsoletos. Impedida de renová-los devido às condições mundiais ( 2a guerra ) alem do fato da maior parte desses equipamentos serem de fabricação Telefunken ( Alemão ). Sendo assim, o grupo Philips estabelece uma parceria com a Cacique ( A Cacique -"Indústria Paulista de Eletricidade"- foi fundada em 1933 por um grupo de pioneiros, dedicada à fabricação de rádios ), surgindo assim a INBELSA -"Indústria Brasileira de Eletricidade S./A."- que teve participação importante no desenvolvimento das telecomunicações brasileiras nas décadas de 50 e 60 fabricando entre outros itens, transceptores para O.C.. Da mesma forma acontece com a IBRAPE ( Indústria Brasileira de Produtos Eletrônicos ) e a Philips do Brasil.
Faz parte da história da Philips, a aquisição da indústria inglesa MULLARD Radio Valve Company em 1926, incorporando a fábrica de válvulas, a fábrica de receptores e o logotipo "PM" que passa a ser divulgado como "Philips Mullard". A Mullard e a Franklin (divisão Argentina da Philips ) fabricaram diversos modelos de rádios nas décadas de 50 e 60, ( muitos deles fabricados e distribuidos no Brasil pela RADELSA, Rádio e Eletricidade S.A.).
Clique AQUI e veja uma tabela com a equivalência entre os modelos de rádios fabricados pela Philips, Mullard e Franklin nas décadas de 40, 50 e 60 no Brasil.
Na segunda metade da década de 60, o grupo Philips inaugura em Recife com incentivos fiscais da SUDENE, a Philinorte -"Philips Eletrônica do Nordeste"-, voltada à fabricação de aparelhos e centrais telefônicas. Os equipamentos fabricados nessa divisão eram tão bons, que contavam-se estórias muito divertidas. Diziam na época que para operar as centrais da Philips, havia a necessidade somente de um homem e um cachorro. O homem para alimentar o cachorro e o cachorro para não deixar o homem mexer na central.
A Philips nos dias de hoje, está presente em várias segmentos como iluminação, baterias, televisores, rádios, compact disc, gravadores de áudio e vídeo, eletrodomésticos, produtos pessoais, produtos profissionais, inclusive na área de telecomunicações, computadores, informática e equipamentos para escritório, com industrias e subsidiárias em todo o mundo.

Fonte: http://www.bn.com.br/radios-antigos/philips.htm

RADIODIFUSÃO NA ERA VARGAS


RADIODIFUSÃO NA ERA VARGAS

Segundo FAGUNDES, (1997:14), quando Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, as rádios não possuíam autorização oficial para veiculação de publicidade, que só viria a ser estabelecida em 1932, em substituição aos Decretos de 1924 e 1931.
Desta forma o Brasil passou a adotar o modelo norte-americano de radiodifusão e passava a distribuir concessões de canais a particulares e permitindo oficialmente a exploração comercial do veiculo.
Desde o início do rádio brasileiro, além da política, o esporte teve espaço, e no ano de 1932, Nicolau Tuma narrou a primeira partida de futebol pelo rádio e, em 1938, Gagliano Neto transmitiu do exterior a Copa do mundo realizada na França.
Conforme FAGUNDES, (1997:26-27), Getúlio Vargas em 1931, através de um Decreto Lei criou o DOP (Departamento Oficial de Propaganda) responsável pela criação da “Hora do Brasil” com objetivo de divulgar as realizações do governo. Em 1937 foi criado o DIP (Departamento de Imprensa Propaganda), “A Hora do Brasil”, em 1937 adquiriu caráter compulsório, devendo ser obrigatoriamente transmitida em rede nacional de rádio, todos os dias úteis, das 18h. e 45min às 19h. e 30min, em ondas médias e curtas, e das 19h. e 30min. às 19h. e 45min., somente em ondas curtas. Era o horário nobre do rádio para época.
O DIP (Departamento de imprensa e propaganda) tinha sede no Rio de Janeiro e com representação em outros Estados. No Rio Grande do Sul foi entregue ao Departamento de Fiscalização de diversões públicas.
Getúlio Vargas em seu governo, desde o início elaboraram um esquema relativo ao uso político do rádio e uma das principais armas foi a censura, o rádio não somente foi censurado como ainda teve emissoras encampadas (rescindir contrato de arrendamento).
Vargas se utilizava do rádio para divulgação de seus projetos, dentre as mais importantes a CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) e uma série de dispositivos para regulamentar a profissão de jornalista, o que ocorreu efetivamente durante o governo de Jânio Quadros, em 1961.
O governo Vargas tinha, portanto, uma visão mais clara a respeito da importância dos meios de comunicação para o apoio e a divulgação de seus feitos. Assim ao mesmo tempo que incentivava a profissão jornalística através da legalização das conquistas e a evolução da categoria, utilizava-se do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) para cercear, restringir e censurar o que não fosse de interesse do governo em matéria de divulgação.
A fiscalização de censura no rádio era feita nos programas gerais, desde as informativas como as de diversões públicas, e se dava através de um censor, ou seja, um funcionário público que ficava dentro de uma sala especial montada no interior das emissoras, fazendo anotações o que de estranho verificasse, transmitindo ao chefe de controle as irregularidades porventura apuradas.
Em 1940, foram submetidas à cesura prévia da divisão de rádio, 3770 programas, 483 peças de teatro e 2416 gravações, existindo no país 78 emissoras de rádio, conforme FAGUNDES, (1987:36).
Segundo, FAGUNDES,(1997:31, 48), as músicas tocadas nas emissoras teriam que ter composição cujas letras fossem adequada aos interesses do governo.
O segmento que deu certo no Brasil na década de 40 foi a radionovela. A primeira foi ao ar em julho de 1941. Intitulada, “Em Busca da Felicidade”, que ficou no ar por dois anos e tinha como patrocinador, Creme Dental “Colgate”.
Conforme CAPARELLI, (1980:41-42), o Período de 1945 até 1964 foi muito rico em termos de participação popular. Bem ou mal, os presidentes, governadores, prefeitos, senadores, deputados e vereadores eram eleitos diretamente pelo povo. Se a democracia é um aprendizado, nessa época oportunidades que não faltaram. Mesmo em meio a uma corrupção evidente (com exceções), os políticos tinham que atender a certas aspirações populares.
O desenvolvimento da democracia está intimamente ligado ao processo educacional. Para tanto novos métodos de alfabetização precisavam ser criados. No início da década de 60, em Recife, o educador Paulo Freire deu início a um método que alfabetizava em 40 horas. Não apenas alfabetizava, dava também uma visão crítica e politizada aos alfabetizados. Segundo FAGUNDES, (1997:14), quando Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, as rádios não possuíam autorização oficial para veiculação de publicidade, que só viria a ser estabelecida em 1932, em substituição aos Decretos de 1924 e 1931.
Desta forma o Brasil passou a adotar o modelo norte-americano de radiodifusão e passava a distribuir concessões de canais a particulares e permitindo oficialmente a exploração comercial do veiculo.
Desde o início do rádio brasileiro, além da política, o esporte teve espaço, e no ano de 1932, Nicolau Tuma narrou a primeira partida de futebol pelo rádio e, em 1938, Gagliano Neto transmitiu do exterior a Copa do mundo realizada na França.
Conforme FAGUNDES, (1997:26-27), Getúlio Vargas em 1931, através de um Decreto Lei criou o DOP (Departamento Oficial de Propaganda) responsável pela criação da “Hora do Brasil” com objetivo de divulgar as realizações do governo. Em 1937 foi criado o DIP (Departamento de Imprensa Propaganda), “A Hora do Brasil”, em 1937 adquiriu caráter compulsório, devendo ser obrigatoriamente transmitida em rede nacional de rádio, todos os dias úteis, das 18h. e 45min às 19h. e 30min, em ondas médias e curtas, e das 19h. e 30min. às 19h. e 45min., somente em ondas curtas. Era o horário nobre do rádio para época.
O DIP (Departamento de imprensa e propaganda) tinha sede no Rio de Janeiro e com representação em outros Estados. No Rio Grande do Sul foi entregue ao Departamento de Fiscalização de diversões públicas.
Getúlio Vargas em seu governo, desde o início elaboraram um esquema relativo ao uso político do rádio e uma das principais armas foi a censura, o rádio não somente foi censurado como ainda teve emissoras encampadas (rescindir contrato de arrendamento).
Vargas se utilizava do rádio para divulgação de seus projetos, dentre as mais importantes a CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) e uma série de dispositivos para regulamentar a profissão de jornalista, o que ocorreu efetivamente durante o governo de Jânio Quadros, em 1961.
O governo Vargas tinha, portanto, uma visão mais clara a respeito da importância dos meios de comunicação para o apoio e a divulgação de seus feitos. Assim ao mesmo tempo que incentivava a profissão jornalística através da legalização das conquistas e a evolução da categoria, utilizava-se do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) para cercear, restringir e censurar o que não fosse de interesse do governo em matéria de divulgação.
A fiscalização de censura no rádio era feita nos programas gerais, desde as informativas como as de diversões públicas, e se dava através de um censor, ou seja, um funcionário público que ficava dentro de uma sala especial montada no interior das emissoras, fazendo anotações o que de estranho verificasse, transmitindo ao chefe de controle as irregularidades porventura apuradas.
Em 1940, foram submetidas à cesura prévia da divisão de rádio, 3770 programas, 483 peças de teatro e 2416 gravações, existindo no país 78 emissoras de rádio, conforme FAGUNDES, (1987:36).
Segundo, FAGUNDES,(1997:31, 48), as músicas tocadas nas emissoras teriam que ter composição cujas letras fossem adequada aos interesses do governo.
O segmento que deu certo no Brasil na década de 40 foi a radionovela. A primeira foi ao ar em julho de 1941. Intitulada, “Em Busca da Felicidade”, que ficou no ar por dois anos e tinha como patrocinador, Creme Dental “Colgate”.
Conforme CAPARELLI, (1980:41-42), o Período de 1945 até 1964 foi muito rico em termos de participação popular. Bem ou mal, os presidentes, governadores, prefeitos, senadores, deputados e vereadores eram eleitos diretamente pelo povo. Se a democracia é um aprendizado, nessa época oportunidades que não faltaram. Mesmo em meio a uma corrupção evidente (com exceções), os políticos tinham que atender a certas aspirações populares.
O desenvolvimento da democracia está intimamente ligado ao processo educacional. Para tanto novos métodos de alfabetização precisavam ser criados. No início da década de 60, em Recife, o educador Paulo Freire deu início a um método que alfabetizava em 40 horas. Não apenas alfabetizava, dava também uma visão crítica e politizada aos alfabetizados.

FONTE : http://www.guarathan.com.br/radiodifusao.html

Anos 60 O rádio assume papel importante nos diversos acontecimentos


Anos 60 O rádio assume papel importante nos diversos acontecimentos, como:

Inauguração de Brasília. Renúncia de Jânio, quando Antonio Pimentel, da Rádio Bandeirantes de SP, leu o texto da renúncia, em 25/8/61. Bi Campeonato Mundial, em 62, narrado por Pedro Luiz, da Jovem Pan de SP. Em 64, queda de João Goulart, quando as rádios conclamavam o povo a resistir. A Record, em 66, com o 1º Festival da música Popular Brasileira. Em 1969, as rádios do planeta todo transmitem a chegada do homem à Lua...

Anos 70 Revolução no meio Rádio, com a explosão das rádios FM.

São muitos os nomes daqueles que ajudaram a escrever a história do Rádio. Dentre os muitos que merecem destaque, selecionamos alguns que com certeza fariam parte do "Hall of the Fame" do Rádio:

Ademar Casé - avô de Regina Casé , chega humildemente ao rádio, em 1932. Teve em seu programa, na Rádio Philips, uma verdadeira escola do rádio no Brasil. Criou o 1º jingle nacional: "Oh! Padeiro desta rua/Tenha sempre na lembrança/Não me traga outro pão/Que não seja o pão Bragança..." Foi um sucesso!

Roquette Pinto - é considerado o pai da radiofonia brasileira. Em 1923 implanta com Henrique Morizete a 1ª emissora de rádio no País: a PRA-2 Sociedade do Rio de Janeiro.

Almirante (Henrique Foréis Domingues) - a maior patente do rádio! Cantor, compositor, ator, produtor, fez sucesso nas décadas de 30 e 40. Em 34, estréia no programa de Ademar Casé. Em 39, na Rádio Nacional, cria o 1º programa de auditório do rádio brasileiro: "Caixa de Perguntas".

Pedro Luiz - um dos maiores locutores esportivos de todos os tempos. Criou um estilo que virou referência até os dias de hoje.

Chico Anysio - aparece nos anos 40, produzindo e apresentando muitos programas, como o "Rua da Alegria", na Rádio Tupi carioca.

Emilinha Borba - cantora que começou na Cruzeiro do Sul. Foi a Rainha do Rádio em 1953 e liderou durante anos as estatísticas de correspondência dos artistas da Rádio Nacional.

Orlando Silva - o "Cantor das Multidões".

César Ladeira - locutor imortalizado por suas memoráveis irradiações de tom político nos anos Revolucionários da década de 30. Foi um inovador no rádio, definindo vários padrões de linguagem e regime trabalhista.

Tico-Tico - o rei dos furos de reportagem. Era tão bom que chegava a se destacar mais que seus entrevistados.

Vicente Leporace - o grande âncora do rádio brasileiro. Até hoje é a grande referência para comentaristas.

Manoel da Nóbrega - um dos, se não o melhor, redator e produtor que o rádio já teve. Dentre suas revelações está Silvio Santos.

Abelardo Barbosa - o Chacrinha, aparece no final dos anos 30, na PRA-8 Rádio Clube de Pernambuco. Afinal, "quem não se comunica se trumbica". Em 1942 ele está na Rádio Difusora Fluminense, onde surge a figura do "Chacrinha". Seu apelido é esse, pois a emissora se localizava numa chácara que ficava afastada do centro de Niterói, onde nos fundos havia plantação de frutas, verduras e legumes. É criado o "Cassino do Chacrinha"... Cassino foi provavelmente inspirado nas casas de jogos existentes no País, que foram proibidas em 1946, por Gaspar Dutra. Em 59, o Velho Guerreiro estréia na TV - "Teresinha Uh! Uh!"

Este é um breve resumo desta apaixonante história do meio Rádio. Há cerca de 100 anos o Padre Roberto Landell foi desacreditado de sua descoberta e por isso nosso querido Brasil não tem a patente desta invenção. No entanto nos dias de hoje o Rádio é uma potência em nosso País e nos últimos dois anos vem ganhando mais espaço na distribuição de mídia no bolo publicitário. No milênio passado o Rádio caminhou da criação até a era digital, a era da Internet... Neste novo milênio novas tecnologias virão para consolidar mais e mais o meio Rádio como o maior veículo de comunicação de todos os tempos. FONTE :http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-radio/historia-do-radio-3.php

1887 - Henrich Rudolph Hertz descobre as ondas de rádio.






Heinrich Hertz
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Heinrich Rudolf Hertz


Nascimento 22 de Fevereiro de 1857
Hamburgo
Morte 1 de Janeiro de 1894 (36 anos)
Bonn
Residência Alemanha
Nacionalidade Alemanha Alemã
Campo(s) Física
Instituições Universidade de Kiel, Universidade de Karlsruhe, Universidade de Bonn
Alma mater Universidade de Munique, Universidade Humboldt de Berlim
Tese 1880: Über die Induction in rotirenden Kugeln
Orientador(es) Hermann von Helmholtz
Orientado(s) Vilhelm Bjerknes, Josef von Geitler
Conhecido(a) por Radiação eletromagnética, efeito fotoelétrico
Prêmio(s) Medalha Matteucci (1888), Medalha Rumford (1890)
Assinatura Assinatura de Heinrich Hertz

Heinrich Rudolf Hertz (Hamburgo, 22 de Fevereiro de 1857 — Bonn, 1 de Janeiro de 1894) foi um físico alemão que demonstrou a existência da radiação electromagnética criando aparelhos emissores e detectores de ondas de rádio.

Hertz pôs em evidência em 1888 a existência das ondas eletromagnéticas imaginadas por James Maxwell em 1873 (ver equações de Maxwell).
Índice


* 1 Biografia
* 2 Cronologia



Biografia

Hertz nasceu em Hamburgo a 22 de Fevereiro de 1857. Interessou-se desde muito cedo pela construção de mecanismos, tema que sempre o atraiu, mesmo enquanto trabalhou na área da física.

Levado por essa sua apetência, frequentou uma faculdade de engenharia durante dois anos. No entanto, a sua vontade de levar a cabo investigação científica fê-lo optar pela física, tendo ingressado na Universidade Humboldt de Berlim em 1878.

Obteve, em 1880, num trabalho proposto por Hermann von Helmholtz, seu professor, intitulado Sobre a Energia Cinética da Electricidade, um resultado excepcional, dada a pesquisa original que efectuara. Torna-se, nesse mesmo ano, assistente de von Helmholtz, ocupação durante a qual estuda a elasticidade dos gases e a propagação de descargas eléctricas através deles.

Três anos mais tarde, torna-se professor na Universidade de Kiel, onde inicia investigações sobre a electrodinâmica de Maxwell, a qual se opunha à electrodinâmica mecanicista e a anteriores teorias sobre a natureza da acção a distância.

Muda-se novamente em 1885, desta vez para Karlsruhe, onde leccionou na Escola Politécnica. Casa-se, um ano mais tarde, com Elisabeth Doll, filha de um seu colega professor.

A partir de 1883, ano da sua mudança para Kiel, descobre a produção e propagação das ondas electromagnéticas bem como formas de controlar a frequência das ondas produzidas. Todas essas experiências permitiram-lhe demonstrar a existência de radiação electromagnética, tal como previsto teoricamente por Maxwell.

A respeito das propriedades das ondas electromagnéticas, que Heinrich Rudolf Hertz passa a estudar, descobriu que a sua velocidade de propagação é igual à velocidade da luz no vácuo, que têm comportamento semelhante ao da luz, e que oscilam num plano que contém a direcção de propagação. Demonstrou também a refracção, reflexão e a polarização das ondas.

Em 1888, apresentou os resultados das suas experiências à comunidade científica, os quais obtiveram o sucesso merecido.

Cinco anos mais tarde, no início de 1893, Hertz adoece e é operado de um tumor na orelha. No entanto, no final desse ano, adoece de novo e, no dia 1 de Janeiro de 1894, antes de completar 37 anos, morre de bacteremia.
Cronologia
Busto no campus da Universidade de Karlsruhe. Tradução: Neste local descobriu Heinrich Hertz as ondas eletromagnéticas nos anos 1885 — 1889

* 22 de Fevereiro de 1857 Hamburgo (Alemanha) nascimento. São seus pais Gustav Ferdinand Hertz, advogado, e Anna Elisabeth Pfefferkorn-Hertz
* 1863 — 1872 Aluno aplicado na escola do dr. Richard Lange
* 1872 Aluno no Johanneum Gymnasium em Hamburgo
* 1875 Após um ano de preparação especial é admitido para ingresso em uma universidade (Abitur). Antes de ingressar na vida universitária decide adquirir experiência em engenharia, indo residir em Frankfurt, a fim de trabalhar no departamento de obras públicas da cidade
* 1876 Estuda no Instituto Politécnico de Dresden
* 1877 Serviço militar em Berlim
* 1878 Ingressa na Universidade de Munique
* 1879 Estudante em Berlim, aluno de Gustav Kirchhoff e Hermann von Helmholtz no Instituto de Física
* 1880 Doutor em Física e em seguida assistente do Instituto de Física
* 1883 Mestre de conferência na Universidade de Kiel. Efetuou pesquisas sobre o eletromagnetismo
* 1885 Professor na Technische Hochschule de Karlsruhe
* 1886 Casamento com Elisabeth Doll
* 1887 Estudo das diversas teorias de Maxwell, Weber, Helmholtz. Construção de um oscilador.
* 1888 Trabalho e descoberta das ondas eletromagnéticas no ar (15 de março)
* 1889 Professor e pesquisador em Bonn
* 1890 Viagem à Inglaterra
* 1 de Janeiro de 1894 Falecimento em Bonn.

Associação Brasileira De Emissoras De Rádio e Televisão-Abert



Associação Brasileira De Emissoras De Rádio e Televisão-Abert



A Abert surge na luta contra os vetos do presidente João Goulart ao Código Brasileiro de Telecomunicações, em 1962. Nesse momento, o empresariado de radiodifusão começa a despertar e parte para um trabalho de esclarecimento da sociedade, por meio de seus congressistas. João Medeiros Calmon, presidente da Associação de Emissoras do Estado de São Paulo (AESP), que mais tarde se tornaria o primeiro presidente da Abert, liderou um grupo de trabalho que reuniu subsídios para a discussão sobre os vetos. O grupo conseguiu reunir em um encontro histórico no Hotel Nacional, em Brasília, representantes de 213 empresas.A movimentação era intensa e a conquista de votos em número suficiente para a derrubada dos vetos ao Código foi árdua. Os participantes daquele momento histórico foram responsáveis não só pela derrubada dos vetos, como também pela formação da Associação Brasileira de Empresas de Radiodifusão e Televisão - Abert.




A movimentação
A ausência de uma representação organizada nacionalmente fazia com que os empresários da radiodifusão tivessem apenas uma atuação regional, por intermédio dos sindicatos. Radiodifusão era sinônimo de Diários e Emissoras Associados, de propriedade do empresário Assis Chateaubriand, que acabou se transformando em interlocutor informal do setor com o Governo e com a sociedade. A falta de unicidade, no entanto, permitiu que outros interlocutores surgissem nesse processo. É o caso da Associação de Emissoras do Estado de São Paulo (AESP) e do Sindicato das Empresas Proprietárias.


Além da AESP, existiam ainda quatro associações estaduais – Associação Bahiana de Radiodifusão (ABART), Associação Paraense de Emissoras de Rádio e Televisão (APERT), Associação das Empresas de Radiodifusão de Pernambuco (ASSERP) e do Ceará (APERTEC /CE). A política em defesa da classe era tímida, por um lado pela falta de sintonia entre as empresas paulistas e cariocas, por outro pela inexistência de uma conscientização do empresariado sobre a necessidade da formação de uma classe homogênea e unida. O empresariado da radiodifusão só começou a se mobilizar depois do início dos debates da classe em torno do projeto que previa a criação do Código Brasileiro de Telecomunicações.

A fundação
A Associação foi fundada no dia 27 de novembro de 1962, dia da apreciação dos vetos. A vitória foi total: a classe passava a existir como sociedade civil e todos os 52 vetos foram derrubados. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão – Abert nasce como uma sociedade civil sem fins econômicos, de duração indeterminada, constituída por empresas de radiodifusão autorizadas a funcionar no País e por outras pessoas físicas e jurídicas com vínculos e participação no setor. Como principal objetivo, a defesa da liberdade de expressão, em todas as suas formas, bem como dos interesses das emissoras de radiodifusão, suas prerrogativas como executoras de serviços de interesse público, assim como seus direitos e garantias.


A primeira diretoria
A primeira sede foi instalada em uma pequena sala no Centro do Rio de Janeiro. Brasília estava dando os primeiros passos. A primeira tarefa era consolidar a euforia da fundação. O objetivo do grupo era manter a unidade e a combatividade da classe, além de dar um sentido profissional às atividades da Associação.João Calmon foi eleito o primeiro presidente da Abert, como homenagem e reconhecimento ao seu trabalho na AESP e na luta pela derrubada dos vetos. A primeira diretoria obedeceu a um critério geográfico, fórmula de consenso que evitava o predomínio dos Diários Associados sobre a Abert. Os estatutos da entidade foram aprovados com base em um anteprojeto elaborado por uma comissão formada por Nagib Chede, Clóvis Ramalhete, José Carlos Rao, Ernesto Gurgel Valente, José de Almeida Castro, Assuero Costa, José Pires Sabóia Filho, Flávio Parente e Vicente Rao.


III Congresso Brasileiro de Radiodifusão
O trabalho da primeira diretoria resultou no III Congresso Brasileiro de Radiodifusão, em outubro de 1964, no Hotel Glória, no Rio de Janeiro. Presidido por João Calmon, o Congresso elaborou e aprovou o primeiro Código de Ética da Radiodifusão, baseado em um anteprojeto de Clóvis Ramalhete, aprovou o esboço de anteprojeto da regulamentação da profissão de radialista e iniciou a luta pela regulamentação de uma cobrança justa de direitos autorais.
O Código de Ética foi seguido até setembro de 1980, quando o XII Congresso Brasileiro de Radiodifusão aprovou um novo estatuto. O novo Código sofreu diversas alterações em 1983, 1984 e 1991, até ter sua redação atual aprovada, em Assembléia-Geral Extraordinária realizada na data de 8 de julho de 1993 em Brasília.O III Congresso mostrou que a Abert viera para ficar. Com dois anos de existência, a entidade já representava o empresariado nacional e havia substituído a AESP junto aos organismos internacionais. Os anos 60 não foram fáceis e exigiram da Associação um trabalho de muito fôlego. Começava o ciclo dos governos militares. As negociações eram lentas e duras. João Calmon dirigiu a entidade até 1970.

Mudança de sede
Em 1978, a Abert inicia um novo capítulo na sua história ao mudar a sede para Brasília. A mudança promoveu o fortalecimento da Associação como entidade de representação do setor de radiodifusão brasileiro junto aos organismos governamentais.No campo internacional, o período foi marcado pela mudança da Associação Interamericana de Radiodifusão (AIR) que foi transformada em Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), formada por associações nacionais. Enquanto isso, a Abert promovia o fortalecimento das associações estaduais, iniciativa que foi positiva tanto para o âmbito nacional quanto para o regional, mostrando o valor da unidade.


Presidentes profissionais da radiodifusão
Após alguns períodos de crise e dissidências, recomeçam os mandatos de presidentes profissionais da radiodifusão: o primeiro foi Paulo Machado de Carvalho Filho (1980-82), sucedido por Joaquim Mendonça, que ocupou o cargo por nove mandatos. Em 1985, o País volta ao regime democrático com a eleição de Tancredo Neves e José Sarney. Tancredo adoece na véspera da posse e José Sarney assume o cargo. Em 21 de abril de 1985, com a morte de Tancredo Neves e José Sarney assume definitivamente. Em 18 de junho de 1985, envia ao Congresso Nacional a mensagem Presidencial de n° 330, que resultaria na Emenda Constitucional n° 26, de 27 de novembro de 1985, convocando a Assembléia Nacional Constituinte.


Assembléia Nacional Constituinte
Em 2 de fevereiro de 1987, o deputado Ulysses Guimarães toma posse como presidente da Assembléia Nacional Constituinte. Todos os segmentos da sociedade se movimentam para garantir os seus direitos na nova Carta.
A Abert participa ativamente da elaboração do Capítulo V, que trata da Comunicação Social na nova Constituição. Ficam garantidas a liberdade de expressão e informação. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens será privativa de brasileiros natos ou naturalizados. É proibida toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística. Em 2000, no final da administração de Joaquim Mendonça, o governo regulamenta ressarcimento fiscal pela veiculação da propaganda eleitoral.


Novo século
Em 31 de agosto de 2000 foi eleito presidente da Abert Paulo Machado de Carvalho Neto, radialista desde os 14 anos e membro ativo da diretoria da associação desde 1998. As lutas agora são outras. Os principais temas são as rádios comunitárias, as “Ilegais” e as televisões comunitárias, as restrições à propaganda de produtos fumígeros, a Classificação Indicativa (prevista na Constituição de 1988), a flexibilização do horário de veiculação da Voz do Brasil, a regionalização do conteúdo para a produção de programação das televisões e a negociação entre o ECAD e a Abert para descontos no recolhimento dos direitos autorais. Começam as discussões sobre a implantação da rádio digital.
Em fevereiro de 2002, a direção da Abert é surpreendida com a publicação de um comunicado, em alguns jornais de circulação nacional, no qual as cabeças de rede de televisão (SBT, Record e Bandeirantes) afirmam que a entidade não as representa e se desligam dos quadros de associados. As redes anunciam a criação de uma nova entidade de classe de âmbito nacional.


Ainda em 2002, é implantado o Conselho de Comunicação Social, previsto na Constituição de 1988, que tem como representantes da empresas de rádio, Paulo Machado de Carvalho Neto e Emanuel Soares Carneiro. Os representantes das empresas de televisão são Roberto Wagner Monteiro e Flávio de Castro Martinez. Também começa a ser discutido o padrão de TV Digital que será adotado pelo Brasil. Paulo Machado de Carvalho Neto presidiu a Abert até 2004.


Desafios realizados
Em agosto de 2004, assume a presidência da Abert José Inácio Gennari Pizani, radialista, fundador do Sistema Clube de Comunicação Ltda. Foi vice-presidente (1982-2001) e presidente (2001-2004) da AESP - Associação das Emissoras de Rádio e TV do Estado de São Paulo. Em 1º de novembro de 2004, depois de muitos anos de luta, a Abert assina convenio com o Ecad - Escritório Central de Arrecadação e Distribuição. O convênio estabelece regras, critérios e parâmetros para a radiodifusão de obras do repertório do Escritório Central, além de propiciar a cada associada da Abert um desconto de 25% no valor que seria normalmente cobrado a título de retribuição autoral, o que é de suma importância para a grande maioria das associadas.


A Abert continua participando ativamente dos grupos de trabalho para a implantação da rádio e da TV Digital.
Em 2006, o Ministério das Comunicações expede uma portaria que estabelece normas e critérios para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. E determina que, no prazo de dois anos, os recursos previstos e obrigatórios serão: Legenda Oculta (closed caption), Janela para Linguagem de Sinais (Libras), Descrição das Cenas e Dublagem. A Abert alerta seus filiados de que vários levantamentos efetuados, relativos aos custos de implantação de recursos em geradoras e retransmissoras, indicam que as emissoras terão enorme dificuldade para cumprir o que determina a portaria. Para emissoras médias e pequenas a demanda beiraria o impossível.A entidade consulta o Ministério das Comunicações sobre a possibilidade da implantação dessas ferramentas somente após a implantação da TV Digital e consegue mais um prazo.Ainda em 2006, a gestão de José Inácio Gennari Pizani aprova o novo Estatuto da entidade.


Novos desafios
Em agosto de 2006, assume Daniel Pimentel Slaviero. O novo presidente iniciou suas atividades profissionais em radiodifusão nas emissoras que compõe o GPP - Grupo Paulo Pimentel, afiliada ao SBT no Paraná. Foi vice-presidente da Abert e vice-presidente para América Latina da AIR - Associação Internacional Radiodifusão.
SBT e Record retornam à Abert após um esforço conjunto dos presidentes anteriores. Juntas, SBT e Record congregam 205 emissoras geradoras e retransmissoras em todo o Brasil, sendo 107 ligadas ao SBT e 98 à Record. O retorno dessas cabeças de rede à Abert amplia ainda mais a sua representatividade, que hoje possui entre seus associados mais de 2.500 emissoras de rádio e cerca de 300 emissoras de televisão, incluindo Globo, SBT, Bandeirantes, Record, Rede Vida, MTV.


Depois de intensas negociações, a Abert é bem sucedida no processo de desoneração de impostos de equipamentos para a TV Digital. O Conselho Nacional de Política Fazendária - Confaz aprova a concessão de incentivo fiscal estabelecendo a desoneração de ICMS sobre a importação de equipamentos, sem similar nacional, efetuada por empresa de radiodifusão de recepção livre e gratuita (Convênio ICMS 10 de 30/03/07). A Abert assimilou o valor da unidade ao longo de sua história e por meio de suas muitas lutas. Essa atuação ativa permite que a Abert represente hoje pequenos empresários de fora do eixo Rio-São Paulo. Daniel Pimentel Slaviero tem ainda como desafios a luta da entidade na busca do melhor padrão de Rádio Digital para o Brasil (Iboc), o início da operação da TV Digital, e a Convergência Tecnológica .Texto extraído do site oficial da Abert: www.abert.org.br


Presidentes da ABERT
João de Medeiros Calmon 1962-1970
João Jorge Saad 1970-1972
Adalberto de Barros Nunes 1972-1974
José de Almeida Castro 1974-1978
Carlos Cordeiro de Mello 1978-1980
Paulo Machado de Carvalho 1980-1982
Joaquim Mendonça 1982-2000
Paulo Machado de Carvalho Neto 2000-2004
José Inácio Gerari Pizani 2004-2006
Daniel Pimentel Slaviero 2006-2008


FONTE:http://www.almanaquedacomunicacao.com.br/

Rádio Clube de Pernambuco




História da Rádio Clube de Pernambuco

Quando ainda não existiam transmissões radiofônicas na América do Sul, um grupo de amadores, sob a liderança de Augusto Joaquim Pereira, fundou a Rádio Clube de Pernambuco, no dia 6 de abril de 1919. Vinte dias depois, seus estatutos foram aprovados e publicados pela Imprensa Nacional. Um edital de inauguração foi publicado dias antes no DIARIO DE PERNAMBUCO. "São convidados os amadores de telegrafia Sem Fio (TSF - como era conhecido o rádio) a comparecerem à sede da Escola Superior de Eletricidade (Ponte d´Uchoa) no próximo domingo, 6 do corrente, às 13h, para a fundação da Rádio Clube."

As primeiras instalações funcionaram no Parque Treze de Maio. No início dos anos 20, utilizando discos emprestados, a Rádio Clube transmitia óperas, obras clássicas e recitais, que eram ouvidos através de um rádio receptor, construído artesanalmente e acompanhado por fones de ouvido. Sua programação era voltada às classes média e alta. Em 1922, Oscar Moreira Pinto junta-se à Rádio Clube e, um ano depois, ela passa a operar com recursos próprios, mudando para a avenida Cruz Cabugá.

A instalação de um pequeno equipamento de 10 watts, em fevereiro de 1923, permite que a Rádio Clube seja sintonizada no Centro do Recife e em alguns bairros da cidade. Isso marcou, definitivamente, a antecipação de Pernambuco na história da radiodifusão nacional, pois seu pioneirismo foi bastante contestado com a chegada da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada em abril de 1923 por Roquette Pinto.

Até a década de 30, fase de consolidação da rádio, todas as emissoras brasileiras funcionaram sem regulamentação oficial da atividade pelo Governo Federal. Foi criada a Comissão Técnica do Rádio para examinar os assuntos relativos à radiodifusão que se expandia no Brasil. O resultado foi um decreto do Governo Federal, em 1932, que definiu o rádio como "serviço de interesse nacional e de finalidade educativa", autorizando a publicidade radiofônica permitida no espaço de até 10% da programação das estações.

A Rádio Clube entrou também para a história com a primeira transmissão ao vivo de futebol no Norte/Nordeste com narração feita por Abílio de Castro, em 1931. A partir daí, a rádio começou a dedicar um espaço ao jornalismo esportivo, com melhor aparelhagem técnica e maior potência. Com uma equipe especializada, a Rádio Clube manteve, nas décadas de 60 e 70, a liderança absoluta em transmissões esportivas no Nordeste.

Em outubro de 1935, a rádio recebeu permissão oficial para executar a radiodifusão no País. O decreto n° 402, assinado pelo então presidente da República Getúlio Vargas, oficializava as operações da Rádio Clube de Pernambuco.

Depois de um ano, a rádio ganha novas instalações, inaugurando sua estação radiodifusora na Estrada do Arraial e aumentando a potência para 50 kws, passando a cobrir todo o Nordeste. Chegam novos locutores, artistas e jornalistas, ampliando sua rede de programação e tornando-a mais popular. Em 1939, a rádio passa a transmitir ao vivo em Freqüência Modulada (FM).

A partir de 1942, o Nordeste acompanha as notícias da Segunda Guerra Mundial pela Rádio Clube, com o surgimento, no ano anterior, do Repórter Esso, marco expressivo do jornalismo radiofônico. Dez anos depois, em 1952, a Rádio Clube é incorporada aos Diários Associados por iniciativa de Assis Chateaubriand.

Como primeira emissora de rádio no Brasil, a Rádio Clube de Pernambuco exerceu enorme influência social e cultural no Nordeste, sobretudo nas três primeiras décadas de sua existência, entre 1920 e 1950. As décadas de 40 e 50, a produção radiofônica ficou consagrada, principalmente com o surgimento do radioteatro, da radionovela e de programas de auditório, que formaram os ídolos, em que cantores e artistas fascinaram o público, projetando valores artísticos regionais e nacionais.


RÁDIO CLUBE DE PERNAMBUCO
MAIS VELHA QUE O RÁDIO

A Rádio Clube de Pernambuco é três anos mais velha que a primeira transmissão oficial de rádio no País.

Quando ainda não existiam transmissões radiofônicas na América do Sul, um grupo de amadores da TSF (Telegrafia sem Fio, como era conhecido o rádio na época), fundou a Rádio Clube de Pernambuco no dia 6 de abril de 1919. No dia seguinte, a edição da tarde do Jornal de Recife noticiou assim o fato: "Consoante convocação anterior, realizou-se ontem na Escola Superior de Eletricidade, a fundação do Rádio Clube, sob os auspícios de uma plêiade de moços que se dedicam ao estudo da eletricidade e da telegrafia sem fio.
Ninguém desconhece a utilidade e proveito dessa agremiação, a primeira do gênero fundada no País".

Vinte dias depois seus estatutos foram aprovados e publicados pela Imprensa Nacional, comprovando a sua existência como a primeira rádio do Brasil. No entanto, naquela época o rádio não era o que é hoje. As primeiras transmissões da Rádio Clube só eram captadas através de um rádio receptor, construído artesanalmente e acompanhado por fones de ouvido.

Poucas pessoas, a maioria da classe média alta de Recife, tinham acesso às transmissões de óperas, obras clássicas e recitais que dominaram a programação dos primeiros anos. Só a partir de fevereiro de 1923, com a instalação de um pequeno equipamento de 10 watts, foi que a rádio passou a ser captada no centro de Recife.

Por isso, o seu pioneirismo foi bastante contestado com a chegada da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada em abril de 1923.

"O que poucos sabem é que a Rádio Nacional fez um estágio aqui em 1922, para aprender como era", relembra o assessor de marketing da Rádio Clube, Gilson Paiva, confirmando a vocação de laboratório que a rádio teve nos primeiros anos. A Rádio Clube entrou também para a história com a primeira transmissão ao vivo de futebol no Norte/Nordeste em 1931. Através de um decreto assinado em outubro de 1935 pelo então presidente Getúlio Vargas, a rádio recebeu permissão oficial para executar a radiodifusão no País.

A grande profissionalização da rádio aconteceu em 1952, quando foi incorporada aos Diários Associados de Assis Chateaubriand.
"Até 1939 não tínhamos concorrência, era o único sinal no Nordeste", completa Paiva. A Rádio
Clube sempre foi voltada para a informação e jornalismo. Na década de 40 no entanto, quem dominava a programação era o Rádio Teatro, com a participação de artistas consagrados como Paulo Gracindo e Mário Lago.

Hoje, a programação contém música, desportos, notícias e prestação de serviços. A Rádio Clube faz parte do Grupo Associados de Pernambuco, que contém também a Rádio Caetés FM, o jornal Diário de Pernambuco e a TV Guararapes, retransmissora da programação da TV Bandeirantes.

Oficialmente, a origem do rádio está associada às primeiras transmissões da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 1923.

Uns creditam a origem à mesma emissora carioca, mas em 07 de setembro de 1922, através das transmissões em caráter experimental do discurso do então presidente da República, Epitácio Pessoa.

Mas, em 1919, uma emissora nordestina já havia inaugurado suas transmissões, num feito devidamente documentado e comprovado, embora dê margem a uma polêmica similar a que vemos entre o fundador da aviação, Alberto Santos Dumont (1906), e os supostos pioneiros defendidos pelos EUA, os irmãos Wright (1908).

A primeira rádio do país, segundo informações que lutam para serem reconhecidas oficialmente, é a Rádio Clube de Pernambuco. Ela pode ter sido também a primeira emissora de rádio da América Latina, aparecida um ano antes da entrada da década de 20. Foi fundada em 06 de abril de 1919 por um grupo de amadores curiosos com a nova modalidade de comunicação da época, que era o rádio, lideradas por Augusto Joaquim Pereira.

Vinte dias após o surgimento, os estatutos da Rádio Clube de Pernambuco foram aprovados e em seguida publicados pela Imprensa Nacional. Um edital de inauguração da emissora foi publicado na data do evento no DIÁRIO DE PERNAMBUCO. Diz o documento: "São convidados os amadores de Telegrafia Sem Fio (TSF - como era conhecido o rádio) a comparecerem à sede da Escola Superior de Eletricidade (Ponte d´Uchoa) no próximo domingo, 6 do corrente, às 13h, para a fundação da Rádio Clube."

As primeiras instalações da emissora se situaram no Parque Treze de Maio. No início da década de 20, a Rádio Clube recebia discos emprestados de seus sócios, passando a transmitir óperas, obras clássicas e recitais, que eram ouvidos por meio de um rádio receptor, construído de forma artesanal e que era acompanhado por fones de ouvido. Sua programação era destinada às classes média e alta. No ano de 1922, Oscar Moreira Pinto ingressa à Rádio Clube e, um ano depois, a emissora começa a funcionar com seus próprios recursos, e sua sede mudou-se para a avenida Cruz Cabugá.

Em fevereiro de 1923, é instalado um pequeno equipamento de 10 watts, possibilitando a irradiação das ondas da Rádio Clube no Centro do Recife e em alguns bairros da cidade. A façanha se tornou um marco, que coloca Pernambuco no pioneirismo da radiodifusão do Brasil. Para se ter uma idéia, a origem do rádio é atribuída oficialmente à Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que foi fundada em abril de 1923 por Roquette Pinto.

Até os anos 30, fase em que a Rádio Clube de Pernambuco se consolidava, todas as emissoras brasileiras funcionaram sem regulamentação oficial da atividade de radiodifusão pelo Governo Federal. No início daquela década, foi instituída a Comissão Técnica do Rádio, cujo objetivo foi examinar os assuntos relacionados com radiodifusão que crescia em todo o Brasil. Em conseqüência disso, foi promulgado um decreto do Governo Federal, no ano de 1932, que definiu o rádio como um "serviço de interesse nacional e de finalidade educativa", autorizando a publicidade radiofônica permitida no limite de até 10% da programação transmitida pelas emissoras.

A Rádio Clube foi pioneira também na história do radialismo esportivo. Foi ela que realizou a primeira transmissão ao vivo de futebol no Norte/Nordeste. A narração foi feita pelo locutor Abílio de Castro, em 1931. Desde então, a emissora passou a dedicar um espaço ao jornalismo esportivo, com melhor aparelhagem técnica e maior potência de transmissão. Com uma equipe especializada, a Rádio Clube manteve, nas décadas de 60 e 70, a liderança absoluta nas transmissões esportivas da região Nordeste.

Em outubro de 1935, o Governo Federal oficializa a Rádio Clube de Pernambuco como uma empresa de radiodifusão, conforme decreto número 402 assinado pelo então Presidente da República, Getúlio Vargas. Em 1936, a Rádio Clube inaugura suas novas instalações, tendo sua estação radiodifusora localizada na Estrada do Arraial. Sua potência foi aumentada para 50 kilowatts, passando a ser irradiada por toda a região Nordeste.

Seu quadro de locutores, a partir de então, se renova e amplia, com a contratação de jornalistas, artistas, locutores e produtores, e sua programação passa a ser de caráter popular, com radionovelas e programas de auditório. No ano de 1939, surge a Rádio Clube FM, dezesseis anos antes da Rádio Imprensa, considerada oficialmente como a primeira FM surgida no país.

Em 1942, a Rádio Clube começa a transmitir o Repórter Esso, noticiário surgido em 1941. Com isso, os ouvintes do Nordeste puderam se informar sobre os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial.

A Rádio Clube até hoje é transmitida, tendo grande audiência na Grande Recife, sendo uma das líderes do rádio AM pernambucano. Durante três décadas, a Rádio Clube contou também com ondas curtas de 49 e 25 metros, a Rádio Clube, anos depois de sua origem, podia ser sintonizada em todo o país e mesmo no outro lado do Oceano Atlântico.

Infelizmente,nos dias de hoje Recife não possui mais uma emissora sequer em OC (ondas curtas), devido às restrições da descontinuidade na recepção e das interferências das tempestades magnéticas. Provavelmente com a evolução da tecnologia digital, seja possível que as transmissões em OC sejam menos suscetíveis das interferências do tempo e da estação do ano.

Desde 1952, a Rádio Clube de Pernambuco pertence aos Diários Associados, empresa fundada por Assis Chateaubriand, conhecido como "Chatô", notável jornalista e empresário da comunicação no Brasil, sendo responsável pela instalação da televisão no país, numa época em que se achava desnecessário instalar uma TV no país (1950). Nos últimos anos os Diários, depois de perderem várias de suas empresas, se transformaram num órgão mantido pela Fundação Assis Chateaubriand. A instituição teve origem na gestão dos funcionários dos Diários, que se tornaram sócios e gestores da companhia quando "Chatô" estava doente, nos anos 60.

Atualmente a Rádio Clube de Pernambuco funciona na Rua do Veiga, número 600, no bairro de Santo Amaro, em Recife.

Os amadores do rádio tornam-se profissionais

Na década de 10, nascia o radioamadorismo, que tomou grande impulso em função da dimensão continental do País. A radiodifusão também surge na mesma década, fruto do pioneirismo de Augusto Joaquim Pereira e Oscar Moreira Pinto. Augusto Pereira funda, com um grupo de amadores, o Rádio Clube de Pernambuco no dia 6 de abril de 1919. A primeira emissora do País e uma das primeiras instituições radiofônicas de todo o mundo.

No dia 2 de novembro de 1920, a Westinghouse Electric Co. faz uma experiência com a transmissão de rádio no País. A experiência seria renovada em 1922, no Rio de Janeiro. Oscar Moreira Pinto, radiotelegrafista da Marinha, junta-se à Rádio Clube de Pernambuco em 1922, sendo encarregado de adquirir um transmissor de 10 W da Westinghouse. Esse transmissor permitiu que o sinal da emissora pudesse ser sintonizado no centro e alguns subúrbios do Recife. O Recife contava, na época, com 250 mil habitantes e era o principal centro econômico, político e cultural do Norte e Nordeste. Pernambuco tinha 2 milhões de habitantes, um dos portos mais movimentados do País e era governado por Manoel Borba.


No Rio de Janeiro, em 1923, foi então fundada a Rádio Roquette Pinto, já num estilo mais profissional. Funcionando na Academia Brasileira de Letras, ela se converteria mais tarde na Rádio Ministério da Educação. Roquette Pinto foi um pioneiro do cinema e da televisão, concebendo-os como instrumento de educação popular. Junto com Henrique Morize, professor da Escola Politécnica, ele deu os primeiros passos na utilização do rádio como veículo educativo. Nas próprias palavras de Roquette Pinto:

"Todos os lares espalhados pelo imenso território do Brasil receberão livremente o conforto moral da ciência e da arte; a paz será realidade definitiva entre as nações. Tudo isso há de ser o milagre das ondas misteriosas que transportam no espaço, silenciosamente, as harmonias."

Entre abril de 1919 e fevereiro de 1923, em Recife, um grupo de radiófilos liderado por Augusto Joaquim Pereira e financiado pelo industrial José Cardoso Aires aprimora gradativamente as transmissões do Rádio Clube de Pernambuco, garantindo que estas alcancem o centro da cidade e algumas regiões próximas. No mesmo ano, em 20 de abril, entusiastas ligados à Academia Brasileira de Ciências e reunidos em torno de Edgard Roquette-Pinto fundam a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro que, em 1º de maio, inicia suas irradiações. Nestas duas iniciativas pioneiras, o associativismo é marcado por dose expressiva de idealismo elitista misturado com curiosidade e deslumbramento técnico, noções que se dirigem a uma espécie de utopia de civilização. Para os integrantes destas agremiações, de um lado, cultura significa erudição sob a matriz referencial externa da época: a Europa ou, mais especificamente, a França; de outro, tecnologia é progresso relacionado, portanto, com modernização. Tal constatação vai ao encontro do que Renato Ortiz, em raciocínio semelhante, identifica em relação à urbanização do Rio de Janeiro e à introdução do cinema, quase no mesmo período, no início do século 20:"(...) a idéia de moderno se associa a valores como progresso e civilização; ela é, sobretudo, uma representação que articula o subdesenvolvimento da situação brasileira a uma vontade de reconhecimento que as classes dominantes ressentem. Daí o fato de essa atitude estar intimamente relacionada a uma preocupação de fundo, `o que diriam os estrangeiros de nós', o que reflete não somente uma dependência aos valores europeus, mas revela o esforço de se esculpir um retrato do Brasil condizente com o imaginário civilizado" (Ortiz, 1994: 32). Cabe lembrar que, desde o início do século 20, cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre vivem um afã modificador do cenário urbano que auxilia na estruturação de um imaginário social da modernidade. Primeiro, aumentam os impostos sobre as moradias da região central, afastando a população mais carente para a periferia, e, na seqüência, são construídos grandes prédios públicos ou espaçosas avenidas. Vale recordar, ainda, como a coroar este processo, o slogan de Washington Luiz Pereira de Sousa: "Governar é abrir estradas". Coincidentemente, é ele o presidente derrubado pela Revolução de 1930, que eclode como a expor as divergências intraoligárquicas e, em plano menor, as incoerências do progresso de fachada dos anos anteriores.

Neste contexto, tem importância significativa a Exposição Internacional do Rio de Janeiro, inaugurada em 7 de setembro de 1922 em comemoração ao centenário da independência brasileira.

Embora no discurso oficial do governo de Epitácio Pessoa houvesse a intenção manifesta de apresentar uma pretensa pujança econômica nacional atraindo libras esterlinas e dólares, eventos deste tipo e porte serviam, desde o século anterior, na realidade, para demonstrar a tecnologia de ponta, contrastando o mundo industria l moderno ­ das grandes potências ­ com um outro, mais agropecuário e mercantil ­ no caso específico, o do Brasil. Assim, o capital dava mostras daquela sua característica inata identificada por Karl Marx em Para a crítica da economia política , de 1859:

"Quanto mais desenvolvido o capital, quanto mais extenso é portanto o mercado em que circula, mercado que constitui a trajetória espacial de sua circulação, tanto mais tende simultaneamente a estender o mercado e a uma maior anulação do espaço através do tempo" (

Pois, na referida exposição, aquela "necessidade de um mercado em constante expansão para os seus produtos", que persegue o capitalismo por todo o globo, fazendo com que "tenha de se fixar em toda a parte, estabelecer-se em toda a parte, criar ligações em toda a parte" (Marx e Engels, 1987: 37), está presente nos estandes de duas indústrias dos Estados Unidos: a Westinghouse International Company e a Western Electric Company, ambas com capacidade ociosa de produção desde o final da Primeira Guerra Mundial, em 1918, e procurando, por meio das demonstrações radiotelefônicas então realizadas, a obtenção de um novo mercado, o brasileiro.

Estas transmissões, como se sabe, chamam a atenção de Roquette-Pinto e influenciam o surgimento da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Também junto a uma delas, a Westinghouse, os entusiastas do Rádio Clube de Pernambuco adquirem um transmissor de 10 W responsável pela melhoria do sinal da estação a partir de fevereiro do ano seguinte.

É, deste modo, dentro de um quadro de subordinação cultural e tecnológica que vai surgindo o rádio no Brasil, um país que, em contraste, na virada do século 19 para o 20, abrigava experiências pioneiras de radiotelefonia e radiotelegrafia levadas a cabo por Roberto Landell de Moura, mas praticamente ignoradas pelas autoridades de então, embora, por vezes, presenciadas por representantes de governos estrangeiros como o da Grã-Bretanha, principal potência daquela época.

No início dos anos 20, os amadores da radiotelefonia, sem-filistas ou radiófilos ­ como a imprensa os chamava ­ gastam suas noites em frente aos grandes, pesados e caros aparelhos receptores da época. Um dos bons com três ou quatro válvulas, custando 400 mil-réis, o dobro do que ganha, então, em média, um assalariado, consegue sintonizar emissões de particulares e comunicações navais, não importando se telefônicas ou telegráficas. O objetivo maior, no entanto, é ouvir irradiações de estações como KDKA, de Pittsburgh, ligada à Westinghouse, e WEAF, de Nova Iorque, da American Telegraph and Telephone, mais facilmente captadas nas regiões Norte e Nordeste, ou LOR ­ Asociación Argentina de Broadcasting, LOW ­ Grand Splendid Theatre, LOS ­Broadcasting Municipalidad e LOO ­ Radio Prietto, de Buenos Aires, e El Día, de Montevidéu, no Sul e Sudeste.

Na década seguinte, irradiações como estas servem ainda de referencial. Ouvindo a NBC, dos Estados Unidos, e a britânica BBC, em ondas curtas, Adhemar Casé observa uma diferença significativa em relação ao rádio brasileiro da época:

"O amadorismo das rádios daqui não permitia uma dinâmica maior. Quando um músico e um cantor iam se apresentar, o speaker anunciava o número e, depois, desligava o microfone, para que pudessem afinar os instrumentos e até fazer um rápido ensaio. Enquanto isso, o ouvinte ficava totalmente abandonado. Já nos programas americanos, o som não parava. Era uma dinâmica maravilhosa"

Considera-se que o Rádio brasileiro nasceu, no entanto, em 20 de abril de 1923 graças ao pioneirismo e visão de Edgard Roquette Pinto, renomado escritor e antropólogo, e Henrique Moritze, Diretor do Observatório do Rio de Janeiro, conquanto os pernambucanos reivindiquem essa primazia, pois no Recife, desde 6 de abril de 1919, funcionava a Rádio Clube de Pernambuco, que atuava no ramo da radiotelegrafia.

A Roquette Pinto e Moritze, que fundaram a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (PRA-A), juntaram-se Elba Dias, que criou a Rádio Clube Brasil (PRA-B), e os pernambucanos Moreira Pinto, Augusto Joaquim Pereira, João Cardoso Alves, entre outros.
FONTE : http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/