Foto: Divulgação Manroland foi criada há quase 145 anos na Alemanha |
Depois de 144 anos de operação, a alemã Manroland iniciou processo que deve culminar com seu desaparecimento
Foto: Getty Images |
Para completar a equação, com a crise europeia o acesso ao crédito para pequenos e médios empresários, uma boa parcela dos clientes da Manroland, tem se tornado mais complexo. Em geral, uma impressora não sai por menos de 1 milhão de euros. “Ir ao banco e pedir dinheiro para fazer investimentos já não é tão simples”, declarou à agência Bloomberg Claude Vandervelde, um empresário que tem um negócio de impressão de pôsteres e brochuras na Bélgica.
Os principais acionistas da Manrolan, a companhia de seguros Allianz, com 65%, e a fabricante de caminhões Man, com algo próximo a 35%, decidiram que não fariam novos aportes na empresa no final de novembro. As duas empresas já haviam investido 275 milhões de euros na companhia em 2006. Por enquanto a Manroland continuará operando e ainda não existe uma definição sobre o destino dos cerca de 6,5 mil funcionários que a companhia tem. Mas poucos tem duvidas de que dificilmente a empresa caminha para o desaparecimento.
Na opinião de alguns analistas, o fim da Manroland pode ser uma boa notícia para o setor. Por conta das dificuldades que vinha passando, a companhia era acusada de pressionar os preços para baixo para tentar ampliar suas vendas. Em uma nota para seus clientes, o analista do banco de investimentos alemão Berenberg Frederik Bitter afirmou que a insolvência da Manroland vai reduzir a supercapacidade de produção do mercado. “Eles eram os principais responsáveis pelo achatamento dos preços das impressoras”, disse ele na nota à qual a agência Bloomberg teve acesso.
A principal competidora da Manroland, a também alemã Heidelberg Druckmaschien, pode ser a grande beneficiada do debacle anunciado agora. A companhia também vem sofrendo perdas constantes (algo como 650 milhões nos últimos três anos) e vem fazendo ajustes de pessoal quase que anualmente. Desde 2008 a Heidelberg já demitiu mais 8 mil trabalhadores desde 2008. O valor de suas ações despencou na última década, saindo de 45,66 em agosto de 2000 para 1,50 euro na última semana. Por isso, o fim de uma das maiores empresas do setor pode significar a sobrevivência de parte da indústria.
Fonte: http://economia.ig.com.br/maior-fabricante-de-impressoras-de-jornais-decreta-insolvencia/n1597394082858.html
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